Tira-dúvidas sobre vacinas contra a Covid-19

Última atualização em 28 de outubro de 2021

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Por que é importante tomar a vacina contra a Covid-19?

A vacina é a única forma segura e eficaz de criar imunidade contra o vírus causador da Covid-19 e controlar a pandemia que já matou mais de três milhões de pessoas em todo o mundo. A imunização torna mais difícil o surgimento de sintomas e de formas graves da doença e reduz o risco de morte em até 95% por meio da criação de anticorpos. Além disso, quando aplicada em larga escala, ela diminui a circulação do vírus, o que faz com que a chance de uma pessoa ser infectada também caia consideravelmente.

Não existe outra maneira comprovadamente eficaz de se prevenir contra a Covid-19. Nenhum remédio, alimento ou substância pode impedir a contaminação e a evolução da doença. Ser vacinado é, portanto, crucial para contermos a transmissão do novo coronavírus, interrompermos o ciclo de adoecimento e de mortes, e gradualmente voltarmos à vida normal.

Quais vacinas estão disponíveis no Brasil?

Até o momento, quatro vacinas são aplicadas no país: a CoronaVac, fabricada pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac; a AstraZeneca, desenvolvida pela farmacêutica anglo-sueca com a Universidade de Oxford e produzida no Brasil pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz); a da Pfizer/BioNTech, das farmacêuticas americana e alemã; e a da Janssen, fabricada pela farmacêutica belga Janssen-Cilag, um braço da Johnson & Johnson. 

As quatro passaram por testes em estudos clínicos que comprovaram as suas eficácias e segurança e foram aprovadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para serem usadas no Brasil. A Janssen é administrada em dose única, mas as outras necessitam de duas aplicações para que a taxa máxima de proteção seja atingida.

 

Como funciona a vacina CoronaVac?

A vacina fabricada pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac utiliza a técnica do vírus inativado. Nela, as pessoas recebem uma versão morta do Sars-Cov-2, que perde a capacidade de causar a doença, mas é suficiente para desencadear a geração de anticorpos contra o novo coronavírus.

Ao entrar em contato com esse vírus inativado, as células responsáveis pelo início da resposta imune ativam os linfócitos, que são especializados em combater microrganismos e produzem anticorpos capazes de neutralizar o novo coronavírus

Como funciona a vacina da AstraZeneca?

A vacina fabricada pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), em parceria com a farmacêutica AstraZeneca e a Universidade de Oxford, usa a tecnologia de vetor viral. Na prática, o imunizante usa um vírus inofensivo à saúde, semelhante ao do resfriado, como um veículo para levar às células o “comando” que dá início à criação da defesa contra o Sars-Cov-2. 

A reação que cria a imunidade se dá a partir de genes introduzidos no vetor com instruções para que as células produzam uma proteína semelhante à do novo coronavírus, “enganando o organismo”, que acredita ter sido infectado. Ao entrar em contato com essa proteína, os linfócitos, células de defesa do corpo humano, dão início à produção de anticorpos capazes de neutralizar o novo coronavírus.

Como funciona a vacina da Pfizer?

A vacina da Pfizer usa a tecnologia do mRNA (RNA mensageiro) artificial, em que essas moléculas passam uma mensagem para o organismo produzir a proteína spike, também chamada de antígeno, presente na superfície do vírus. A partir dessa ação, o sistema imunológico é estimulado a gerar anticorpos contra essa proteína, garantindo proteção contra a Covid-19.

Apesar de ser a primeira vez que esse tipo de tecnologia é usada, já havia pesquisas de vacinas de mRNA contra outras doenças, como gripe, zika e raiva. A SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações) esclarece que o mecanismo não interfere no nosso código genético. Além de não entrar no núcleo da célula, onde fica armazenado o DNA, o RNA mensageiro se decompõe rapidamente após cumprir sua função de criar o antígeno. 

 

Como funciona a vacina da Janssen?

A vacina fabricada pela farmacêutica belga Janssen-Cilag, um braço da Johnson & Johnson, utiliza a tecnologia de vetor viral. O imunizante carrega um vírus inofensivo ao organismo humano, semelhante ao do resfriado, que serve como um veículo para levar às células o “comando” que inicia a criação de defesas contra o novo coronavírus.

