“Então, quando há uma pequena melhora na questão de emprego no Brasil, essas pessoas que não estavam procurando emprego, procuram. E, quando procuram e não acham, aumentam a taxa de desemprego.”
Como o IBGE utiliza duas nomenclaturas para pessoas desempregadas — desocupados (quem está à procura de emprego) e desalentados (quem não procurou emprego no mês de referência) — é possível que o caso citado por Bolsonaro aconteça. No entanto, isso não ocorreu: tanto o número de desocupados quanto o de desalentados cresceu em relação ao último trimestre: o número de desocupados entre dezembro de 2018 e fevereiro de 2019 chegou a 13,1 milhões, ante os 12,2 milhões do trimestre móvel anterior; e o número de desalentados também cresceu no mesmo período, saindo de 4,7 milhões para 4,9 milhões. Vale ressaltar, no entanto, que o crescimento do desemprego no começo do ano é esperado, dada a sazonalidade de trabalhos temporários de festas de fim de ano.