Jair Bolsonaro
O Brasil é um país fantástico.
8,5 milhões de km²…
Com 8.547.403 km², o Brasil é o quinto maior país do mundo em extensão territorial.
… riquíssimo em biodiversidade, minerais, terras agricultáveis, áreas para turismo, água potável, uma coisa enorme chamada Amazônia.
Ou seja, o Brasil, pela sua extensão territorial, pelas suas riquezas, está integrado no mundo todo.
O Brasil faz negócios com praticamente o mundo todo.
Tem adotado uma posição de equilíbrio em conflitos, buscamos a paz, trabalhamos por isso, preservamos a nossa democracia.
Até o momento, uma só palavra minha houve fora do que eu chamo de quatro linhas da nossa Constituição.
Nós respeitamos as leis.
Me elegi presidente da República gastando menos de US$ 1 milhão.
Jair Bolsonaro declarou ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) ter arrecadado R$ 4,39 milhões em doações de campanha em 2018. Desse total, foram gastos R$ 2.456.215,03. Com a cotação do dólar em R$ 3,68 ao final da eleição, o presidente gastou cerca de US$ 668 mil.
Repito, gastando menos de US$ 1 milhão e dentro de um leito de hospital...
... após sofrer um atentado de uma facada de um elemento de esquerda e cujo inquérito não foi concluído, apesar dos enormes indícios de interesses outros se fazerem presentes.
O presidente engana ao dizer que o inquérito sobre o atentado a faca que sofreu nas eleições de 2018 em Juiz de Fora (MG) não foi concluído. O primeiro, que ouviu testemunhas e analisou imagens e documentos presentes nos celulares e computadores de Bispo, foi encerrado ainda em setembro de 2018 com a conclusão de que o agressor havia agido sozinho por “inconformismo político”. O segundo inquérito foi finalizado em maio de 2020 com o mesmo desfecho. Em novembro de 2021, a investigação foi retomada porque o TRF1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região) liberou acesso a informações obtidas em quebra de sigilo bancário do ex-advogado de Bispo, Zanone Júnior, e em operação de busca e apreensão no seu escritório. Ainda não foram, no entanto, divulgadas novas informações sobre o caso.
Mas isso é uma questão interna nossa.
Gostaria de ver esse inquérito concluído para chegar nos mandantes, a tentativa de homicídio.
Sou capitão do Exército brasileiro, fiquei 15 anos no Exército.
Antes de integrar o Legislativo, Jair Bolsonaro teve 15 anos de carreira no Exército Brasileiro. O presidente se formou na Academia das Agulhas Negras em 1977 e foi reserva remunerada em 1988.
Fui vereador no Rio de Janeiro por dois anos e 28 anos dentro da Câmara dos Deputados.
Bolsonaro passou para a reserva remunerada do Exército em 1988, quando foi eleito vereador pelo Rio de Janeiro. Dois anos depois, em 1990, abandonou o cargo para assumir a cadeira de deputado federal, que ocupou por 28 anos.
Conheço muito bem nosso sistema.
Conheço muito bem a política brasileira.
Fiz uma campanha sem recurso...
Bolsonaro diz ter conseguido se eleger à presidência da República em 2018 sem dinheiro, o que é falso. De acordo com o extrato oficial da prestação de contas da Justiça Eleitoral, o candidato arrecadou R$ 4.390.140 em doações para a campanha, dos quais R$ 2.456.215 foram gastos. A soma foi bastante inferior à de seu rival no segundo turno, Fernando Haddad (PT), cuja campanha despendeu R$ 33,6 milhões.
... então, mas que começou quatro anos antes do pleito, depois da reeleição da senhora Dilma Rousseff.
E, andando pelo Brasil sozinho, três anos sozinho andando pelo Brasil, juntando multidões, fiz a minha campanha.
Tudo que vou falar aqui está documentado, nada da minha cabeça.
O que eu mais quero para o meu Brasil é que a sua liberdade continue a valer também, obviamente, depois das eleições.
O que eu mais quero, por ocasião das eleições, é a transparência.
Porque nós queremos que o ganhador seja aquele que realmente seja votado.
Nós temos um sistema eleitoral que apenas dois países no mundo usam.
Segundo levantamento da Folha de S.Paulo, ainda que diversos países adotem o voto eletrônico em suas eleições, só Brasil, Bangladesh e Butão adotam a votação sem a impressão do comprovante em larga escala.
No passado, alguns países tentaram usar, começaram até a usar esse sistema e rapidamente foi abandonado.
Repito: o que nós queremos são eleições limpas, transparentes, onde o eleito realmente reflita a vontade da sua população.
Teria muita coisa a falar aqui...
... mas eu quero me basear exclusivamente em um inquérito da Polícia Federal que foi aberto após o segundo turno das eleições de 2018, onde um hacker falou que tinha havido fraude por ocasião das eleições. Falou que ele tinha invadido, o grupo dele, o TSE, o Tribunal Superior Eleitoral.
E, obviamente, quando se fala em manipulação de números após eleições, quem manipula é quem ganhou.
Então seria eu o manipulador.
E a Polícia Federal começou, então, a apurar se houve ou não manipulação e de quem seria a responsabilidade.
Então, tudo começa nessa denúncia que foi de conhecimento do Tribunal Superior Eleitoral, onde o hacker diz, claramente, que ele teve acesso a tudo dentro do TSE.
Disse mais: obteve acesso aos milhares de códigos-fonte, que teve acesso à senha de um ministro do TSE, bem como de outras autoridades, várias senhas ele conseguiu.
E obviamente, a senhora ministra do TSE na época e também é do Supremo Tribunal Federal, Rosa Weber, fez com que o inquérito fosse instalado.
Então, temos aqui a instauração do inquérito.
Segundo o TSE, a gente vai ver aqui na frente, os hackers ficaram por oito meses dentro dos computadores do TSE. Com código-fonte, com senhas e muito à vontade dentro do Tribunal Superior Eleitoral.
E, diz ao longo do inquérito que eles poderiam alterar nomes de candidatos, tirar voto de um, transferir para outro.
