“(...) [as medidas econômicas] bem mostra a preocupação do governo federal em lutar pela vida.”
A declaração é CONTRADITÓRIA, porque Bolsonaro já afirmou em tom de tranquilidade que pessoas vão morrer em decorrência da doença. Em entrevista à Band na última sexta-feira (27), por exemplo, o presidente disse que “Alguns vão morrer? Vão, ué, lamento. Essa é a vida”. No domingo (29), tornou a repetir a declaração: “Todos nós iremos morrer um dia”. Bolsonaro também tem tido atitudes ao longo do último mês, desde o primeiro caso de Covid-19 no país, que vão na contramão de sua declaração. A principal delas é o descumprimento de orientações dadas por autoridades como a OMS (Organização Mundial da Saúde) e pelo próprio Ministério da Saúde. O presidente já se manifestou em diversas ocasiões contra a medida de isolamento social que vem sendo recomendada por diversos estados do país, a exemplo de vários outros países que lidam com a pandemia, para achatar a curva de contágio e diminuir os riscos de contaminação de grupos mais suscetíveis a quadros graves da doença, como idosos ou pessoas com problemas de saúde preexistentes. Bolsonaro também já descumpriu orientações de isolamento: no dia 15 de março, ainda sem ter recebido o resultado do teste que certificaria de que não estava contaminado com o novo coronavírus, o presidente saiu para cumprimentar apoiadores à porta do Palácio do Planalto. Ali, teve contato com uma aglomeração de cerca de 270 pessoas, de acordo com estimativas do Estadão.
REPETIDA 16 VEZES. Em 2020: 31.mar, 02.abr, 08.abr, 16.abr, 17.abr, 18.abr, 29.abr, 30.abr, 07.mai, 13.mai, 27.mai, 29.ago.