“Faltou só, senhor Lula, o senhor dizer que o senhor só é candidato a presidente da República por causa de um ministro, que foi cabo eleitoral de Dilma Rousseff e depois por ela foi indicado para o Supremo Tribunal Federal. O senhor Fachin. Então o senhor só está disputando a eleição aqui por obra e graça de um amigo indicado pelo PT.”
Por mais que o ministro do STF Edson Fachin, indicado por Dilma Rousseff (PT), tenha sido o relator do processo que julgava a anulação das condenações do ex-presidente Lula, a decisão coube ao plenário da corte. Além disso, após a morte do ministro Teori Zavascki, em janeiro de 2017, Fachin mudou da 1ª para a 2ª Turma do STF e foi sorteado como novo relator dos processos no STF relacionados à Operação Lava Jato, tendo dado decisões que confirmaram o posicionamento de Sergio Moro em diversas ocasiões. “No âmbito da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, foram homologados 123 acordos de colaboração premiada, com arrecadação de mais de R$ 1,5 bilhão em multas e perdimentos”, mencionou Fachin, com dados referentes até novembro de 2021, em entrevista ao site JOTA em janeiro deste ano. Em abril de 2021, por 8 votos a 3, o plenário do STF entendeu que os processos não eram de competência da 13ª Vara Federal de Curitiba. Na ocasião, além de Fachin, votaram a favor de anular as condenações de Lula os ministros Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes, Rosa Weber, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Cármen Lúcia e Luís Roberto Barroso. A fala de Bolsonaro ainda omite que, durante o julgamento de suspeição do ex-juiz Sergio Moro, Fachin votou contra Lula, mas foi vencido: por 7 votos a 4, o plenário do STF entendeu que o juiz foi parcial em suas decisões e anulou as acusações contra o ex-presidente.
REPETIDA 5 VEZES. Em 2022: 01.out, 14.out, 16.out, 23.out, 26.out.