Não é verdade que um vídeo que mostra uma retroescavadeira em uma quadra esportiva registra o descarte de doações no município de Encantado (RS), como alegam publicações nas redes. A prefeitura local desmentiu o boato e afirmou que a máquina foi usada para ajudar na organização do espaço. Nenhuma peça foi danificada ou descartada, segundo a administração pública.
Posts que compartilham o vídeo com o contexto enganoso acumulavam 350 mil visualizações no TikTok e centenas de curtidas no Instagram até a tarde desta terça-feira (26). As peças de desinformação também circulam no WhatsApp, plataforma na qual não é possível estimar o alcance (fale com a Fátima).
Doações no Rio Grande do Sul [município de Encantado] estão sendo jogadas fora
Um vídeo que mostra uma retroescavadeira em uma quadra esportiva tem sido compartilhado nas redes como se mostrasse o descarte de doações em Encantado, um dos municípios atingidos por fortes chuvas no Rio Grande do Sul. Em nota, a prefeitura do município afirmou que a retroescavadeira, na verdade, foi usada para mover roupas doadas e aumentar a capacidade de armazenamento da quadra. As doações não foram danificadas ou descartadas.
O prefeito da cidade, Jonas Calvi (PSDB), também gravou um vídeo em que admite que a administração municipal pode ter errado ao usar a máquina e pede ajuda da população local para organizar as doações.
Onda de desinformação. Desde o último dia 4, quando o Rio Grande do Sul foi atingido pela passagem de um ciclone extratropical, usuários passaram a compartilhar nas redes diversas peças de desinformação. Uma das publicações, por exemplo, afirmava que as enchentes haviam sido causadas pela abertura de comportas em barragens, o que não procede. Outros posts alegavam que doações estariam sendo retidas nas cidades gaúchas de Muçum e Lajeado, o que também não é verdade.
A ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, também foi alvo de desinformação. Posts nas redes alegaram que, durante visita ao estado gaúcho, a ministra usou uma bolsa de uma grife internacional no valor de R$ 52 mil, o que é falso. Aos Fatos verificou que o acessório, na realidade, era de uma marca nacional e custou cerca de R$ 250.