Ou seja, o sistema, segundo documento do próprio Tribunal Superior Eleitoral e conclusão da Polícia Federal, um processo aberto, há muitas maneiras de se alterar o processo de votação.
Então, de imediato, a Polícia Federal pediu um tal de logs, né, que é a impressão digital do que acontece dentro do sistema informatizado.
O que é natural também é o órgão invadido fornecer os logs independente de pedidos.
A Polícia Federal pediu os logs, que podiam ser entregues no mesmo dia ou no dia seguinte, mas, sete meses depois, segundo documentos, o TSE informou que os logs haviam sido apagados.
E, uma coisa muito importante: esse inquérito, aberto no mês seguinte do segundo turno eleições de 2018, até hoje não foi concluído ainda.
Diz aqui o próprio TSE e conclusões da própria Polícia Federal: ‘O atacante invasor conseguiu copiar toda a base de dados’.
Repito: conseguiu a senha de um ministro do Tribunal Superior Eleitoral. Também a senha do coordenador de Infraestrutura, Cristiano Andrade, que é a pessoa de confiança do chefe de TI chamado Giuseppe Janino.
Então, prosseguindo, o invasor teve acesso a toda a documentação do TSE, toda a base de dados por 8 meses.
É uma coisa que, com todo o respeito, eu sou o presidente da República do Brasil, eu fico envergonhado de falar isso aí.
O que é comum, né, acontecer em alguns países do mundo, é o chefe do Executivo conspirar para ele conseguir uma reeleição.
Estamos fazendo exatamente o contrário, porque temos pela frente três meses até as eleições.
Mais na frente — tudo que eu falo aqui ou é conclusão da PF ou é diretamente informações prestadas pelo TSE.
‘O senhor secretário atesta, categoricamente’ — conserta aí, Cid.
Conserta aí que tá errado aí.
‘O senhor secretário atesta categoricamente que o invasor obteve domínio sobre usuários e senhas, que permite a alteração de dados de partidos e candidatos, até mesmo a sua exclusão, no contexto do processo eleitoral’.
Ou seja, esse grupo de invasores puderam até mesmo excluir nomes, e, mais, trocar votos entre candidatos.
E o que aconteceu depois de tudo isso?
Eu tive acesso a esse inquérito no ano passado, divulguei, é um inquérito que não tem qualquer classificação sigilosa.
Bolsonaro se refere ao inquérito que investiga uma invasão ao sistema do TSE em 2018, cujos dados ele divulgou em transmissão ao vivo em suas redes sociais no dia 4 de agosto de 2021. Segundo a Corregedoria da Polícia Federal, em relatório divulgado em fevereiro de 2022, mesmo que não houvesse ordem judicial que classificasse a investigação como segredo de justiça, o inquérito “apresentava o sigilo relativo próprio dos procedimentos de investigação criminal” , e só poderia ser divulgado depois de concluído. Em documento enviado ao STF, a Polícia Federal disse que Bolsonaro teve atuação “direta, voluntária e consciente” ao cometer o crime de vazamento de informações sigilosas, junto com o deputado Filipe Barros (PL-PR). O relatório, no entanto, não indiciou Bolsonaro devido ao foro por prerrogativa de função, direito a que o presidente e ocupantes de outros cargos têm de serem julgados por instâncias superiores.
E, ao divulgar, o ministro Alexandre de Moraes abre o inquérito para me investigar sobre vazamento.
Em depoimento, o delegado encarregado do inquérito foi bem claro que o inquérito não tinha qualquer classificação sigilosa. Foi instada a Corregedoria da Polícia Federal, que disse a mesma coisa. E como envolvia um outro deputado, que teve acesso a esse documento também, a Procuradoria da Câmara dos Deputados disse que o inquérito não tinha qualquer classificação sigilosa.
O que nós entendemos aqui no Brasil é que, quando se fala em eleições, elas têm que ser totalmente transparentes, coisa que não aconteceu em 2018.
Também, a Polícia Federal, depois que demorou sete meses para o TSE informar que os logs já haviam sido apagados.
Repito: eles poderiam ser fornecidos de forma espontânea ou através do requerimento no mesmo dia, ou no dia seguinte.
Então, sete meses depois, o TSE informou que os logs haviam sido apagados.
E a Polícia Federal concluiu, pela total falta de colaboração do TSE para com a apuração do que os hackers tinham feito ou não por ocasião das eleições de 2018.
E repito: até hoje esse inquérito não foi concluído.
Entendo que não poderíamos ter tido eleições em 2020 sem apuração total do que aconteceu lá dentro.
Porque o sistema é completamente vulnerável, segundo o próprio TSE, e, obviamente, a conclusão da Polícia Federal.
Só dois países do mundo usam esse sistema eleitoral nosso.
Segundo levantamento da Folha de S.Paulo, ainda que diversos países adotem o voto eletrônico em suas eleições, só Brasil, Bangladesh e Butão adotam a votação sem a impressão do comprovante em larga escala.
Vários outros países ou não usam ou começaram a usá-lo ou chegaram à conclusão de que não era um sistema confiável, porque ele é inauditável.
É impossível fazer uma auditoria em eleições aqui no Brasil.
Não é verdade que seja impossível fazer auditoria nas eleições brasileiras. A Justiça Eleitoral permite que os sistemas de votação sejam requisitados para análise e verificação a qualquer momento. Segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), é possível fazer auditorias pré e pós-eleição, dos códigos-fonte do sistema da urna eletrônica e da votação. Em 2014, o PSDB solicitou uma auditoria para averiguar o resultado do pleito entre Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), que havia sido reeleita. Após a averiguação, foi concluído que não houve fraude. As máquinas têm elementos que possibilitam a auditoria eletrônica: o RDV (Registro Digital do Voto), que tem a função de recuperar os votos para recontagem eletrônica, caso seja necessário, e o log da urna eletrônica, arquivo do registro cronológico de todas as operações realizadas pelo software da máquina.
E, agora, a fotografia de alguns países, com toda certeza tem gente aqui da Inglaterra, França, Irlanda, Alemanha, Hong Kong, Coreia do Sul, Japão.
Olha, aqui o pessoal está acompanhando a apuração.
No Brasil, não tem como acompanhar a apuração.
