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Em 1.459 dias como presidente, Bolsonaro deu 6.685 declarações falsas ou distorcidas

Esta base agrega todas as declarações de Bolsonaro feitas a partir do dia de sua posse como presidente. As checagens são feitas pela equipe do Aos Fatos semanalmente.

Atualizado em 30 de Dezembro, 2022


Número de afirmações sobre




As três afirmações mais repetidas

REPETIDA 249 VEZES

Em 2019: 15.dez, 23.dez, 24.dez, 26.dez. Em 2020: 10.jan, 06.fev, 20.fev, 03.mar, 09.mar, 16.mar, 20.mar, 22.abr, 28.abr, 05.mai, 22.mai, 28.mai, 26.jul, 30.jul, 02.ago, 13.ago, 07.out, 08.out, 11.out, 15.out, 22.out, 29.out, 09.nov, 25.nov, 29.nov, 08.dez, 10.dez, 15.dez, 19.dez, 24.dez, 31.dez. Em 2021: 07.jan, 11.jan, 12.jan, 15.jan, 18.jan, 08.fev, 11.fev, 20.fev, 04.mar, 07.abr, 27.abr, 05.mai, 08.mai, 11.mai, 13.mai, 10.jun, 15.jun, 18.jun, 21.jun, 24.jun, 25.jun, 07.jul, 12.jul, 13.jul, 18.jul, 19.jul, 21.jul, 22.jul, 26.jul, 27.jul, 29.jul, 31.jul, 02.ago, 04.ago, 05.ago, 06.ago, 17.ago, 19.ago, 23.ago, 24.ago, 25.ago, 28.ago, 30.ago, 31.ago, 09.set, 10.set, 15.set, 17.set, 21.set, 23.set, 24.set, 30.set, 09.out, 13.out, 14.out, 18.out, 20.out, 21.out, 24.out, 25.out, 27.out, 07.nov, 09.nov, 10.nov, 19.nov, 22.nov, 23.nov, 25.nov, 26.nov, 02.dez, 07.dez, 09.dez, 10.dez, 15.dez, 19.dez, 27.dez, 30.dez, 31.dez. Em 2022: 06.jan, 12.jan, 20.jan, 31.jan, 02.fev, 07.fev, 09.fev, 10.fev, 11.fev, 12.fev, 16.fev, 18.fev, 21.fev, 23.fev, 24.fev, 25.fev, 28.fev, 04.mar, 07.mar, 16.mar, 21.mar, 22.mar, 23.mar, 27.mar, 04.abr, 08.abr, 11.abr, 12.abr, 15.abr, 05.mai, 12.mai, 30.mai, 02.jun, 08.jun, 15.jun, 18.jun, 24.jun, 09.jul, 23.jul, 24.jul, 27.jul, 30.jul, 22.ago, 24.ago, 03.set, 06.set, 07.set, 11.set, 13.set, 14.set, 16.set, 17.set, 20.set, 24.set, 29.set, 04.out, 12.out, 14.out, 21.out, 23.out, 26.out, 27.out, 28.out.

“Qual a corrupção no meu governo? Não tem, tem acusações vagas, levianas.”

Integrantes e ex-integrantes do governo Bolsonaro são alvos de investigações e denúncias de corrupção e outros delitos ligados à administração pública. Em junho de 2022, a PF (Polícia Federal) prendeu preventivamente o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro por suposto envolvimento em um esquema de liberação de verbas na pasta. Ele é investigado por prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência e foi liberado por habeas corpus. Atuais e antigos integrantes do governo também são investigados pela PF ou pelo Ministério Público por suspeita de corrupção, como o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP); Ricardo Salles (PL), ex-titular do Meio Ambiente; o deputado federal Marcelo Álvaro Antônio (PL), que comandou o Turismo; e Fabio Wajngarten, que chefiou a Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social). Além disso, relatório de junho deste ano da Americas Society/Council of the Americas afirma que as tentativas do presidente de controlar órgãos de investigação e os cortes orçamentários de agências independentes seriam sinais de recuo no combate à corrupção no Brasil.