Na prática, os genes que são introduzidos neste vetor dão instruções às células para que produzam uma proteína parecida à do Sars-Cov-2, “enganando o organismo”, que acredita ter sido infectado. Ao entrar em contato com essa proteína, os linfócitos, células de defesa do corpo humano, dão início à produção de anticorpos eficientes para neutralizar o vírus causador da Covid-19. A vacina da Janssen emprega a mesma tecnologia usada pela AstraZeneca, porém administrada em apenas uma dose.

Quanto tempo leva para a vacina fazer efeito?

A produção de anticorpos começa tão logo as vacinas são aplicadas, mas para se obter a eficácia total é preciso observar as orientações de cada fabricante. No caso da CoronaVac e da AstraZeneca, a imunização completa é alcançada 14 dias após a segunda dose, e no da Pfizer, o tempo é de sete dias depois da segunda aplicação. Já a vacina da Janssen, que é de dose única, atinge sua eficácia máxima 28 dias após a aplicação.

Nenhuma vacina, seja contra Covid-19 ou qualquer outra doença, é 100% eficaz. Porém, a imunização reduz o risco de adoecimento e de evolução para quadros graves e mortes.

 

Quem já teve Covid-19 precisa tomar vacina?

Sim. Embora as pessoas que já foram infectadas desenvolvam anticorpos contra o novo coronavírus, a duração dessa proteção ainda é desconhecida pela ciência. Mas já se sabe que há possibilidade de reinfecção. Além disso, o surgimento de novas variantes do vírus reforçam a importância da imunização. 

Quem acabou de ter Covid-19 precisa esperar apenas alguns dias para ser vacinado. A SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações) recomenda que o imunizante só seja aplicado quatro semanas após o surgimento dos primeiros sintomas. Quem foi infectado mas ficou assintomático deve contar o mesmo período a partir do primeiro resultado positivo no teste RT-PCR. Já aqueles que foram internados devem aguardar a recuperação completa antes de se vacinar. 

 

Quanto tempo devo esperar para tomar a segunda dose?

O dia correto para tomar a segunda dose da vacina será informado quando a primeira for aplicada. O intervalo estabelecido pelo Ministério da Saúde para cada imunizante é:

CoronaVac: quatro semanas;

AstraZeneca: 12 semanas* 

Pfizer: 12 semanas* 

A vacina da Janssen não tem segunda dose.

*A partir de setembro, o intervalo entre as doses das vacinas da AstraZeneca e da Pfizer será de oito semanas, segundo o Ministério da Saúde. Confira a data que consta do cartão de vacinação e observe as orientações da secretaria de saúde do seu município.

Posso tomar cada dose da vacina de um fabricante diferente?

Sim, mas apenas nos casos em que não for possível tomar as doses iguais, seja por falta de imunizante ou por outra preocupação. Nota técnica do Ministério da Saúde de julho de 2021 autoriza as doses diferentes e explica que essa é a recomendação adotada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e seguida por outros países, como Estados Unidos, Reino Unido e Canadá. O ministério pontua que poucos estudos foram feitos até agora, mas que há evidências da eficácia da intercambialidade de vacinas.

Alguns estados no Brasil optaram por aplicar doses diferentes pela falta de imunizantes. São Paulo, por exemplo, ofereceu Pfizer para quem havia recebido a primeira de AstraZeneca. Em comunicado de 10 de setembro, o governo do estado informou que a medida tinha caráter emergencial.

 

 

Perdi o prazo para tomar a segunda dose, e agora?

É preciso tomar as duas doses das vacinas CoronaVac, AstraZeneca ou Pfizer para ficar protegido contra a Covid-19. Por isso, permaneça atento à data da dose de reforço. Segundo o Ministério da Saúde, quem perder esse prazo deve procurar uma unidade de saúde o quanto antes para completar a imunização. A segunda dose deve ser preferencialmente da mesma vacina da primeira. O imunizante da Janssen é o único que tem apenas uma dose.

As vacinas têm efeitos colaterais?

Sim, mas a maioria das reações é considerada leve. O mais comum é sentir dor no local onde a vacina foi aplicada. Também podem ocorrer fadiga, febre, dor muscular, diarreia, náusea e dor de cabeça, que costumam passar de um a três dias após a imunização.

Em abril, a EMA (Agência Europeia de Medicamentos) identificou uma possível relação entre o imunizante da AstraZeneca e a formação de coágulos sanguíneos, que foram incluídos na bula como um dos potenciais efeitos colaterais. No entanto, o órgão optou por manter a recomendação de uso, pois os casos são muito raros: 0,0003% dos vacinados. No Brasil, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) também manteve a recomendação de aplicação da vacina.

Posso adoecer mesmo após vacinado?

Sim. Nenhuma vacina, seja contra Covid-19 ou qualquer outra doença, é 100% eficaz. Entre os imunizantes aprovados para uso no Brasil, a CoronaVac tem uma taxa global de eficácia de 50,38%. A AstraZeneca alcança uma taxa de 82,4%, o imunizante da Pfizer, 95%, e a Janssen, imunizante de dose única, tem 66,9% de eficácia. O fato de uma pessoa contrair a Covid-19 mesmo vacinada não significa, portanto, que a vacina não funciona.

A imunização serve para reduzir o risco de adoecimento e de evolução da doença para casos graves e para diminuir a circulação do vírus, quando aplicada em larga escala. Vale lembrar que, até que a maior parte da população seja imunizada, é importante manter outras medidas de proteção, como o uso de máscaras e o distanciamento social.

Ainda preciso manter as medidas de proteção mesmo depois de tomar a vacina?

Sim. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), não há estudos até o momento que justifiquem baixar a guarda após a vacinação, e a recomendação é manter as medidas de proteção, incluindo uso de máscaras faciais, higienização frequente das mãos e distanciamento social. Isso porque ainda não há informações suficientes para determinar se uma pessoa vacinada ainda pode contrair o vírus e transmiti-lo para não imunizados.

Cientistas afirmam que somente após a ampla vacinação da população será possível retomar as atividades presenciais normalmente. Ainda que não haja um consenso, estima-se que os efeitos da proteção coletiva só serão mais perceptíveis quando uma parcela de 40% a 50% da população total do país receber as duas doses recomendadas pelos fabricantes.

Já fui vacinado. Posso me encontrar com outras pessoas imunizadas?

Apenas 15 dias após a segunda dose da vacina — ou da dose única, no caso da Janssen. Máscaras e distanciamento social ainda devem ser mantidos e a preferência deve ser por encontros em locais abertos ou com boa ventilação. No Brasil, a orientação oficial de Instituto Butantan, Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), além do consenso entre especialistas, é que o uso de máscaras por vacinados só deve ser abolido quando a maior parte da população já estiver imunizada. 

A transmissão do vírus por parte de imunizados ainda está sendo estudada. Nos EUA, com o avanço da vacinação, algumas medidas de proteção, como o uso de máscaras em público, foram flexibilizadas e, depois, retomadas com o avanço da variante Delta e o aumento do número de casos e mortes.

Após ser vacinado, posso me encontrar com quem ainda não foi imunizado?

A orientação das autoridades de saúde é que os vacinados evitem encontros presenciais com pessoas que ainda não receberam o imunizante. Caso seja inevitável, o ideal é que o vacinado aguarde ao menos a imunização completa (15 dias após a segunda dose ou após a dose única da Janssen). Além disso, é necessário manter o uso de máscaras e o distanciamento social. 

A recomendação oficial do Instituto Butantan, Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), além do consenso entre especialistas, é que o uso de máscaras por vacinados só deve ser abolido quando a maior parte da população já estiver imunizada. A velocidade e a capacidade de transmissão da Covid-19 por vacinados ainda está sendo estudada.

 

Posso frequentar bares, academias ou outros locais com mais gente após a primeira dose da vacina?

A recomendação dos órgãos de saúde é que as pessoas evitem lugares fechados e com grupos maiores de pessoas, como bares, cinemas, restaurantes e academias até completarem a imunização (15 dias após a segunda dose ou após a dose única da Janssen). 