Eu não sei o que vêm fazer os observadores de fora aqui.
Vão fazer o quê?
Vão observar o quê?
Se o sistema é falho, segundo o próprio TSE...
... é inauditável também, segundo uma auditoria externa pedida por um partido político, no caso, o PSDB, em 2014.
E, com todo respeito, oito meses passeando dentro dos computadores do TSE esse grupo de hackers, será que o TSE não sabia?
Vamos continuar?
Mais outros países: Taiwan, Rússia, Suíça, Noruega, Itália, Israel.
O pessoal tem o que observar.
Aqui no Brasil os observadores que, porventura, vierem para cá, eu queria saber o que eles vão observar aqui.
Em 2014, a conclusão foi de que houve uma dúvida grave.
Quem ganhou as eleições?
Daria um capítulo, mas eu não vou entrar nesse capítulo aqui.
Já está bem… Bastante curioso o que aconteceu em 2014.
A Polícia Federal, nesses momentos, recomendou o voto impresso. Manteria o sistema eleitoral nosso, mas teria impressora do lado da urna, onde não haveria contato manual por parte do eleitor e, após a confirmação do voto, o papel cairia dentro de uma urna e essa urna seria então utilizada na mais na frente para uma contagem física caso houvesse dúvidas sobre quem ganhou as eleições.
Então, documentação do próprio TSE também conclui aqui que não há como fazer uma correspondência entre um eleitor específico e seu voto.
Ninguém quer descobrir o voto daquela pessoa para quem ela escreveu ali ou pra quem ela queria votar, não é isso.
Esse sistema aqui é impossível fazer qualquer relação, ou correlação, entre o eleitor e o seu voto.
Aqui mais uma vez, um outro parecer da Polícia Federal em 2018 recomendando que fossem envidados todos os esforços para que possa existir o voto impresso para fins de autoria, também ignorados.
Por quatro vezes o Parlamento brasileiro, com a minha participação em todas elas, nós aprovamos o voto impresso ao lado da urna eletrônica sem contato manual do eleitor com o voto, e o Supremo Tribunal Federal disse que era inconstitucional. Inconstitucional o quê?
E daí entra na frente aqui, isso, mais uma personalidade.
Deixo claro, quando se fala em ministro Fachin, ele foi o responsável por tornar Lula elegível. Numa interpretação de um dispositivo constitucional, o Lula estava preso, e o Supremo entendeu que a prisão só poderia acontecer em última instância, na quarta instância.
Então, ele foi condenado em primeira instância, segunda instância, terceira instância, todos os placares por unanimidade e estava cumprindo pena de prisão.
Com a reinterpretação do Supremo Tribunal Federal, ele foi pra rua.
Mas como ele, Lula, estava em liberdade, mas as condenações estavam valendo, o próprio ministro Fachin, relator de um processo, resolveu tornar o Lula elegível. Então, por 3 a 2, o Supremo Tribunal Federal não inocentou, simplesmente, anulou os julgamentos, voltando para a primeira instância o senhor Luiz Inácio Lula da Silva.
Ao voltar para a primeira instância, ele conseguiu, ele reconquistou a possibilidade de ser elegível.
Daí, em setembro de 2021, o ministro Barroso, por portaria, resolve convidar algumas instituições, entre elas as Forças Armadas, a participarem de uma Comissão de Transparência Eleitoral.
De fato, as Forças Armadas foram convidadas a integrar a Comissão de Transparência das Eleições, criada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em setembro de 2021 para assegurar a lisura do processo eleitoral no país. Entre os objetivos do grupo está analisar o plano de ação do TSE para a ampliação da transparência e acompanhar e fiscalizar os sistemas eleitorais e de auditoria.
As Forças Armadas não se meteram nesse processo, foram convidadas.
Ao serem convidadas, nós temos um comando de defesa cibernética — como acredito que todos os outros países têm também — e, como foram convidados, começaram a trabalhar para apresentar soluções para que o ocorrido nas eleições de 2018 não viesse a ocorrer novamente.
Continua então o senhor Barroso, me atacando.
Deixo bem claro: por que que o senhor Barroso foi escolhido pelo governo do PT para ser ministro do Supremo Tribunal Federal?
Porque ele trabalhou para que o terrorista Cesare Battisti ficasse no Brasil.
E, no último dia do presidente Lula, em 2010, Battisti conseguiu a condição de refugiado no Brasil, graças ao trabalho dele, Barroso, que era advogado naquela época, e o terrorista Cesare Battisti permaneceu no Brasil.
Graças a isso, certamente pegou confiança no Partido Trabalhista e foi indicado para o Supremo Tribunal Federal.
Então, essa acusação de que eu vazei dados, o inquérito, que é ostensivo, não tem qualquer classificação sigilosa.
É falso que o inquérito que investiga uma invasão ao sistema do TSE em 2018 e que teve seus dados divulgados pelo presidente em transmissão ao vivo no dia 4 de agosto de 2021 não tenha qualquer grau de sigilo. Em relatório divulgado pela Corregedoria da Polícia Federal em fevereiro de 2022, a conclusão é que, mesmo que não houvesse ordem judicial que classificasse a investigação como segredo de justiça, o inquérito “apresentava o sigilo relativo próprio dos procedimentos de investigação criminal” , e só poderia ser divulgado depois de concluído. Em documento enviado ao STF, a Polícia Federal disse que Bolsonaro teve atuação “direta, voluntária e consciente” ao cometer o crime de vazamento de informações sigilosas, junto com o deputado Filipe Barros (PL-PR). O relatório, no entanto, não indiciou Bolsonaro devido ao foro por prerrogativa de função, direito a que o presidente e ocupantes de outros cargos têm de serem julgados por instâncias superiores.
É uma acusação simplesmente infundada.
Carece de base, de amparo legal.
É uma acusação mentirosa, nada existe no inquérito.
O inquérito, como disse, como o próprio depoimento do delegado encarregado do mesmo da corregedoria da PF e da Procuradoria da Câmara dizendo do inquérito não tinha qualquer classificação sigilosa.
E, se tivesse, estava errado.
Porque, quando se fala em eleições, vem à nossa cabeça transparência.