REPETIDA 139 VEZES

Em 2020: 09.abr, 11.abr, 16.abr, 18.abr, 29.abr, 30.abr, 02.mai, 07.mai, 14.mai, 19.mai, 20.mai, 21.mai, 22.mai, 26.mai, 28.mai, 02.jun, 03.jun, 04.jun, 08.jun, 09.jun, 11.jun, 15.jun, 18.jun, 19.jun, 25.jun, 07.jul, 09.jul, 16.jul, 18.jul, 06.ago, 13.ago, 24.ago, 25.ago, 03.set, 16.set, 22.set, 24.set, 09.out, 19.out, 09.nov, 10.dez, 19.dez, 24.dez, 31.dez. Em 2021: 07.jan, 14.jan, 15.jan, 21.jan, 04.fev, 02.mar, 03.mar, 04.mar, 10.mar, 21.jul, 22.jul, 28.jul, 29.jul, 02.ago, 04.ago, 05.set, 15.set, 27.set, 09.out, 14.out, 31.out, 23.nov, 25.nov, 26.nov, 02.dez, 07.dez, 08.dez, 11.dez, 19.dez. Em 2022: 12.jan, 14.jan, 31.jan, 02.fev, 08.fev, 09.fev, 11.fev, 25.fev, 17.mar, 21.mar, 12.abr, 28.abr, 13.mai, 16.mai, 19.mai, 29.jun, 05.jul, 20.jul, 24.jul, 30.jul, 08.ago, 03.set.

“Eu fui desautorizado pelo Supremo Tribunal Federal [durante a pandemia de Covid-19].”

O STF (Supremo Tribunal Federal) não retirou do Executivo o poder de conduzir ações para controlar a pandemia da Covid-19 no Brasil, como afirma Bolsonaro. A corte entendeu, na verdade, que a União não poderia invadir as competências de municípios, de estados e do Distrito Federal. O presidente não poderia, por exemplo, derrubar medidas de isolamento social colocadas em práticas por prefeitos, mas a União não foi impedida de conduzir outras medidas de combate à Covid-19. “O plenário decidiu, no início da pandemia, em 2020, que União, estados, Distrito Federal e municípios têm competência concorrente na área da saúde pública para realizar ações de mitigação dos impactos do novo coronavírus. Esse entendimento foi reafirmado pelos ministros do STF em diversas ocasiões. Ou seja, conforme as decisões, é responsabilidade de todos os entes da federação adotarem medidas em benefício da população brasileira no que se refere à pandemia”, afirmou a corte em janeiro de 2021. Em entrevista ao Aos Fatos, Cecilia Mello, especialista em direito administrativo e ex-desembargadora do TRF3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região), explicou que o STF não excluiu a responsabilidade ou a atuação da União no enfrentamento da Covid-19: “Não houve qualquer suspensão de vigência da lei quanto às competências do presidente e dos órgãos federais para o combate à crise, tampouco foram eles eximidos de seus deveres e atribuições.”

REPETIDA 115 VEZES

Em 2020: 10.set, 16.set, 22.set, 08.out, 11.out, 14.out, 19.out, 27.out, 11.nov, 16.nov, 17.nov, 27.nov, 15.dez, 24.dez. Em 2021: 14.jan, 15.jan, 27.jan, 28.jan, 03.fev, 04.fev, 05.fev, 08.fev, 11.fev, 12.fev, 19.fev, 20.fev, 22.fev, 23.fev, 26.fev, 03.mar, 04.mar, 10.mar, 18.mar, 22.mar, 23.mar, 25.mar, 31.mar, 01.abr, 05.abr, 07.abr, 15.abr, 23.abr, 26.abr, 20.mai, 23.mai, 01.jun, 02.jun, 10.jun, 12.jun, 18.jun, 25.jun, 26.jun, 28.jun, 19.jul, 20.jul, 21.jul, 29.jul, 30.jul, 31.jul, 06.ago, 12.ago, 17.ago, 23.ago, 25.ago, 26.ago, 28.ago, 30.ago, 02.set, 10.set, 21.set, 29.set, 30.set, 07.out, 14.out, 21.out, 26.out, 27.out, 07.nov, 11.nov, 25.nov, 02.dez, 07.dez, 09.dez, 17.dez, 27.dez. Em 2022: 02.fev, 28.fev, 07.mar, 12.mar, 08.abr, 11.abr, 12.abr, 16.abr, 28.abr, 05.mai, 12.mai, 13.mai, 17.mai, 01.jul, 24.jul, 02.ago, 05.ago, 03.set, 23.set.

