“Olha o contracheque de um carteiro. Ele tem desconto de R$ 510 até 2030. Desconto extra pra poder sanear o seu fundo de pensão, senão não tem aposentadoria. O mesmo com o servidor da Caixa e da Petrobras.”
Não é verdade que todos os carteiros dos Correios têm um desconto de R$ 510 no salário para custear um rombo no fundo de pensão, como afirma Bolsonaro. O presidente se refere a uma alíquota mais alta cobrada de cerca de 80 mil servidores, que ingressaram até 2008 no plano PBD (Plano de Benefício Definido) do Postalis, fundo de pensão dos Correios. A alíquota é de 18,81% e o objetivo é equacionar um déficit acumulado pelo Postalis entre 2012 e 2014. Como o plano não aceita novos participantes desde 2008, os carteiros que ingressaram desde aquela época não têm esse desconto. Além do PBD, os servidores dos Correios têm acesso ao plano Postalprev, que não possui déficit semelhante. Os carteiros também não são obrigados a contribuir com esses planos: eles podem, se quiserem, contribuir apenas para a Previdência Social.
REPETIDA 3 VEZES. Em 2022: 07.out, 20.out, 27.out.