E o senhor Barroso, também com o senhor Fachin, começaram a andar pelo mundo me criticando, como se estivesse preparando um golpe por ocasião das eleições.
É exatamente o contrário o que está acontecendo.
O Barroso, nos Estados Unidos, faz uma palestra: como se livrar de um presidente.
Ele é, era presidente do Tribunal Superior Eleitoral e do Supremo Tribunal Federal.
A gente não tem notícias de pessoas que ocupam essa Corte nos países que fiquem falando, dando entrevista, dando e colocando a sua opinião pessoal sobre esse ou aquele governo.
Lamentável a ação do ministro Barroso pelo mundo, que isso atrapalha o Brasil.
Repito: vocês nunca ouviram uma só palavra minha de censurar a mídia, de derrubar página alguém que me critique, de prender deputado, nunca mandei prender nenhum deputado.
Quem prendeu foi outro colega deles, Alexandre de Moraes.
Jornalista (vídeo)
Com as informações que temos até agora, dá para saber se haverá resultado hoje ou só amanhã?
E a última coisa é: quem que faz a manutenção do supercomputador que o senhor mencionou?
É a própria equipe do TSE ou uma empresa terceirizada?
Luís Roberto Barroso (vídeo)
Eu vou pedir ao nosso secretário de TI, Giuseppe, se você puder comparecer ali ao microfone e explicar.
Houve um problema de infraestrutura, que é a hora que eu estava atendendo, mas eu não gostaria de dar uma explicação equivocada.
Portanto, Giuseppe, por favor.
Giuseppe Janino (vídeo)
Esse computador é instalado por meio de um serviço, ele faz justamente esse papel da nuvem computacional.
Ou seja, é um supercomputador, ele é contratado por uma empresa, essa empresa é a Oracle, ela instala esse computador e mantém ele em funcionamento.
É um serviço, justamente, e não é uma aquisição, portanto, a manutenção, a conservação, o suporte, o bom funcionamento do equipamento é de responsabilidade da empresa.
Luis Roberto Barroso (vídeo)
Não é propriamente uma terceirização, é uma contratação de um serviço, como explicou o nosso secretário, ok?
Jair Bolsonaro
Bem, não é o Tribunal Superior Eleitoral que conta os votos, é uma empresa terceirizada.
É falso que a totalização dos votos das eleições seria feita pela Oracle, empresa responsável pela manutenção dos computadores. A empresa citada realiza a manutenção do supercomputador, equipamento físico que fica em uma sala-cofre do TSE, mas os dados das eleições são processados por um sistema interno do tribunal. A apuração dos resultados começa na urna eletrônica, que soma os votos daquela seção, emite um boletim com os dados e alimenta uma memória que será levada à Zona Eleitoral ou TRE (Tribunal Regional Eleitoral) responsável. Os resultados de cada memória são, então, enviados ao TSE para a totalização por meio de uma rede interna da Justiça Eleitoral. Não há, portanto, uma contagem física na sala-cofre onde o supercomputador se encontra. Quem realiza essa contabilização é o sistema acessado apenas por servidores da Justiça Eleitoral por meio de uma rede interna.
Eu acho que nem precisava continuar essa explanação aqui.
Nós queremos, obviamente, estamos lutando para apresentar uma saída para isso tudo.
Nós queremos confiança e transparência no Sistema Eleitoral Brasileiro.
Aqui uma reunião com o ministro Fachin, com alguns dos senhores ou representantes alertando-os contra acusações levianas.
O que eu estou falando aqui não tem nada de leviano.
Esse inquérito, tenho uma cópia comigo e quem porventura quiser ter acesso a ele eu forneço a cópia.
Eu repito: não tem qualquer classificação sigilosa o que está dentro dele.
É falso que o inquérito que investiga uma invasão ao sistema do TSE em 2018 e que teve seus dados divulgados pelo presidente em transmissão ao vivo no dia 4 de agosto de 2021 não tenha qualquer grau de sigilo. Em relatório divulgado pela Corregedoria da Polícia Federal em fevereiro de 2022, a conclusão é que, mesmo que não houvesse ordem judicial que classificasse a investigação como segredo de justiça, o inquérito “apresentava o sigilo relativo próprio dos procedimentos de investigação criminal” , e só poderia ser divulgado depois de concluído. Em documento enviado ao STF, a Polícia Federal disse que Bolsonaro teve atuação “direta, voluntária e consciente” ao cometer o crime de vazamento de informações sigilosas, junto com o deputado Filipe Barros (PL-PR). O relatório, no entanto, não indiciou Bolsonaro devido ao foro por prerrogativa de função, direito a que o presidente e ocupantes de outros cargos têm de serem julgados por instâncias superiores.
E aqui é o que eu já falei: ‘Fachin assina acordo do TSE com entidade estrangeira para observação das eleições’.
Eu peço aos senhores: o que essas pessoas vêm fazer no Brasil?
Vão observar o quê?
Que o voto é totalmente informatizado.
Vêm dar ares de legalidade?
Vêm dizer que tudo ocorreu numa normalidade.
Eu teria dezenas e dezenas de vídeos para passar pros senhores por ocasião das eleições de 2018, onde o eleitor ia votar e simplesmente não conseguia votar.
Ou quando ele apertava o número 1, e depois ia apertar o número 7, aparecia o 3 e o voto ia pra outro candidato.
Bolsonaro recicla, mais uma vez, uma desinformação sobre um vídeo que circulou durante as eleições de 2018, após o primeiro turno. A gravação sustentava que algumas urnas teriam completado automaticamente o número do candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad. O TRE-MG (Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais) analisou as imagens e concluiu que se tratava de uma montagem. O vídeo em questão também tinha claros indícios de edição, conforme verificou o Aos Fatos à época. Em nenhum momento da gravação, por exemplo, a tela e o teclado em que o voto é digitado aparecem ao mesmo tempo. Quando a urna supostamente preenche automaticamente o número 3, apenas a tela do equipamento era exibida no vídeo.
O contrário ninguém reclamou.
Temos quase cem vídeos de pessoas reclamando que foram votar em mim e, na verdade, o voto foi para outra pessoa.
Nenhum vídeo de alguém que foi votar em outro candidato e porventura apareceu meu nome.
