“Está em estudo para que essa normativa seja revogada [de 21 de março de 2014] e acabe com o fantasma da importação de banana do Equador.”
Ao defender barreiras comerciais à banana importada do Equador, Bolsonaro entrou em contradição com as promessas de campanha em com os discursos de posse e de Davos. Na live, Bolsonaro direcionou a fala ao "pessoal do Vale do Ribeira", região entre São Paulo e Paraná, onde o presidente cresceu e tem um sobrinho e um cabo eleitoral que plantam banana. No programa de governo submetido ao TSE, Bolsonaro defendia que "facilitar o comércio internacional é uma das maneiras mais efetivas de se promover o crescimento econômico no longo prazo" e propunha "a redução de muitas alíquotas de importação e das barreiras não-tarifárias". No discurso de posse no Congresso Nacional, o presidente Jair Bolsonaro prometeu "abrir nossos mercados para o comércio internacional, estimulando a competição, a produtividade e a eficácia, sem o viés ideológico". Em Davos, para investidores e líderes mundiais, Bolsonaro afirmou que "o Brasil ainda é uma economia relativamente fechada ao comércio internacional e mudar essa condição é um dos maiores compromissos deste governo". Desde março de 2014, o Brasil passou a permitir a importação de banana do Equador, cinco anos depois, a importação do produto representa um valor irrisório na balança comercial brasileira. De janeiro a fevereiro desse ano, foram importados US$ 78, 7 mil em bananas frescas ou secas, segundo dados do Ministério da Economia, frente a um faturamento médio de quase US$ 776 milhões dos produtores nacionais de banana no mesmo período, segundo o Ministério da Agricultura.