“Esse pessoal [as concessionárias de rodovias] descobriu que poderia descontar nessas obras o aplicado em monitoramento. Como o monitoramento ainda é feito? Via multagem eletrônica.”
A declaração de Bolsonaro é FALSA. As concessionárias não decidem quais os locais ou a quantidade de radares nas rodovias concedidas. As decisões sobre fiscalização eletrônica são da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) e da Polícia Rodoviária Federal, ou seja, é o governo federal quem toma as decisões sobre novos radares. Segundo informou a ANTT ao Aos Fatos, antes mesmo da concessão, a Polícia Rodoviária Federal realiza o EVTA, um estudo que aponta os locais de maior probabilidade de acidentes. A partir desse estudo são decididos os números e os locais dos radares. Em nota, a ABCR (Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias) informou que "as concessionárias de rodovias apenas cumprem as determinações do poder concedente quanto à instalação de lombadas eletrônicas". Além disso, as concessionárias de rodovias não ficam com o dinheiro arrecadado com as multas de lombadas eletrônicas. A fiscalização eletrônica é realizada pela ANTT e pela Polícia Rodoviária Federal. Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, o dinheiro arrecadado com as multas vai para a conta única do Tesouro Nacional e é gerido pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito) e deve ser exclusivamente usado "em sinalização, engenharia de tráfego, de campo, policiamento, fiscalização e educação de trânsito".
REPETIDA 3 VEZES. Em 2019: 07.mar, 28.mar.