Nós queremos corrigir falhas.
Nós queremos transparência.
Nós queremos democracia de verdade.
Agora, eu estou sendo acusado o tempo todo pelo Barroso, Fachin, Alexandre de Moraes, como uma pessoa que quer dar o golpe.
Eu estou questionando antes porque temos tempo ainda de resolver esse problema com a própria participação das Forças Armadas que foram convidadas pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Os senhores devem estranhar: ‘O que as Forças Armadas estão fazendo no processo eleitoral?’.
Nós fomos convidados.
De fato, as Forças Armadas foram convidadas a integrar a Comissão de Transparência das Eleições, criada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em setembro de 2021 para assegurar a lisura do processo eleitoral no país. Entre os objetivos do grupo está analisar o plano de ação do TSE para a ampliação da transparência e acompanhar e fiscalizar os sistemas eleitorais e de auditoria.
E eu sou o chefe supremo das Forças Armadas.
De acordo com o artigo 84 da Constituição, compete privativamente ao presidente da República "exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes são privativos".
Nós, jamais, com esse convite, iríamos participar apenas para dar ares de legalidade.
O Comando de Defesa Cibernética, os senhores têm o equivalente nos países de vocês, é algo extremamente sério.
Pessoas extremamente, mais que habilitadas, confiáveis.
Depois de convidar as Forças Armadas, o trabalho das Forças Armadas junto com o comando de defesa cibernética, que é algo louvável, confiável e verdadeiro, o ministro Fachin disse que as sugestões da Forças Armadas serão avaliadas depois de 2022.
Todas as sugestões apresentadas pras Forças Armadas podem ser cumpridas até 2 de outubro.
E, se tiver qualquer despesa extra, o Poder Executivo arranja recurso para tal.
Porque sempre ouvimos, em especial da esquerda, que ‘democracia não tem preço’.
Por que uma declaração como essa?
Será que já está antevendo que o candidato dele, que ele tornou elegível, vai ganhar as eleições?
E do lado de cá teria uma reação?
Que o resultado de eleições se cumpre.
Agora, estamos estamos tentando antecipar um problema que interessa para todo mundo.
O mundo todo quer estabilidade democrática no Brasil.
Os senhores todos querem continuar representando os seus países, porque o Brasil é um país que interessa para todo mundo.
Nós alimentamos mais de 1 bilhão de pessoas pelo mundo com o nosso agronegócio.
Estudo da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) publicado em março de 2021 aponta que, na verdade, a produção e a exportação de grãos e de carne bovina brasileira foi responsável pela alimentação de 772,6 milhões de pessoas em todo o mundo em 2020, o que corresponde a cerca de 10,5% da população mundial — é falso, portanto, que o Brasil alimenta 1 bilhão de pessoas, como disse o presidente. Descontados os 212,3 milhões de brasileiros, os autores do estudo concluem que 560,3 milhões de cidadãos de outros países se beneficiam dos alimentos produzidos no Brasil. Os dados são ligeiramente superiores aos estimados pela FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), que apontou um total de 628,2 milhões de pessoas alimentadas, aos do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, que calculou 625 milhões, e aos do IGC (International Grains Council), que indicou um total de 636,9 milhões de pessoas.
Repito: Temos negócios com o mundo todo, é um país fantástico.
Teria muito a falar sobre o Brasil, mas os senhores bem acompanham ao que bem acontece aqui em nossa pátria.
E nós, se o povo resolver voltar ao que era antes, paciência.
Agora, em um sistema eleitoral como esse, que apenas dois países o adotam...
Segundo levantamento da Folha de S.Paulo, ainda que diversos países adotem o voto eletrônico em suas eleições, só Brasil, Bangladesh e Butão adotam a votação sem a impressão do comprovante em larga escala.
... outros estudaram e abandonaram, outros fizeram uma outra eleição e desistiram.
Nós não queremos isso para o Brasil.
Nós não queremos que após as eleições um lado ou outro questione os resultados das eleições.
Como os senhores viram no começo aqui vídeos passando meus, eu ando pelo Brasil todo.
Sou muito bem recebido em qualquer lugar.
Ando no meio do povo.
O outro lado não.
É falsa a afirmação de Bolsonaro de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não “anda no meio do povo”. O petista tem participado de eventos públicos e caminhado junto de aglomerações desde o início de sua pré-campanha à Presidência. Um exemplo foi o cortejo em Salvador no dia 2 de julho, que também contou com a presença do pré-candidato a vice, Geraldo Alckmin (PSB), e outros políticos. Lula também esteve na Feira Nordestina da Agricultura, no dia 16 de junho, em Natal, onde caminhou entre os vendedores.
Sequer toma café ou almoça no restaurante do hotel.
Come no seu quarto. Porque não tem aceitação.
Agora, pessoas que devem favores a ele não querem um sistema eleitoral transparente.
Pregam o tempo todo que imediatamente após anunciar o resultado das eleições, os respectivos chefes de Estado dos senhores devem reconhecer imediatamente o resultado das eleições.
Depois das Forças Armadas serem convidadas para participar da Comissão de Transparência Eleitoral, o Fachin, quem tornou o Lula elegível, disse que quem trata das eleições do Brasil são as ‘forças desarmadas’.
Então, por que nos convidaram?
Achavam que iam dominar as Forças Armadas?
Será que se esqueceram que eu sou o chefe supremo das Forças Armadas?
Será que esqueceram da responsabilidade das nossas Forças Armadas, que goza de um conceito excepcional perante a opinião pública?
Jamais as Forças Armadas participariam de uma farsa.
Jamais seriam moldura de uma fotografia.
E olha uma coisa inacreditável.
O que que o Fachin disse, o homem que tornou Lula elegível...
... sempre foi advogado do MST, grupo terrorista que até pouco tempo era bastante ativo no Brasil...