“Eu sempre falei que você deve combater sim o vírus, mas também combater o desemprego em nosso país.”

De fato, Bolsonaro tem destacado desde o início da pandemia, em março de 2020, que haveria dois problemas para o Brasil, um de saúde pública e um econômico, e que os dois deveriam ser tratados simultaneamente. Em levantamento feito nas redes e nas falas do presidente, o Aos Fatos identificou o início de declarações do tipo no dia 15 de março de 2020, data de uma entrevista à CNN Brasil. O presidente, porém, nunca tratou as duas questões com o mesmo peso, já que, desde o início do surto de Covid-19 no Brasil, tem minimizado os efeitos da doença e criticado suas principais formas de prevenção. Em diversas entrevistas e declarações públicas, Bolsonaro relacionou a doença a uma “gripezinha” e chegou a dizer em discurso que o isolamento social seria “conversinha mole” e que as medidas de restrição de circulação seriam para “os fracos”. O presidente também ataca reiteradamente as vacinas, que afirma serem experimentais e não terem comprovação científica. Por todos esses motivos, sua declaração é falsa.

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13.ago.2022

“Eu fui acusado pela Folha de São Paulo de realizar disparo em massa por ocasião das eleições”

O presidente faz referência a uma reportagem da Folha de S.Paulo, publicada às vésperas do segundo turno das eleições de 2018, que revelou que empresas estavam bancando disparos em massa pelo WhatsApp contra o PT, que disputava o pleito com Bolsonaro. A reportagem afirma que foram firmados contratos de até R$ 12 milhões com agências de marketing digital e que algumas delas se valiam de números com prefixos de fora do Brasil para enviar mensagens e administrar grupos anti-PT no aplicativo. Bolsonaro erra, porém, ao dizer que ele teria sido apontado pela reportagem como o responsável pelos pagamentos. Na verdade, segundo o texto, os autores seriam empresários que apoiavam sua candidatura à Presidência.

FONTE ORIGEM

REPETIDA 3 VEZES. Em 2020: 04.jun. Em 2021: 10.jun. Em 2022: 13.ago.

Tema: Eleições. Origem: Entrevista

08.ago.2022

“Um partido pequeno, sete segundos de televisão, sem fundo partidário.”

Ao ser questionado sobre como chegou ao cargo de presidente, Bolsonaro engana ao dizer que não teve recursos de fundo partidário para a campanha de 2018. Partido pelo qual o presidente concorreu na última eleição, o PSL recebeu R$ 9.203.060,51 de Fundo Especial de Financiamento de Campanha, de acordo com dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Cerca de R$ 480 mil desse montante foram utilizados para executar a estratégia de atuação do PSL nas redes sociais, o que beneficiou Bolsonaro indiretamente. Além disso, foram empregados na campanha presidencial de Bolsonaro, indiretamente, cerca de R$ 1 milhão do fundo partidário concedido ao PSL em 2018. Segundo reportagem do jornal O Globo, o então presidente da legenda, Gustavo Bebianno, contratou, por exemplo, a empresa J&J Marketing por R$ 500 mil para atuar como consultora na coordenação de campanha do então pré-candidato. Também é falso que o presidente não teve direito a tempo de televisão na campanha. Ainda que no primeiro turno tenha tido direito a apenas oito segundos de tempo de propaganda, no segundo, Bolsonaro teve os mesmos dez minutos de seu adversário, Fernando Haddad (PT), conforme determina a Lei Eleitoral. Com variações sobre as frases, o presidente repetiu essa alegação ao menos 12 vezes desde o início do seu mandato.

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REPETIDA 5 VEZES. Em 2019: 21.nov. Em 2021: 25.out, 09.nov, 25.nov. Em 2022: 08.ago.

Tema: Eleições. Origem: Entrevista

08.ago.2022

“A apuração tem que ser pública. Se é numa sala-cofre [a apuração das eleições], não é pública.”