Poucos dias depois da primeira dose, o organismo já começa a produzir anticorpos, mas eles ainda são insuficientes para controlar o novo coronavírus, por isso, ainda é preciso seguir com todos os cuidados. A SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações) recomenda a manutenção do distanciamento social e de outras medidas de proteção, como o uso de máscaras e a higiene das mãos.

Tomei a segunda dose da vacina. Já posso ir a bares, restaurantes e academias?

Sim, mas com cautela. É possível voltar a frequentar esses ambientes após a imunização completa (15 dias depois da segunda dose ou da dose única da Janssen), mas especialistas recomendam manter o distanciamento social, de acordo com os protocolos dos estabelecimentos, além do uso de máscaras e da higiene das mãos. Também é importante dar preferência a lugares bem ventilados ou ao ar livre e evitar grandes aglomerações. 

Capitais como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte já deram início à flexibilização das restrições em bares, restaurantes e academias, aumentando horário de funcionamento e de capacidade máxima. Entretanto, segue a exigência das medidas de proteção.

 

É seguro viajar de avião após a imunização completa?

Não totalmente, porque nenhuma vacina é 100% eficaz e, apesar de os aviões contarem com sistemas de filtragem de ar que reduzem o risco de transmissão, o ambiente fechado não permite um distanciamento adequado entre as pessoas. Por isso, especialistas recomendam que viagens aéreas só sejam feitas em casos de extrema necessidade, mesmo se o ciclo de imunização já estiver completo.

Para reduzir os riscos, é obrigatório, tanto nos aviões como nos aeroportos brasileiros, o uso de máscaras — são permitidos os tipos N95 e K95 sem válvula, Pff2 sem válvula, cirúrgica e de tecido com duas ou mais camadas. É permitido levar álcool em gel para higienizar as mãos. Ao fazer refeições, é preciso avaliar riscos como, por exemplo, a proximidade de outros passageiros. Alguns países de destino também pedem a apresentação de teste RT-PCR negativo, feito no máximo 72 horas antes da viagem.

As vacinas atuais vão me proteger contra as novas variantes?

A OMS (Organização Mundial da Saúde) diz que todas as vacinas contra a Covid-19 têm algum grau de proteção contra as variantes do novo coronavírus que já circulam no mundo, mas que os imunizantes podem passar por atualizações conforme o vírus sofra novas mutações. Até o momento, os fabricantes das quatro vacinas aplicadas no Brasil já divulgaram resultados de testes que indicam que elas protegem contra as variantes alfa (Reino Unido), beta (África do Sul), gama (Brasil) e delta (Índia). 

Cientistas apontam que a taxa de proteção contra as variantes tende a ser menor do que a oferecida contra as cepas originais. Ainda assim, os imunizantes protegem contra casos graves decorrentes, por exemplo, da variante delta. “Onde se vê elevação de casos dessa variante não há aumento de casos graves ou mortes entre vacinados”, explica Renato Kfouri, diretor da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações).

 

Gestantes podem tomar a vacina?

No dia 8 de julho de 2021, o Ministério da Saúde autorizou a vacinação de gestantes sem comorbidades a partir dos 18 anos de idade. Entretanto, apenas dois imunizantes podem ser utilizados: CoronaVac e Pfizer.

A Anvisa recomendou não aplicar em grávidas as vacinas da AstraZeneca e da Janssen, orientação que foi endossada pelo Ministério da Saúde em 8 de julho. Apesar de o risco de trombose ser baixo para quem recebe essas vacinas, a agência afirma que há necessidade de melhorar a identificação precoce de casos suspeitos e as formas de intervenção clínica. O Ministério da Saúde não recomenda que gestantes tomem duas doses de imunizantes diferentes.

Posso tomar a vacina contra a gripe logo depois da de Covid-19?

Sim. O Ministério da Saúde publicou nota técnica em 29 de setembro de 2021 eliminando a orientação anterior de um intervalo de 14 dias entre as duas vacinas. Segundo o documento, após a vacinação contra a Covid-19 de milhões de pessoas em todo o mundo, foi possível verificar a segurança desses imunizantes combinados a outras vacinas, como a da gripe.

Posso tomar a vacina contra a Covid-19 se estiver resfriado ou gripado?

