🕐 ESTA REPORTAGEM FOI PUBLICADA EM Outubro de 2023. INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE TEXTO PODEM ESTAR DESATUALIZADAS OU TEREM MUDADO.

É falso que foto mostra Lula cumprimentando chefe do Hamas

Por Marco Faustino

10 de outubro de 2023, 15h47

Não é o chefe do grupo extremista palestino Hamas, Ismail Haniyeh, o homem que aparece em uma foto ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como alegam publicações nas redes. A pessoa que aparece na imagem é, na verdade, Ebrahim Raisi, presidente do Irã. O registro foi feito durante um encontro bilateral ocorrido em agosto deste ano à margem da Cúpula do Brics.

Publicações com o conteúdo enganoso acumulavam 2.000 compartilhamentos no X (ex-Twitter), além de centenas de compartilhamentos e curtidas no Facebook e no Instagram até a tarde desta quarta-feira (10).


Selo falso

[Lula] com o chefe do Hamas

Foto em que Lula aperta a mão do presidente do Irã, Ebrahim Raisi, é compartilhada como se mostrasse brasileiro ao lado do chefe do Hamas

Uma foto em que Lula cumprimenta o presidente do Irã, Ebrahim Raisi, durante uma reunião bilateral ocorrida à margem da Cúpula dos Brics tem circulado nas redes como se o homem ao lado do brasileiro fosse o chefe do Hamas, Ismail Haniyeh. A imagem, de autoria de Ricardo Stuckert, fotógrafo da Presidência brasileira, foi tirada em Joanesburgo, na África do Sul, no dia 24 de agosto e está disponível no Flickr do Planalto.

De acordo com o governo brasileiro, durante o encontro, Raisi agradeceu a Lula pela entrada do Irã no Brics — bloco composto originalmente por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — e afirmou que deseja ampliar as relações comerciais entre os dois países. Além do Irã, cinco novos membros foram convidados a ingressar no grupo durante a cúpula deste ano: Argentina, Egito, Etiópia, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.

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O Hamas — considerado uma organização terrorista pela União Europeia e pelos Estados Unidos — atacou diversas cidades de Israel ao longo do fim de semana, iniciando um conflito que já deixou ao menos 1.800 mortes dos dois lados. Desde então, Aos Fatos desmentiu peças de desinformação que compartilham imagens descontextualizadas como se fossem cenas da guerra ou tentam associar o governo brasileiro ao grupo extremista.

Referências:

1. Governo Federal
2. Flickr
3. G1 (Fontes 1 e 2)
4. Governo dos EUA
5. Aos Fatos (Fontes 1 e 2)

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