A apuração das eleições brasileiras é, sim, pública e não é feita dentro de uma sala-cofre, como afirma o presidente. Os dados das eleições são processados por um sistema interno do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e enviados para o site de divulgação de resultados de forma automática. A apuração dos resultados começa na urna eletrônica, que soma os votos daquela seção, emite um boletim com os dados e alimenta uma memória que será levada à Zona Eleitoral ou TRE (Tribunal Regional Eleitoral) responsável. Os resultados de cada memória são, então, enviados ao TSE para a totalização por meio de uma rede interna da Justiça Eleitoral. Ou seja, não são servidores que somam os votos em uma sala secreta, mas um programa que soma os votos automaticamente. Vale ressaltar que os resultados divulgados podem ser conferidos nos boletins impressos pelas urnas eletrônicas após o fim da votação. Isso significa que eventuais incongruências entre o resultado oficial e o registrado pelas urnas podem ser verificadas por meio desses documentos.

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REPETIDA 11 VEZES. Em 2021: 22.jul, 02.ago, 09.ago, 11.ago, 12.ago, 23.ago. Em 2022: 16.abr, 07.jun, 13.jun, 08.ago.

Tema: Eleições. Origem: Entrevista

08.ago.2022

“Eu dou o inquérito da PF de 2018 para quem quiser. Para quem quiser. Apesar de o STF falar que ele é confidencial, não é confidencial.”

Bolsonaro se refere ao inquérito que investiga uma invasão ao sistema do TSE em 2018, cujos dados foram divulgados por ele em transmissão ao vivo em suas redes sociais no dia 4 de agosto de 2021. O presidente afirma que o documento não tinha classificação sigilosa, o que, no entanto, é desmentido pela conclusão da própria Corregedoria da Polícia Federal. Em relatório divulgado em fevereiro de 2022, a Corregedoria afirma que, mesmo que não houvesse ordem judicial que classificasse a investigação como segredo de justiça, o inquérito “apresentava o sigilo relativo próprio dos procedimentos de investigação criminal”. Ao STF, a Polícia Federal também disse que Bolsonaro teve atuação “direta, voluntária e consciente” ao divulgar, ao lado do deputado Filipe Barros (PL-PR), o inquérito policial. O relatório, no entanto, não indiciou Bolsonaro por crime de vazamento de dados sigilosos devido ao foro por prerrogativa de função. No dia 5 de agosto deste ano, o ministro Alexandre de Moraes negou pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República) para arquivar o inquérito sobre os dados sigilosos.

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REPETIDA 5 VEZES. Em 2022: 17.jul, 18.jul, 08.ago.

Tema: Eleições, Justiça. Origem: Entrevista

08.ago.2022

“Eu me reuni com os embaixadores para mostrar o 'inquérito de 2018, que não têm qualquer classificação sigilosa.”

Bolsonaro critica a imprensa por ter noticiado que ele teria se reunido com embaixadores no dia 18 de julho para desacreditar as urnas eletrônicas quando, na verdade, ele foi apenas divulgar o inquérito de 2018 que apura um ataque hacker ao sistema do TSE. Conforme mostrado por Aos Fatos, isso é falso porque, durante o evento, o presidente de fato atacou a votação brasileira sem relacionar com a investigação. Bolsonaro, por exemplo, desinformou ao dizer que as eleições brasileiras não seriam auditáveis, que uma empresa terceirizada contaria os votos e que o TSE teria dito que os resultados de 2018 poderiam ter sido alterados. Além disso, o presidente voltou a repetir acusações de fraudes eleitorais já desmentidas, como a de que a urna estaria autocompletando votos em Fernando Haddad (PT). Também é falsa a informação de que o inquérito não tinha classificação sigilosa. Em relatório divulgado em fevereiro de 2022, a Corregedoria afirma que, mesmo que não houvesse ordem judicial que classificasse a investigação como segredo de justiça, o inquérito “apresentava o sigilo relativo próprio dos procedimentos de investigação criminal”. Ao STF, a Polícia Federal também disse que Bolsonaro teve atuação “direta, voluntária e consciente” ao divulgar, ao lado do deputado Filipe Barros (PL-PR), o inquérito policial. O relatório, no entanto, não indiciou Bolsonaro por crime de vazamento de dados sigilosos devido ao foro por prerrogativa de função.

