“Com este mesmo espírito agradeço e reafirmo a importância da colaboração e a necessária união de todos num grande pacto pela preservação da vida e dos empregos: Parlamento, Judiciário, governadores, prefeitos e sociedade civil.”
A declaração de que é necessária a união das diferentes esferas do Executivo é CONTRADITÓRIA porque Bolsonaro atacou os governadores em várias oportunidades desde que a pandemia da Covid-19 começou. Em live no dia 19 de março, ele classificou como exageradas as medidas de isolamento social adotadas por alguns estados. No dia seguinte, repetiu a crítica: "Tem certos governadores que estão tomando medidas extremas. Não compete a eles fechar aeroporto, fechar rodovias. Não compete a eles fechar shopping, feiras dos nordestinos no Rio de Janeiro. O comércio para, o pessoal não tem o que comer". Em 21 de março, disse que os estados estavam "extrapolando" e que o governador de SP, João Doria (PSDB), era um "lunático". No dia 24, o presidente defendeu o fim do isolamento social e a “volta da normalidade”, indo contra parte dos governadores. Por fim, em reunião com governadores do Sudeste em 25 de março, Bolsonaro voltou a criticar Doria, dizendo que o tucano “não tem altura para criticar o governo federal, que fez completamente diferente o que outros fizeram no passado. Vossa excelência não é exemplo para ninguém. Não aceito, em hipótese alguma, essas palavras levianas como se vossa excelência fosse o responsável por tudo que acontece de bom no Brasil”.
REPETIDA 6 VEZES. Em 2020: 22.mar, 26.mar, 31.mar, 02.abr, 30.abr.