Não é verdade que o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin tenha advogado para o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). Ainda que tenha se manifestado de forma favorável à reforma agrária e assinado um manifesto a favor do MST em 2008, que defendia as ocupações de terra como “atos legítimos”, Fachin já negou ter prestado qualquer tipo de serviço ou consultoria jurídica para o movimento. Em buscas, o Aos Fatos não encontrou indícios de que o ministro tenha trabalhado para o movimento. Questionado sobre o tema em sabatina no Senado em 2015, quando foi indicado ao STF, Fachin afirmou: “Tenho presente que ações realizadas dentro da lei são ações legítimas. Algumas dessas ações, em determinados momentos, não obstante que carreguem reivindicações legítimas, desbordam da lei. Mas aí acabou a espacialidade da política e entra, evidentemente, a espacialidade do limite. A lei, portanto, é o limite deste tipo de manifestação. E é nisso que o Estado democrático de Direito convive. Eu posso, se assim desejar, como cidadão, ir à rua protestar, aliás, quiçá, até devo, para manifestar a minha vontade”.
... ‘Auditoria não é instrumento para rejeitar resultado das eleições’. Para que serve a auditoria?
Bolsonaro distorce uma declaração dada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) e presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Edson Fachin no dia 1º de julho, no encerramento do semestre da corte eleitoral. Na ocasião, o ministro afirmou que a auditoria é um meio de verificar os procedimentos e instrumentos do pleito, e não uma forma de reverter o resultado das urnas. “Auditar trata-se de auditar os meios, instrumentos e procedimentos, e não veículo de uma preposição aberta direcionada aprioristicamente a rejeitar o resultado das urnas que porventura retrate que a vontade do povo brasileiro é oposta aos interesses pessoais de um ou de outro candidato”, afirmou.
Eu tenho vergonha de falar isso para vocês.
Eu tenho vergonha.
Eu sou obrigado a conversar com os senhores.
Agradeço a presença penhoradamente.
E sei que os senhores todos querem a estabilidade democrática em nosso país.
E ela só será conseguida por eleições transparentes.
Confiáveis.
O ministro Alexandre de Moraes manda prender quem disseminar fake news nas eleições de 2022.
Que que é fake news?
É o que eles acham que é fake news.
Como já aconteceu comigo: botaram numa página minha, no Facebook, uma matéria de revista falando sobre AIDS e vírus, Covid, ele achou que aquilo é fake news e tá me processando.
Bolsonaro faz menção a um episódio ocorrido em outubro de 2021, quando difundiu em live a desinformação de que vacinas aumentariam o risco de infecção pelo HIV. Apesar de ter afirmado na época que estaria lendo o título de uma matéria da revista Exame, o presidente apareceu na transmissão ao vivo lendo o print de um texto do blog Before It's News, conhecido por propagar desinformação. Não há, ao longo da live, menção à revista Exame, que veiculou, em 2020, informações sobre um artigo publicado no periódico científico Lancet sobre a possível relação entre um tipo específico de adenovírus usado em algumas vacinas contra a Covid-19 e uma maior chance de infecção pelo HIV. O texto, no entanto, além de não ser conclusivo, citava apenas o adenovírus de número 5, usado em vacinas não aprovadas no Brasil, como a Sputnik V. É importante ressaltar, ainda, que os autores baseiam suas hipóteses não em estudos sobre a vacina contra a Covid-19, mas em análises feitas em 2007 na busca por possíveis vacinas contra a Aids. Não há nenhum indício de que qualquer uma das vacinas contra a Covid-19 aumente o risco de desenvolvimento de Aids. Em decorrência das alegações, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes determinou a abertura de um inquérito em dezembro de 2021.
Eu não sei onde ele acha que ele pode parar.
Nós queremos a paz, a tranquilidade, o respeito que não tem da outra parte para conosco.
Eu não sei o que faz uma pessoa agir dessa maneira.
Quem escolhe as pessoas pra dizer o que esse ou aquele candidato bota em sua página, se é fake news ou não, é o próprio TSE.
Que desmonetiza páginas, que derruba outras, que sugere prisões, que cassa parlamentar por coisas que não tem tipificação na lei.
Como cassaram um deputado por fake news.
O presidente faz referência ao deputado Fernando Francischini (União-PR), que teve o mandato cassado e foi tornado inelegível pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em 28 de outubro de 2021 por abuso do poder político e uso indevido dos meios de comunicação social. Em decisão monocrática no dia 2 de junho de 2022, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Nunes Marques suspendeu a decisão, mas sua liminar foi derrubada pela segunda turma do STF dias depois. Na data do primeiro turno das eleições de 2018, a 22 minutos do fim do processo, Francischini — que à época ocupava o cargo de deputado federal — iniciou uma transmissão ao vivo nas redes sociais em que difundiu desinformação contrária às urnas eletrônicas. Baseando-se em boatos que circularam nas redes e foram desmentidos pelo TSE, Francischini apontou que eleitores não estariam conseguindo votar no então candidato à Presidência Jair Bolsonaro.
Que cria a própria jurisprudência de interesse deles mesmos para prejudicar o nosso lado.
Alexandre de Moraes (vídeo)
Há gabinete do ódio.
Foi dito na tribuna por um dos advogados: 'Em momento algum se falou em gabinete do ódio'.
Há gabinete do ódio sim.
E essa alcunha não foi dada nos inquéritos, não foi dada por opositores políticos.
Foi um ministro de Estado, um ministro de Estado que disse: ‘Aqui do lado é o gabinete do ódio. Só ficam produzindo’.
Se houver repetição, se houver repetição do que foi feito em 2018, o registro será cassado e as pessoas que assim fizerem irão para a cadeia por atentar contra as eleições e a democracia no Brasil.
É o voto, presidente.
Jair Bolsonaro
Atentar contra as eleições e a democracia.
Quem faz isso é o próprio TSE ao esconder o inquérito de 2018.
Não pode um magistrado ameaçar quem quer que seja.
Quando ele diz que existe gabinete do ódio, que seria algo do meu governo, diz que tem um ministro que falou, mas não diz o nome do ministro, não apresenta uma só matéria que poderia ter sido produzida no tal do gabinete do ódio.
O que ele quer com isso?
Para que acirrar os ânimos entre o Poder Judiciário e o Poder Executivo?
E não é o comportamento de um magistrado a ameaça.
Se disse que houve, existe gabinete do ódio, repito: apresente uma só matéria que poderia ter sido produzida por um gabinete vinculado a mim, na presidência da República.