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Tema: Eleições, Imprensa. Origem: Entrevista

30.jul.2022

“Quase um milagre de uma eleição. Sem partidos, sem tempo de televisão e sem recurso.”

A alegação do presidente é incorreta. Filiado ao PSL, Bolsonaro foi o candidato à Presidência com um dos menores gastos de campanha, mas arrecadou quase o dobro de recursos que utilizou. Além disso, o seu tempo de propaganda em rede nacional de rádio e TV foi pequeno apenas no primeiro turno; no segundo, teve os mesmo dez minutos do candidato adversário. Segundo o extrato final da prestação de contas, a campanha de Bolsonaro gastou R$ 2.456.215,93 e arrecadou 4.390.140,36. Já seu tempo de TV no primeiro turno foi de 8 segundos, definido de acordo com o tamanho da bancada eleita para a Câmara dos Deputados na última eleição e o número de coligações realizadas pela chapa. No segundo turno, no entanto, quando enfrentou o petista Fernando Haddad, o presidente teve direito aos mesmos dez minutos de seu oponente.

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REPETIDA 2 VEZES. Em 2020: 28.out. Em 2022: 30.jul.

Tema: Eleições. Origem: Discurso

27.jul.2022

“Tudo continua, tudo evolui, exceto as urnas das seções eleitorais.”

A declaração de Bolsonaro é falsa, porque a Justiça Eleitoral fez uma série de atualizações de segurança nas urnas eletrônicas desde que o sistema de votação foi adotado no país, em 1996. Entre as mudanças mais importantes está a assinatura digital do sistema, implementada em 2002. O dispositivo assegura que todas as urnas eletrônicas funcionam apenas com os programas desenvolvidos e lacrados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). No ano seguinte, a adoção do RDV (Registro Digital do Voto) passou a permitir recontagem eletrônica dos votos sem a violação do sigilo do eleitor. Em 2005, o TSE passou a desenvolver inteiramente o software da urna e, em 2008, todos os equipamentos começaram a operar apenas com o sistema operacional Linux. Em 2009, as urnas ganharam um módulo de segurança para proteger melhor a transmissão dos dados de totalização dos votos. Atualmente, as urnas têm mais de 30 camadas de segurança. Entre elas estão os lacres físicos, os sistemas de controle de versões, as assinaturas digitais dos arquivos, as criptografias e o boletim de urna impresso.

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REPETIDA 14 VEZES. Em 2021: 26.jul, 27.jul, 28.jul, 29.jul, 31.jul, 02.ago, 04.ago, 05.ago. Em 2022: 27.abr, 07.jul, 27.jul.

Tema: Eleições. Origem: Discurso

22.jul.2022

“[A apuração dos votos] É numa sala secreta, num supercomputador terceirizado.”

Bolsonaro dissemina duas informações falsas sobre o processo eleitoral: a de que o processo de totalização dos votos é feito em uma sala secreta e que o responsável por contar os votos é um supercomputador terceirizado. Os dados das eleições, na verdade, são processados por um sistema interno do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A apuração dos resultados começa na urna eletrônica, que soma os votos daquela seção, emite um boletim com os dados e alimenta uma memória que será levada à Zona Eleitoral ou TRE (Tribunal Regional Eleitoral) responsável. Os resultados de cada memória são, então, enviados ao TSE para a totalização por meio de uma rede interna da Justiça Eleitoral. Não há, portanto, uma contagem física na sala-cofre onde o supercomputador se encontra. Quem realiza essa contabilização é o sistema acessado apenas por servidores da Justiça Eleitoral por meio de uma rede interna. A apuração é acompanhada por partidos políticos, pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e por outras entidades fiscalizadoras, que podem apontar eventuais problemas ou inconsistências no processo. Os interessados em fiscalizar a votação também podem se inscrever para acompanhar o desenvolvimento dos sistemas, participar do teste público de segurança, acompanhar a preparação das urnas e o teste de integridade da votação.

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Tema: Eleições. Origem: Entrevista

18.jul.2022

“Fiz uma campanha sem recurso (...)”

