“O pessoal devia prestar atenção na OMS, né, e seguir realmente as orientações.”
A declaração foi considerada CONTRADITÓRIA, porque o presidente desrespeitou em várias ocasiões as orientações de isolamento e distanciamento social da OMS (Organização Mundial da Saúde). No dia 15 de março, por exemplo, durante ato pró-governo realizado em Brasília, Bolsonaro saiu à porta do Palácio do Planalto para cumprimentar apoiadores, mesmo com a recomendação de evitar aglomerações. Na ocasião, estima-se que tenha entrado em contato com cerca de 270 pessoas. O presidente também tem se encontrado regularmente com grupos de apoiadores que se aglutinam à porta do Planalto ou do Alvorada todos os dias. Suas declarações também vão contra as orientações de autoridades de saúde: o presidente é crítico ao isolamento horizontal, considerado a forma mais eficiente para evitar a disseminação do vírus, e defende o isolamento vertical, em que apenas indivíduos pertencentes ao grupo de risco — idosos e pessoas com problemas prévios de saúde — são isolados para evitar contaminação. O presidente defende, ainda, a retomada das atividades econômicas, com a reabertura de empresas, comércio e escolas, contrariando a orientação da OMS.