🕐 ESTA REPORTAGEM FOI PUBLICADA EM Novembro de 2021. INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE TEXTO PODEM ESTAR DESATUALIZADAS OU TEREM MUDADO.

Vídeo mostra hotel incendiado e prédios depredados na Colômbia, não na Venezuela

Por Luiz Fernando Menezes

3 de novembro de 2021, 11h43

Um vídeo que mostra um homem chorando em frente a um hotel incendiado e com prédios depredados no entorno não foi gravado na Venezuela, como alegam postagens nas redes sociais (veja aqui). As imagens foram registradas em Cali, na Colômbia, em maio de 2021, durante uma onda de protestos contra o aumento de impostos proposto pelo governo.

O vídeo com o falso contexto acumulava centenas de compartilhamentos em publicações no Facebook nesta quarta-feira (3), e também circulava no WhatsApp (Fale com Fátima).


Selo falso

Não foi gravado na Venezuela, mas na Colômbia, o vídeo que registra prédios depredados por manifestantes. As imagens foram registradas em Cali no início de maio, em meio à onda de protestos de colombianos contra o aumento de impostos proposto pelo governo.

Por meio de busca reversa realizada pelo aplicativo InVID, Aos Fatos identificou que o vídeo foi publicado em sites de notícias colombianos para ilustrar o resultado do protesto. Na noite do dia 3 de maio, manifestantes incendiaram o hotel La Luna, que aparece no vídeo, após terem sido informados de que policiais estavam hospedados no local.

Detalhes da cena confirmam que as imagens foram registradas em Cali (veja abaixo). A fachada do hotel disponível no Google Maps, por exemplo, é idêntica à mostrada no vídeo, e uma bandeira da Colômbia pode ser vista em cima de um carro durante a gravação.

Aos Fatos não identificou a autoria do vídeo, mas a imprensa colombiana afirma que o homem de branco que é mostrado na cena se chama Carlos Peralta Usa. Em entrevista ao jornal El Tiempo, ele afirmou que trabalha no hotel desde 1978.

O vídeo analisado foi gravado no mesmo contexto de uma outra peça de desinformação desmentida por Aos Fatos, que mostra veículos sendo incendiados em uma cidade colombiana.

A Agência Lupa e a AFP Checamos também desmentiram essa peça de desinformação.

Referências:

1. El Espectador
2. DFMas
3. Google Maps
4. El Tiempo
5. Aos Fatos


Aos Fatos integra o Third-Party Fact-Checking Partners, o programa
de verificação de fatos do Facebook. Veja aqui como funciona a parceria.


Esta reportagem foi publicada de acordo com a metodologia anterior do Aos Fatos.

Topo

Usamos cookies e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade. Ao continuar navegando, você concordará com estas condições.