“Obviamente, as medidas que tô tomando, protocolares, são para evitar a contaminação de terceiros. Isso cabe a todo e qualquer cidadão brasleiro, independente de ser um cidadão comum ou o presidente da República.”
Na ocasião, Bolsonaro mencionava ter adotado as medidas de distanciamento social e uso de máscara para evitar infectar outras pessoas com Covid-19. No entanto, em diversos momentos no passado, o presidente minimizou a necessidade de isolamento social e descumpriu a determinação do governo do Distrito Federal que obriga desde abril o uso da proteção em locais públicos, por isso a declaração foi classificada como CONTRADITÓRIA. Ao longo do mês de maio, depois da decisão do governador Ibaneis Rocha (MDB), Bolsonaro foi visto sem máscara em manifestações, em passeio no lago Paranoá e em visita ao Departamento de Trânsito do Distrito Federal. Em maio, ele participou e encorajou diversos atos em Brasília que provocaram aglomerações e desrespeitaram as normas de distanciamento social. No dia 23 de junho, o presidente chegou a ser obrigado por decisão judicial a usar máscara em todos os espaços públicos do DF sob pena de multa, mas recorreu por meio da AGU (Advocacia-Geral da União), e a decisão foi derrubada no dia 30 de junho. No último sábado (4), ele voltou a aparecer sem o equipamento de proteção em um almoço com embaixador americano no Brasil, Todd Chapman. Mesmo na coletiva desta terça-feira (7), quando anunciou ter testado positivo para Covid-19, o presidente tirou a máscara ao se dirigir à população através das câmeras. Após afastar-se um pouco dos repórteres, disse: "É para vocês verem minha cara, eu estou tranquilo, estou bem, tudo na paz".