“Faltou oxigênio. No dia seguinte, tinha oxigênio aqui.”
O presidente argumenta que o Ministério da Saúde agiu rapidamente para resolver o colapso do sistema de saúde no Amazonas em janeiro de 2021, o que é FALSO. No dia 6 de janeiro, o ex-ministro Eduardo Pazuello recebeu em Brasília o governador do estado, Wilson Lima (PSC), que afirmou que a situação era grave e que a cepa de Sars-Cov-2 descoberta na capital poderia aprofundar ainda mais a crise de saúde. No dia seguinte, a empresa White Martins, principal fornecedora de oxigênio aos hospitais da capital amazonense, alertou o governo sobre a impossibilidade de o fornecimento acompanhar o aumento da demanda. Relatórios da Força Nacional do SUS enviados ao governo entre os dias 8 e 13 de janeiro também relataram os problemas em detalhes, prevendo até a data em que o colapso ocorreria. Ainda assim, em visita a Manaus no dia 11 de janeiro, Pazuello apostou no uso de medicamentos sem eficácia comprovada contra a Covid-19 para conter o aumento no número de casos na cidade. Além disso, o envio de oxigênio, ainda que tenha ocorrido, foi feito em escala menor do que a necessária. A distribuição efetiva de cilindros e a transferência dos doentes para outros hospitais ocorreu apenas a partir do dia 14, quando a crise ganhou projeção nacional.
REPETIDA 11 VEZES. Em 2021: 15.jan, 30.jan, 19.mar, 15.jun, 29.jul, 14.out, 27.out. Em 2022: 13.ago, 22.ago.