“Desde quando resgatamos nossos irmãos em Wuhan, na China, numa operação coordenada pelos Ministérios da Defesa e Relações Exteriores, surgiu para nós o sinal amarelo.”
A declaração de Bolsonaro é CONTRADITÓRIA, porque, dias antes de anunciar no dia 2 de fevereiro o resgate dos brasileiros em quarentena na região de Wuhan, na China, o presidente havia descartado a possibilidade de realizar a operação. Em entrevista coletiva na porta do Palácio do Planalto no dia 31 de janeiro, Bolsonaro afirmou que custava caro um voo até o país asiático. "Na linha, se for fretar um voo, acima de US$ 500 mil o custo. Pode ser pequeno para o tamanho do orçamento brasileiro, mas precisa de aprovação do Congresso". Além do custo da operação, o presidente ressaltou, à época, que não colocaria a vida dos brasileiros em risco, porque, mesmo que organizasse uma quarentena, qualquer ação judicial poderia liberar os quarentenados. “Se lá [na China] temos algumas dezenas de vidas, aqui temos 210 milhões de brasileiros. Então, é uma coisa que tem que ser pensada, conversada antecipadamente com o chefe do Poder Judiciário, conversado com o Parlamento também”. Bolsonaro acabou por mudar de posicionamento alguns dias depois, após os brasileiros em Wuhan gravarem um vídeo lendo uma carta endereçada à Presidência da República e ao Ministério das Relações Exteriores, solicitando ajuda para serem trazidos de volta ao país.
REPETIDA 3 VEZES. Em 2020: 24.mar, 31.mar. Em 2021: 07.abr.