“- Cinco meses depois de zerarmos o imposto da vitamina D a imprensa, agora sem me citar, reconhece sua eficácia para na prevenção a Covid-19.”
Bolsonaro compartilhou, junto ao texto da postagem, o print de uma reportagem da BBC Brasil que detalha os resultados de um estudo da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, sobre uma possível relação entre deficiência de vitamina D e a possibilidade de infecção pelo novo coronavírus. Ao contrário do que o presidente sugere, no entanto, a matéria não "reconhece" que a vitamina é eficaz contra a Covid-19, razão pela qual a declaração foi considerada IMPRECISA. No estudo, retrospectivo e observacional — o que significa que os autores usaram dados já registrados e buscaram estabelecer uma conexão entre eles — foi observada uma possível relação entre níveis baixos de vitamina D no organismo e a chance de contrair Covid-19, mas não foi possível determinar que um fator é decorrente do outro. Para cravar uma relação de causalidade, seria necessário um estudo clínico randomizado controlado, em que pesquisadores controlam variáveis e podem acompanhar a evolução dos resultados nos pacientes. Dentre os participantes do estudo, 71 (15%) testaram positivo para Covid-19. Considerando apenas os deficientes em vitamina D, a taxa foi de 19% (32 pessoas), enquanto que no grupo sem a deficiência, a incidência foi de 12%.
REPETIDA 21 VEZES. Em 2020: 12.set, 16.set, 08.out, 04.nov, 05.nov, 13.nov, 29.nov, 14.dez. Em 2021: 07.jan, 15.jan, 03.mar, 19.mar, 27.abr, 17.jun, 18.jul, 22.jul, 30.set. Em 2022: 12.jan, 12.abr.