Bolsonaro diz ter conseguido se eleger à Presidência da República em 2018 sem dinheiro, o que é falso. De acordo com o extrato oficial da prestação de contas da Justiça Eleitoral, o candidato arrecadou R$ 4.390.140 em doações para a campanha, dos quais R$ 2.456.215 foram gastos. A soma foi bastante inferior à de seu rival no segundo turno, Fernando Haddad (PT), cuja campanha custou R$ 33,6 milhões.

FONTE ORIGEM

REPETIDA 9 VEZES. Em 2019: 05.mai. Em 2020: 28.mai. Em 2021: 24.ago, 10.set, 20.out, 27.out. Em 2022: 18.jul.

Tema: Eleições. Origem: Discurso

18.jul.2022

“Eu tive acesso a esse inquérito no ano passado, divulguei, é um inquérito que não tem qualquer classificação sigilosa.”

Bolsonaro se refere ao inquérito que investiga uma invasão ao sistema do TSE em 2018, cujos dados ele divulgou em transmissão ao vivo em suas redes sociais no dia 4 de agosto de 2021. Segundo a Corregedoria da Polícia Federal, em relatório divulgado em fevereiro de 2022, mesmo que não houvesse ordem judicial que classificasse a investigação como segredo de justiça, o inquérito “apresentava o sigilo relativo próprio dos procedimentos de investigação criminal” , e só poderia ser divulgado depois de concluído. Em documento enviado ao STF, a Polícia Federal disse que Bolsonaro teve atuação “direta, voluntária e consciente” ao cometer o crime de vazamento de informações sigilosas, junto com o deputado Filipe Barros (PL-PR). O relatório, no entanto, não indiciou Bolsonaro devido ao foro por prerrogativa de função, direito a que o presidente e ocupantes de outros cargos têm de serem julgados por instâncias superiores.

FONTE ORIGEM

REPETIDA 5 VEZES. Em 2022: 17.jul, 18.jul, 08.ago.

Tema: Eleições, Justiça. Origem: Discurso

18.jul.2022

“É impossível fazer uma auditoria em eleições aqui no Brasil.”

Não é verdade que seja impossível fazer auditoria nas eleições brasileiras. A Justiça Eleitoral permite que os sistemas de votação sejam requisitados para análise e verificação a qualquer momento. Segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), é possível fazer auditorias pré e pós-eleição, dos códigos-fonte do sistema da urna eletrônica e da votação. Em 2014, o PSDB solicitou uma auditoria para averiguar o resultado do pleito entre Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), que havia sido reeleita. Após a averiguação, foi concluído que não houve fraude. As máquinas têm elementos que possibilitam a auditoria eletrônica: o RDV (Registro Digital do Voto), que tem a função de recuperar os votos para recontagem eletrônica, caso seja necessário, e o log da urna eletrônica, arquivo do registro cronológico de todas as operações realizadas pelo software da máquina.

FONTE ORIGEM

REPETIDA 34 VEZES. Em 2020: 16.nov, 20.nov, 15.dez. Em 2021: 07.jan, 15.jan, 06.mai, 08.mai, 09.mai, 12.mai, 15.mai, 27.mai, 28.mai, 10.jun, 17.jun, 24.jun, 25.jun, 26.jun, 28.jun, 01.jul, 02.jul, 05.jul, 09.jul, 22.jul, 29.jul, 02.ago, 12.ago. Em 2022: 13.mai, 07.jul, 18.jul.

Tema: Eleições. Origem: Discurso

18.jul.2022

“No Brasil, não tem como acompanhar a apuração.”

Ao contrário do que afirma o presidente, o processo de totalização dos votos das eleições é público e pode ser conferido pela internet por meio do site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Como explica a corte, a totalização dos votos é feita automaticamente por um programa da Justiça Eleitoral, que checa e soma os dados criptografados enviados pelos TREs (Tribunais Regionais Eleitorais) e os torna públicos. Além disso, a totalização é acompanhada por partidos políticos, pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e por outras entidades fiscalizadoras, que podem apontar eventuais problemas ou inconsistências no processo. Os interessados em fiscalizar a votação podem se inscrever para acompanhar o desenvolvimento dos sistemas, participar do teste público de segurança, acompanhar a preparação das urnas e o teste de integridade da votação. Outra maneira de auditar a totalização é verificar os boletins de urna impressos e compará-los com o resultado virtual da totalização. Neste ano, todos os boletins de urna serão disponibilizados na internet conforme a apuração avançar.