É lamentável esse comportamento, ameaçando.
Quer amedrontar quem?
Quer fazer valer esse processo eleitoral onde o próprio TSE diz que ele é vulnerável.
Onde a própria Polícia Federal disse, com documentação do próprio TSE que aquilo é mais que um queijo suíço, é uma peneira.
Porque eles convidam as Forças Armadas e depois não querem mais as nossas sugestões?
O último slide, né?
O Estado de S.Paulo: ‘Ministros do Supremo Tribunal Federal formam célula política para combater o governo Bolsonaro’. Quem diz não sou eu. Até a própria imprensa, que sempre esteve ao lado deles, acaba deixando transparecer uma verdade cristalina.
O título citado por Bolsonaro de fato foi publicado no jornal O Estado de S. Paulo na edição do dia 19 de junho de 2022. No entanto, o presidente omite que não se trata de uma reportagem, mas de um texto de opinião de autoria do colunista José Roberto Guzzo, que publica visões favoráveis ao presidente desde as eleições de 2018. Textos escritos por colunistas expressam a opinião do autor, não da publicação ou da imprensa em geral. A posição de um jornal impresso é expressa em editoriais. Sobre o STF (Supremo Tribunal Federal), por exemplo, O Estado de S. Paulo publicou o editorial “O papel do Supremo na democracia”, que diz que o Supremo está sob ataque no governo Bolsonaro e que as ameaças presidenciais aos ministros são uma “afronta desabrida” ao papel da corte em uma democracia.
As ações contra o nosso governo são inúmeras.
Eu recebo uma interferência por semana no meu governo.
Você dá prazo para explicar por 48 horas porque que eu não porque não fiz isso, porque não fiz aquilo.
E ajuizada por parlamentares de esquerda, da extrema esquerda brasileira, tentando o tempo todo desestabilizar o governo.
Então, a presença dos senhores aqui, que eu agradeço mais uma vez, com qual intenção nossa?
Nosso objetivo é transparência e confiança nas eleições.
Quem ganhar, o outro lado tem que se conformar.
Estamos a três meses das eleições.
As propostas sugeridas pelas Forças Armadas praticamente estancam a possibilidade de manipulação de números, como sugere o próprio TSE por ocasião das eleições de 2018.
Eu não quero falar do que eu acho que aconteceu.
Eu estou simplesmente em cima dos autos.
Estou me comportando aqui como um outro magistrado deveria se comportar.
Com esse inquérito, como eu convidei o presidente do TSE a comparecer a esse evento, não veio.
Convidei os presidentes de todos os poderes, né?
Presente aqui o presidente do STM, Superior Tribunal Militar.
Não compareceram, tudo bem.
Agora, isso que está acontecendo é de interesse de todo o povo brasileiro.
A desconfiança no sistema eleitoral tem se avolumado.
Nós não podemos enfrentar eleições sob o manto da desconfiança.
Nós queremos ter a certeza de que quem o eleitor votou, o voto vai exatamente para aquela pessoa.
O próprio TSE diz que em 2018 os números podem ter sido alterados.
O TSE afirmou em nota que nunca divulgou essa informação e o Aos Fatos não encontrou posicionamento semelhante da corte. O que a Justiça Eleitoral explica é que houve um acesso indevido que é apurado em inquérito da PF, mas que não representou risco à integridade do pleito de 2018. No item 5.3, o tribunal afirma que hackers tiveram acesso às senhas de oficialização do município de Aperibé (RJ) referentes à eleição suplementar para prefeito da cidade. Em nota ao Aos Fatos, a corte explicou que, com essa senha, “o atacante não poderia entrar no sistema nem alterar quaisquer dados da eleição (o que dependeria de usuário e senha e outras permissões)”. Segundo o tribunal, o hacker “teve acesso a uma camada de segurança, mas não às demais barreiras que protegiam as informações eleitorais oficiais”.
Os hackers tiveram acesso a uma dezena de senhas, por oito meses.
Eles não perceberam?
Não perceberam?
Oito meses.
Sete meses depois que a Polícia Federal pede os logs, que são as impressões digitais da cena, do fato, sete meses depois os logs foram apagados.
Poderiam ser entregues os logs no mesmo dia, por iniciativa do próprio TSE, nem precisava ser provocado pela Polícia Federal.
E sete meses depois: foram apagados.
O próprio ministro Barroso chama o chefe da TI e ele responde: os votos são contados por uma empresa terceirizada.
O presidente repete a alegação falsa de que a totalização dos votos das eleições seria feita pela Oracle, empresa responsável pela manutenção dos computadores. A empresa citada realiza a manutenção do supercomputador, equipamento físico que fica em uma sala-cofre do TSE, mas os dados das eleições são processados por um sistema interno do tribunal. A apuração dos resultados começa na urna eletrônica, que soma os votos daquela seção, emite um boletim com os dados e alimenta uma memória que será levada à Zona Eleitoral ou TRE (Tribunal Regional Eleitoral) responsável. Os resultados de cada memória são, então, enviados ao TSE para a totalização por meio de uma rede interna da Justiça Eleitoral. Não há, portanto, uma contagem física na sala-cofre onde o supercomputador se encontra. Quem realiza essa contabilização é o sistema acessado apenas por servidores da Justiça Eleitoral por meio de uma rede interna.
Que empresa é essa?
Temos um nome?
Sim, temos um nome.
Mas cadê a confiança?
Eleições são questões de segurança nacional.
Nós não queremos instabilidade no Brasil.
O Brasil está voando.
Nos comportamos muito bem durante a pandemia.
Nos comunicamos e fazemos negócios com o mundo todo.
Nos mantivemos em posição de equilíbrio em situações complexas pelo mundo.
Nós garantimos a segurança alimentar para mais de 20% da população mundial.