Depende. Como alguns dos sintomas de gripes e resfriados são semelhantes aos da Covid-19, especialistas recomendam cautela. A febre, por exemplo, merece atenção: se a temperatura corporal estiver acima de 38ºC, o recomendado é procurar atendimento médico e adiar a vacinação, segundo o infectologista Marcelo Daher. 

O ideal é fazer um teste de Covid-19 quando sintomas de resfriado ou gripe aparecem. Se o resultado for negativo, a vacina pode ser aplicada. Se for positivo, é preciso esperar quatro semanas desde o início dos sintomas para tomar a imunização. Em caso de dúvidas, consulte um médico.

 

O que devo fazer se eu tiver Covid-19 entre as duas doses da vacina?

Se tiver Covid-19 depois da primeira dose das vacinas AstraZeneca, Pfizer ou CoronaVac é preciso esperar quatro semanas após o surgimento dos sintomas para tomar a segunda dose, como determina o Ministério da Saúde.

Caso a infecção evolua para um caso grave, o ministério recomenda que a vacina só seja aplicada após a recuperação clínica total — ou seja, com liberação pela equipe médica — mesmo que superadas as quatro semanas desde o início dos sintomas. Não é necessário tomar a primeira dose novamente e não há problemas em atrasar a segunda dose até o cumprimento deste prazo.

Perdi o cartão de vacinação da primeira dose. Vou poder tomar a segunda?

Sim. O Ministério da Saúde orienta a população a levar um documento com CPF e o comprovante da primeira dose da vacina contra a Covid-19 no momento de tomar a segunda. Caso a pessoa não tenha mais o comprovante em papel ou a carteira de vacinação, ela pode acessar os dados na plataforma virtual Conecte SUS, tanto pelo site como pelo aplicativo, disponível para sistemas Android e iOS

Se houver problema para acessar a plataforma ou se as informações no Conecte SUS não estiverem corretas, cada cidade tem o seu sistema de emissão de comprovantes e segundas vias. De forma geral, a recomendação é que a pessoa vá ao mesmo posto de saúde onde tomou a primeira dose para recuperar seu histórico de vacinação.

 

Posso tomar bebidas alcoólicas logo após ser vacinado contra a Covid-19?

O consumo moderado de álcool não prejudica o efeito da vacina contra a Covid-19. Entretanto, beber em excesso causa danos à saúde e pode reduzir a resposta imunológica do organismo diante de infecções, como a provocada pelo novo coronavírus. De acordo com a ONG CISA (Centro de Informações sobre Saúde e Álcool), o consumo moderado de álcool significa duas doses para homens e uma dose para mulheres de até 14 gramas de etanol puro — 350 ml de cerveja, 150 ml de vinho ou 45 ml de destilados.

 

Posso tomar remédios caso eu tenha efeitos colaterais após a vacinação?

Medicamentos que aliviam possíveis efeitos adversos das vacinas, como mal-estar, febre e dor no corpo, não interferem na eficácia dos imunizantes. No entanto, qualquer remédio só deve ser tomado com orientação médica.

“Medicações para controle de sintomas, tais como paracetamol e dipirona, ou até terapias locais, como compressa fria no local da injeção, podem ser usadas caso a pessoa tenha efeitos colaterais”, afirma a médica infectologista Vivian Avelino-Silva, professora da USP (Universidade de São Paulo) e da Faculdade Albert Einstein.

 

Vale a pena fazer exames para saber se já desenvolvi anticorpos após a vacina?

Não. A SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações) não recomenda a testagem por sorologia para saber se você desenvolveu defesas contra o vírus. Isso porque a resposta imunológica é muito complexa e é formada por diferentes componentes, não só anticorpos. Além disso, segundo especialistas, as técnicas científicas para quantificar de forma plena a imunidade adquirida pela vacinação não estão ao alcance do público em geral.

São boatos os posts que dizem que vacinas podem causar câncer, que contêm microchips 5G e que podem alterar seu DNA?

São informações falsas sem qualquer conexão com evidências científicas. A teoria da conspiração que defende que Bill Gates teria um plano global de inserir microchips 5G nas vacinas para rastrear as pessoas rodou o mundo e já foi desmentida por laboratórios e especialistas. Outros boatos frequentes afirmam que a CoronaVac poderia causar “10 tipos de câncer”, o que foi classificado pelo fabricante como “completamente inverídico”.

