“Nesse meio tempo, a mídia, ninguém disse, a esquerda tentou matar Bolsonaro. Muito pelo contrário, a mídia divulgou que parte da esquerda estava frustrada que eu não tinha morrido.”
Um inquérito da Polícia Federal, encerrado em setembro de 2018, concluiu que Adélio Bispo agiu sozinho ao desferir uma facada em Jair Bolsonaro. Há outro inquérito em andamento para investigar a possibilidade do agressor ter recebido ajuda para planejar o crime. Apesar de Adélio ter sido filiado ao PSOL por cerca de sete anos, não há indícios de que o partido ou qualquer outro segmento de esquerda esteja envolvido com o planejamento e execução do crime. A filiação e a falta de comprovação sobre um suposto elo de ligação entre o partido e a autoria do crime foram amplamente divulgados pela imprensa. O episódio também estimulou mensagens de solidariedade a Bolsonaro de políticos de esquerda. Em relação à “frustração” da esquerda, à época, lideranças da esquerda se solidarizaram a Bolsonaro. Marcelo Freixo, eleito deputado federal pelo PSOL-RJ, postou um vídeo de apoio. Guilherme Boulos, candidato à presidência pelo PSOL nas últimas eleições, suspendeu as atividades de campanha no dia seguinte ao ataque. A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) também lamentou o episódio. Apesar de os principais representantes da esquerda demonstrarem repúdio ao ataque, é possível encontrar posts e publicações nas redes sociais de militantes e partidários da esquerda e de outros espectros políticos contrários a Bolsonaro que comemoraram o atentado contra o presidente.