FONTE ORIGEM

Tema: Eleições. Origem: Discurso

18.jul.2022

“Então, essa acusação de que eu vazei dados, o inquérito, que é ostensivo, não tem qualquer classificação sigilosa.”

É falso que o inquérito que investiga uma invasão ao sistema do TSE em 2018 e que teve seus dados divulgados pelo presidente em transmissão ao vivo no dia 4 de agosto de 2021 não tenha qualquer grau de sigilo. Em relatório divulgado pela Corregedoria da Polícia Federal em fevereiro de 2022, a conclusão é que, mesmo que não houvesse ordem judicial que classificasse a investigação como segredo de justiça, o inquérito “apresentava o sigilo relativo próprio dos procedimentos de investigação criminal” , e só poderia ser divulgado depois de concluído. Em documento enviado ao STF, a Polícia Federal disse que Bolsonaro teve atuação “direta, voluntária e consciente” ao cometer o crime de vazamento de informações sigilosas, junto com o deputado Filipe Barros (PL-PR). O relatório, no entanto, não indiciou Bolsonaro devido ao foro por prerrogativa de função, direito a que o presidente e ocupantes de outros cargos têm de serem julgados por instâncias superiores.

FONTE ORIGEM

REPETIDA 5 VEZES. Em 2022: 17.jul, 18.jul, 08.ago.

Tema: Eleições, Justiça. Origem: Discurso

18.jul.2022

“Bem, não é o Tribunal Superior Eleitoral que conta os votos, é uma empresa terceirizada.”

É falso que a totalização dos votos das eleições seria feita pela Oracle, empresa responsável pela manutenção dos computadores. A empresa citada realiza a manutenção do supercomputador, equipamento físico que fica em uma sala-cofre do TSE, mas os dados das eleições são processados por um sistema interno do tribunal. A apuração dos resultados começa na urna eletrônica, que soma os votos daquela seção, emite um boletim com os dados e alimenta uma memória que será levada à Zona Eleitoral ou TRE (Tribunal Regional Eleitoral) responsável. Os resultados de cada memória são, então, enviados ao TSE para a totalização por meio de uma rede interna da Justiça Eleitoral. Não há, portanto, uma contagem física na sala-cofre onde o supercomputador se encontra. Quem realiza essa contabilização é o sistema acessado apenas por servidores da Justiça Eleitoral por meio de uma rede interna.

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REPETIDA 2 VEZES. Em 2022: 18.jul.

Tema: Eleições. Origem: Discurso

18.jul.2022

“Eu repito: não tem qualquer classificação sigilosa o que está dentro dele [inquérito que apura ataque hacker nas eleições de 2018].”

É falso que o inquérito que investiga uma invasão ao sistema do TSE em 2018 e que teve seus dados divulgados pelo presidente em transmissão ao vivo no dia 4 de agosto de 2021 não tenha qualquer grau de sigilo. Em relatório divulgado pela Corregedoria da Polícia Federal em fevereiro de 2022, a conclusão é que, mesmo que não houvesse ordem judicial que classificasse a investigação como segredo de justiça, o inquérito “apresentava o sigilo relativo próprio dos procedimentos de investigação criminal” , e só poderia ser divulgado depois de concluído. Em documento enviado ao STF, a Polícia Federal disse que Bolsonaro teve atuação “direta, voluntária e consciente” ao cometer o crime de vazamento de informações sigilosas, junto com o deputado Filipe Barros (PL-PR). O relatório, no entanto, não indiciou Bolsonaro devido ao foro por prerrogativa de função, direito a que o presidente e ocupantes de outros cargos têm de serem julgados por instâncias superiores.

FONTE ORIGEM

REPETIDA 5 VEZES. Em 2022: 17.jul, 18.jul, 08.ago.

Tema: Eleições, Justiça. Origem: Discurso

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