Golpes, desinformação e discurso de ódio: reportagens mostram o estado das redes em 2023

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Então, é quase Natal, e o Aos Fatos fez muito em 2023. Analisadas em conjunto, as principais reportagens que publicamos neste ano servem como raio-x da internet brasileira.

Além dos ataques à democracia, emergem os golpes aplicados por influenciadores e por meio de “marketing de afiliados” — que causam prejuízos financeiros e à saúde pública —, a persistência da “machosfera” e de estratégias para cercear direitos reprodutivos de mulheres, e a inteligência artificial generativa como uma questão já do presente.

Veja a lista abaixo.


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🔝As 10 mais

  • TikTok e YouTube permitem uso de termos misóginos para classificar mulheres (2.mar)
    “Balzaca, msol, merdalher, colher e capivara. Essas são algumas das palavras usadas para se referir ofensivamente a mulheres em canais autodenominados parte da ‘machosfera’ nas redes sociais. O Radar Aos Fatos analisou conteúdos de 80 canais de YouTube e 20 perfis de TikTok masculinistas, que juntos somam quase 8 milhões de seguidores e mais de meio bilhão de visualizações.” Leia a íntegra.
  • YouTube recomendou vídeos de canal bloqueado pelo STF (15.mai)
    “A influenciadora de extrema-direita Barbara Destefani, dona do Te Atualizei, somou 10,9 milhões de visualizações em vídeos que publicou no YouTube mesmo após o STF (Supremo Tribunal Federal) ter determinado o bloqueio do canal. Apesar da decisão judicial, ela continuava a alimentar o canal, e os vídeos eram distribuídos por links diretos e por recomendações do algoritmo da plataforma.” Íntegra.
  • Canais no YouTube somaram 31 milhões de views mesmo após bloqueio pelo Judiciário (19.mai)
    “Mesmo após o Judiciário determinar o bloqueio de canais de extrema-direita, o YouTube permitiu que Barbara Destefani, Rodrigo Constantino, Paulo Figueiredo e Paula Marisa publicassem novos vídeos e somassem 31 milhões de visualizações desde janeiro.” Íntegra.
  • Marqueteiros vendem serviços de IA para eleições de 2024 em anúncios no Facebook (11.jul)
    “(…) O Aos Fatos identificou outros 16 anúncios sobre temas políticos nas plataformas da Meta — dona de Facebook, Instagram, WhatsApp e Threads — que ofereciam cursos, mentorias, palestras e ferramentas para uso de IA em campanhas políticas. Essas peças publicitárias somaram cerca de 360 mil visualizações no período, por menos de R$ 2.800, e foram impulsionadas por seis anunciantes diferentes.” Íntegra.
  • Plataformas de pagamento impulsionam golpes e vendem até ‘pílula do câncer’ ineficaz (12.jul)
    “Plataformas de pagamento permitem que golpistas encontrem interessados em divulgar produtos fraudulentos nas redes em troca de percentuais dos valores pagos pelas vítimas. Especializadas no chamado ‘marketing de afiliados’, empresas como Braip e Perfect Pay lucram com esses golpes e chegam a premiar os vendedores de acordo com as receitas que conseguem obter.” Íntegra.
  • Rifas ilegais impactam milhões de usuários no Instagram mesmo após prisões (2.ago)
    “Prática comum entre influenciadores que reúnem dezenas de milhões de seguidores, a promoção de rifas é ilegal e é objeto de investigação policial em ao menos três estados e no Distrito Federal. Já há influenciadores presos sob a acusação de associação criminosa, lavagem de dinheiro e até estelionato, após relatos de que os prêmios não são entregues ou são concedidos a pessoas conhecidas, que depois devolvem os itens.” Íntegra.
  • Allan dos Santos dribla STF e usa empresa de pagamentos para continuar lucrando (31.ago)
    “Foragido da Justiça, o blogueiro Allan dos Santos continua a arrecadar dinheiro de seus seguidores, driblando uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de 2021 que determinou o bloqueio de suas contas bancárias. Isso só é possível por causa da plataforma Stripe, que faz a intermediação dos pagamentos.” Íntegra.
  • Criminosos fraudam cartões de vacinação no sistema do SUS e vendem esquema no Telegram (25.set)
    “Em meio à expansão no Brasil do movimento antivacina, criminosos usam o Telegram para vender cartões de vacinação fraudados, com registro oficial no sistema do SUS (Sistema Único de Saúde), a pessoas que acreditam em teorias conspiratórias compartilhadas nesses mesmos grupos.” Íntegra.
  • Grupo ligado a igrejas usa perfis falsos e treina voluntários para enganar mulheres que buscam informação sobre aborto (27.nov)
    “(…) Ao contrário do que aparenta, a página é na verdade uma armadilha para, a qualquer custo, convencer mulheres a manterem uma gravidez indesejada — inclusive em casos em que o aborto é permitido pela lei brasileira. Por trás das publicações que falam em liberdade de escolha está uma organização antiaborto chamada Brazil4Life.” Íntegra.
  • Telegram permite bots de IA que geram ‘deep nudes’ e até pornografia infantil (4.dez)
    “A omissão do Telegram tem facilitado o uso de inteligência artificial para criar pornografia falsa, muitas vezes retratando crianças e adolescentes reais. Em busca no aplicativo, Aos Fatos identificou ao menos 14 robôs que usam a tecnologia com essa finalidade. Isso permite, por exemplo, forjar um nude em que aparece o rosto de uma adolescente real. Algumas dessas ferramentas admitem que o usuário indique a idade da pessoa que aparece na imagem, mesmo que ela tenha menos de 18 anos.” Íntegra.

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