Alegações falsas de que a vacina poderia alterar o DNA humano viralizaram nas redes sociais em diferentes idiomas e já foram desmentidas por checagens do Aos Fatos. O CDC (Centers for Disease Control, órgão de saúde dos EUA) também frisou que nenhuma tecnologia usada nas vacinas tem a capacidade de penetrar no núcleo das células, onde se encontra o DNA, e portanto não há qualquer possibilidade de alteração do nosso código genético.

É falso que vacinados com imunizantes de mRNA não poderão viajar de avião?

Quem se vacinar com imunizantes fabricados com tecnologia mRNA (RNA mensageiro) pode viajar normalmente de avião. Boatos que circulam no Brasil e no exterior afirmam que os que receberem vacinas deste tipo, como a da Pfizer, não poderiam embarcar em aeronaves devido ao risco de desenvolver coágulos sanguíneos. 

Mas, além desse efeito adverso não ter sido relatado em vacinados com imunizantes de mRNA, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e a Iata (Associação Internacional de Transporte Aéreo), que representa 293 empresas aéreas no mundo, já desmentiram a veracidade da alegação.

 

É boato que vacinas contra Covid-19 transformam as pessoas em ímãs?

Segundo fabricantes e especialistas, não há nada na composição das vacinas que possa transformar a pele humana em um ímã. Além disso, é praticamente impossível um material líquido causar efeito magnético devido à sua natureza: ele naturalmente se espalha e desorganiza as moléculas, que precisam estar ordenadas para que o efeito ocorra.

A informação falsa viralizou no Brasil e no exterior após vídeos mostrarem moedas e outros objetos metálicos grudando nos braços de pessoas supostamente imunizadas. Isso não acontece por causa de magnetismo, mas devido a suor, umidade ou oleosidade da pele. Nos EUA, o boato chegou a ser desmentido pelo CDC (Centers for Disease Control, órgão de saúde do governo americano).

Onde posso encontrar informações confiáveis sobre as vacinas?

Uma das fontes de maior credibilidade sobre os imunizantes contra a Covid-19 no Brasil é a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que analisa todos os dados enviados pelos laboratórios fabricantes e concede as autorizações de uso. Já a OMS (Organização Mundial da Saúde) e seu braço nas Américas, a Opas (Organização Pan-Americana de Saúde), são as referências internacionais para as informações mais atualizadas sobre a pandemia e os imunizantes.

Além disso, a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e o Instituto Butantan, fabricantes das vacinas AstraZeneca e CoronaVac, são centros de pesquisa reconhecidos e podem ser consultados sobre suas vacinas e o andamento de estudos. A SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações) também fornece informações didáticas para o público em geral sobre os imunizantes aprovados no Brasil.

Posso doar sangue após ser vacinado?

Sim. A pessoa que tomou a vacina contra a Covid-19 pode doar sangue, mas precisa esperar alguns dias. De acordo com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), quem tomou CoronaVac deve aguardar 48h para fazer a doação. No caso dos demais imunizantes (AstraZeneca, Pfizer e Janssen), a agência recomenda que se espere 7 dias. 

Caso a pessoa desenvolva sintomas de Covid-19 após a vacinação, a Anvisa recomenda que a doação de sangue seja adiada “por até sete dias após o fim dos sintomas”.

As vacinas aplicadas no Brasil são experimentais?

Não. Os quatro imunizantes disponíveis no Brasil (CoronaVac, AstraZeneca, Pfizer e Janssen)  passaram por três fases de testes, incluindo a etapa de estudos clínicos em humanos, e foram aprovados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

O termo “experimental” havia sido incluído no relatório técnico da Anvisa que validou, em janeiro de 2021, o uso da CoronaVac e da AstraZeneca antes de ser concluída a fase 3 dos dois estudos, o que já aconteceu. Atualmente, dois imunizantes têm registro definitivo na Anvisa: Pfizer e Astrazeneca. CoronaVac e Janssen possuem aprovação para uso emergencial, o que é diferente de ser uma vacina experimental.

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