“[A apuração dos votos] É numa sala secreta, num supercomputador terceirizado.”
Bolsonaro dissemina duas informações falsas sobre o processo eleitoral: a de que o processo de totalização dos votos é feito em uma sala secreta e que o responsável por contar os votos é um supercomputador terceirizado. Os dados das eleições, na verdade, são processados por um sistema interno do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A apuração dos resultados começa na urna eletrônica, que soma os votos daquela seção, emite um boletim com os dados e alimenta uma memória que será levada à Zona Eleitoral ou TRE (Tribunal Regional Eleitoral) responsável. Os resultados de cada memória são, então, enviados ao TSE para a totalização por meio de uma rede interna da Justiça Eleitoral. Não há, portanto, uma contagem física na sala-cofre onde o supercomputador se encontra. Quem realiza essa contabilização é o sistema acessado apenas por servidores da Justiça Eleitoral por meio de uma rede interna. A apuração é acompanhada por partidos políticos, pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e por outras entidades fiscalizadoras, que podem apontar eventuais problemas ou inconsistências no processo. Os interessados em fiscalizar a votação também podem se inscrever para acompanhar o desenvolvimento dos sistemas, participar do teste público de segurança, acompanhar a preparação das urnas e o teste de integridade da votação.