O presidente sugere que 20% da população mundial seja alimentada com produtos agropecuários brasileiros, o que é falso. Estudo da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) publicado em março de 2021 aponta que, na verdade, a produção brasileira foi responsável por alimentar 772,6 milhões de pessoas em 2020, o que corresponde a cerca de 9,78% da população mundial, usando como base a estimativa de 7,898 bilhões de habitantes no mundo. Os dados, calculados a partir da produção e da exportação de grãos e de carne bovina, são ainda ligeiramente superiores aos apresentados pela FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), que apontou um total de 628,2 milhões de pessoas, pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, que estimou 625 milhões, e pelo IGC (International Grains Council), que indicou 636,9 milhões de pessoas. Descontados os 212,3 milhões de brasileiros, os autores do estudo da Embrapa concluem que 560,3 milhões de cidadãos de outros países se beneficiam dos alimentos produzidos no Brasil.
Também a segurança energética, o Brasil desponta como um exemplo para o mundo.
O que que nós queremos?
Paz, tranquilidade.
Agora, por que um grupo de três pessoas apenas, três pessoas querem trazer instabilidade para o nosso país?
Não aceitam nada das sugestões das Forças Armadas que foram convidadas.
Em nota divulgada em junho deste ano, o TSE afirmou que 32 de 44 sugestões entregues pelo CTE (Comissão de Transparência Eleitoral) foram acolhidas pela Justiça Eleitoral. Entre as aprovadas, dez são recomendações das Forças Armadas, incluindo a atualização do aplicativo “Boletim na Mão” e a inclusão de urnas do modelo UE 2020, que será usado pela primeira vez neste ano e está sendo produzido na fábrica da Positivo em Ilhéus (BA), nos testes públicos de segurança. Quatro recomendações de autoria das Forças Armadas também foram classificadas como “sugestão a ser analisada no próximo ciclo eleitoral”. Segundo o documento, apenas uma sugestão dos militares foi rejeitada pelo tribunal: a disponibilização do relatório de abstenções ao público, que poderia contrariar a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais). É fato, no entanto, que o TSE rejeitou sete sugestões das Forças Armadas para as eleições enviadas em março deste ano. Segundo a corte, muitas das opiniões eram resultado de erros de estatística e algumas recomendações já eram implementadas pela Justiça Eleitoral.
São perfeitas. Chega à perfeição absoluta?
Talvez não.
Que nenhum sistema informatizado pode dar garantia de 100% de segurança.
As Forças Armadas, da qual sou comandante, ninguém mais do que nós, como sempre, queremos estabilidade em nosso país.
E por que agem de maneira diferente?
E nós vemos, claramente, o ministro Fachin foi quem tornou o Lula elegível e agora é presidente do TSE.
De fato, o atual presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin foi relator do processo que anulou todas as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Justiça Federal do Paraná relacionadas às investigações da operação Lava Jato. A sentença, que é baseada em decisões anteriores do Supremo, determinou que a Justiça do Paraná não tinha competência para julgar os casos, que deveriam ser remetidos à Justiça do Distrito Federal. A decisão do ministro foi posteriormente confirmada pelo plenário do Supremo e Lula foi tornado elegível novamente.
O ministro Barroso foi advogado do terrorista Battisti, que recebeu aqui o acolhimento do presidente Lula em dezembro de 2010.
De fato, antes de assumir o cargo de ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso atuou na defesa do italiano Cesare Battisti, acusado de praticar atos terroristas na Itália. Em 31 de dezembro de 2010, em seu último dia de mandato, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acatou um parecer da Advocacia-Geral da União e negou a extradição de Battisti.
O ministro Alexandre de Moraes advogou no passado para grupos que, se eu fosse advogado, não advogaria.
É um direito dele advogar para quem quer que seja, mas eu não faria esse trabalho.
Tem posição de um comportamento que não se adequa ao sistema democrático, uma ameaça.
‘Vou cassar o registro, vou prender. Quem duvidar, eu prendo’.
Bolsonaro distorce o conteúdo de uma declaração feita pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes durante o julgamento da cassação da chapa Bolsonaro-Mourão em outubro de 2021. Na ocasião, Moraes afirmou que a Justiça Eleitoral combateria as campanhas de desinformação digitais em 2022, agora que estava ciente de seus mecanismos de funcionamento. “Não vamos admitir que essas milícias digitais tentem novamente desestabilizar as eleições, as instituições democráticas a partir de financiamento espúrios não declarados, a partir de interesses econômicos também não declarados”, afirmou. “Se houver repetição do que foi feito em 2018, o registro será cassado, e as pessoas que assim fizerem irão para a cadeia, por atentar contra as instituições e a democracia". O ministro disse, portanto, que puniria com cassação e prisão políticos que recorrem à desinformação durante as eleições, e não os que questionassem o processo eleitoral.
Olha, quem está duvidando do que está acontecendo não sou eu.
É o próprio Tribunal Superior Eleitoral, que ele agora não quer deixar que se aperfeiçoe, que realmente mostre, no dia 2 de outubro do corrente ano, os números reais das eleições pelo Brasil.
Então, o que eu tinha a falar aos senhores era isso.
Eu vou pedir ao ministro Carlos França que um extrato disso chegue na embaixada dos senhores aqui.
Quem quiser o processo na íntegra, eu entrego também, porque ele não tem qualquer grau de sigilo.
Repito: me sinto até envergonhado desse momento, dado o que está acontecendo em nosso país.
Bota para rodar sem som aí.
Bota sem som, só as imagens aí.
Isso que vocês ouviram aqui acontece no Brasil todo, como eu disse, o povo gosta da gente.
Não pago um centavo para ninguém participar de absolutamente nada.
É um povo cristão no Brasil, é um povo ordeiro, trabalhador, tem seus problemas, mas acima de tudo quer paz.
Quer a segurança.
E tem encontrado em mim isso daí, diferentemente do que algumas notícias de jornais transmitem, o que é natural, infelizmente, no mundo todo.
Temos boa imprensa no Brasil também, mas o que mais salta aos olhos são as acusações.
Então, a gente lamenta o que vem acontecendo.
Vou convidar integrantes da Câmara, do Senado, do Superior Tribunal de Justiça, do Tribunal de Contas da União, do Tribunal Superior do Trabalho a participar de conversas comigo sobre esse inquérito que, curiosamente, não foi fechado até o presente momento, para que nós possamos ter paz e tranquilidade e confiança por ocasião das eleições no corrente ano.
Muito obrigado a todos os senhores.