“É fácil você ter a metodologia precisa no tocante a taxa de desemprego, é você ver, dados bancários, e dados junto aí à Scretaria de Trabalho agora, quantos empregos nós geramos a mais por mês ou perdemos. É muito simples.”
A declaração foi considerada FALSA porque a metodologia proposta por Bolsonaro não leva em conta todo o mercado de trabalho e, portanto, não é recomendável utilizá-la para calcular o desemprego. Ao falar dos dados da Secretaria do Trabalho, o presidente se refere aos números apresentados pelo Caged e a RAIS. Esses dois levantamentos não levam em consideração o mercado informal, como trabalhadores sem carteira e empregos temporários. Parte importante do mercado de trabalho brasileiro é informal, segundo a PNAD de fevereiro de 2019, 35,2 milhões de brasileiros trabalhavam sem carteira assinada ou por conta própria. Logo, apenas os dados do Caged não são suficientes para mostrar a totalidade do desemprego. Além disso, mesmo que não tenha ficado claro a que Bolsonaro refere-se quando diz "dados bancários", é importante lembrar que essas informações são sigilosas. O artigo 5º da Constituição Federal determina que são sigilosas "comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal".