🕐 ESTA REPORTAGEM FOI PUBLICADA EM Maio de 2022. INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE TEXTO PODEM ESTAR DESATUALIZADAS OU TEREM MUDADO.

Punidos pelo TSE, youtubers bolsonaristas preparam candidaturas ao Legislativo

Por Ethel Rudnitzki

13 de maio de 2022, 11h25

Punidos pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por ataques às urnas, os youtubers Alberto Silva, Fernando Lisboa e Roberto Boni se preparam para serem candidatos ao Legislativo neste ano. Os três influenciadores bolsonaristas são atualmente alvo de investigação na corte por disseminarem desinformação sobre o sistema de votação e tiveram a monetização de seus canais no YouTube suspensa no ano passado. Segundo especialistas em direito eleitoral, entretanto, o inquérito administrativo não impede que eles concorram às eleições.

Isso ocorre, de acordo com os advogados Antônio Augusto Mayer dos Santos e Fernando Neisser, porque a investigação não inviabiliza o registro de candidaturas. A Lei da Ficha Limpa, por exemplo, não prevê inelegibilidade por inquéritos em curso na corte eleitoral — é necessário ser condenado por um órgão colegiado.

Se confirmadas, as candidaturas dos youtubers serão analisadas pela Justiça Eleitoral após serem registradas — o prazo para registros termina em 15 de agosto. O TSE não comentou os desdobramentos do inquérito, que corre sob sigilo.

Alberto Silva (PTB-MG) e Fernando Lisboa (PL-SP) pretendem concorrer à Câmara dos Deputados, segundo anúncios feitos nas redes sociais e confirmados pelos partidos. Já Roberto Boni (PMB-SP) declarou no Twitter que é “pré-candidato a deputado estadual”.

Silva disse ao Aos Fatos que as investigações são “infundadas” e “antidemocráticas” e negou que promova desinformação sobre o sistema eleitoral brasileiro. Lisboa e Boni também foram procurados, mas não responderam até esta publicação.

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