“E digo a vocês, tudo que eu falei lá atrás, com muita humildade, não errei nenhuma das observações que fiz sobre a pandemia.”
É falso que o presidente Jair Bolsonaro não tenha errado em nenhuma de suas observações sobre a Covid-19. Desde o início da pandemia, em março de 2020, Bolsonaro tem desinformado sistematicamente sobre a doença, defendido tratamentos sem eficácia e atacado formas de prevenção cientificamente comprovadas. Em diversas ocasiões, por exemplo, o presidente afirmou que o tratamento precoce com medicamentos como a hidroxicloroquina, a ivermectina, a nitazoxanida e a vitamina D seria capaz de evitar o agravamento da doença, o que é falso. Em estudos científicos, nenhum dos medicamentos citados foi considerado eficaz contra a infecção e a vitamina não teve seus benefícios comprovados. O presidente também é um crítico contumaz das medidas de isolamento e do uso de máscaras, que afirma não serem eficazes na prevenção da doença. Diversas pesquisas, no entanto, já provaram que o isolamento ajuda a frear a transmissão em momentos de pico e que o uso de máscaras e o distanciamento social reduzem as chances de infecção pelo Sars-CoV-2. Bolsonaro também tem atacado sistematicamente as vacinas desenvolvidas contra a Covid-19, que afirma serem experimentais. Todos os imunizantes aprovados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), no entanto, passaram por três fases de testes e têm sua segurança e eficácia comprovadas. De acordo com o contador de declarações do Aos Fatos, Bolsoaro já deu 2.507 declarações falsas ou distorcidas sobre a Covid-19.
REPETIDA 4 VEZES. Em 2022: 16.ago, 18.ago, 22.ago, 15.set.