Um mosaico com fotos de manifestações contrárias à candidatura de Jair Bolsonaro à Presidência em setembro de 2018 circula nas redes sociais (veja aqui) como se mostrasse os protestos de sábado (19) pelo impeachment do presidente. Das nove fotos, seis são de atos Ele Não e três não tiveram data e local identificados por Aos Fatos.
As postagens enganosas somavam mais de 5.000 compartilhamentos no Facebook até a tarde desta segunda-feira (21) e foram marcadas por Aos Fatos com o selo FALSO na ferramenta de verificação disponibilizada pela rede social (entenda como funciona).
Um mosaico de fotos tem sido compartilhado nas redes sociais como se retratasse as manifestações realizadas no último sábado (19) contra o governo Bolsonaro e em defesa da vacinação contra a Covid-19, mas a maioria dos registros mostrados ali são de 2018. Das nove imagens, seis são de atos Ele Não, mobilização de mulheres contra o então candidato do PSL. As outras três não tiveram data e localização identificadas.
As manifestações retratadas nas imagens aconteceram em 29 de setembro de 2018 em capitais como Belo Horizonte, Fortaleza, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.
As fotos rotuladas nas postagens como sendo de Porto Alegre, Rio de Janeiro, Fortaleza e Belo Horizonte (veja acima) representam protestos do movimento Ele Não que, de fato, ocorreram nessas cidades em 2018 (confira aqui e aqui).
Já a foto sinalizada como sendo de Salvador, mostra, na verdade, o protesto realizado em Fortaleza, no Ceará, (veja aqui) naquela mesma data. No lado direito da imagem (veja abaixo) é possível ver uma placa com a frase “Nossa praia é para todos”, lema do projeto Praia Acessível, da prefeitura da capital cearense.
A única foto que aparece sem legenda foi registrada pelo fotógrafo Eduardo Anizelli, da agência FolhaPress, e mostra o ato Mulheres contra Bolsonaro no Largo da Batata, em São Paulo, também em 29 de setembro de 2018 (veja abaixo).
No sábado (19), manifestantes foram às ruas em todos os estados e no DF para pedir o impeachment do presidente Jair Bolsonaro e mais vacinas contra a Covid-19. Os protestos foram convocados por movimentos sociais, partidos e centrais sindicais.
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