🕐 ESTA REPORTAGEM FOI PUBLICADA EM Junho de 2022. INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE TEXTO PODEM ESTAR DESATUALIZADAS OU TEREM MUDADO.
YouTube exclui vídeos sobre fraude eleitoral de youtuber pré-candidato
O YouTube excluiu na terça-feira (21) cinco vídeos do canal Universo, que tratavam sobre denúncias falsas de fraude eleitoral. O responsável pelos conteúdos é o youtuber Roberto Boni, investigado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por ataques às urnas e pré-candidato a deputado estadual em São Paulo pelo PMB (Partido da Mulher Brasileira). As exclusões foram identificadas pelo estúdio de análise de dados Novelo Data.
Publicados durante as eleições de 2018 e 2020, os vídeos acumulavam cerca de 103 mil visualizações antes da exclusão. Um deles pedia “ordem de prisão aos responsáveis pelas fraudes nas urnas”. A descrição do vídeo replicava a alegação sem provas do presidente Jair Bolsonaro (PL) de que as eleições 2018 teriam sido fraudadas.
Todos os vídeos removidos mostram a mensagem: “Este vídeo foi removido por violar as Diretrizes de Comunidade do YouTube”. A plataforma confirmou ao Aos Fatos que os vídeos foram excluídos por violação das políticas de integridade eleitoral implementadas em março. À época, o YouTube anunciou que passaria a remover conteúdos que contenham alegações falsas de que fraudes ou problemas técnicos mudaram os resultados das eleições de 2018 ou de que as urnas eletrônicas foram hackeadas.
Na segunda-feira (27) à tarde, Boni afirmou em nota ao Aos Fatos que “quanto mais transparência no processo eleitoral, mais democrático será”. Ele classificou a retirada de seus vídeos como “censura” e negou ter disseminado informações falsas.
O canal dele no YouTube foi criado em 2013 com o objetivo inicial de divulgar sua carreira como cover do cantor Roberto Carlos. No ano passado, o TSE suspendeu a monetização do canal.
ATUALIZAÇÃO: esta reportagem foi atualizada às 16h26 do dia 27 de janeiro para incluir a nota de Roberto Boni.