“Não aceitam nada das sugestões das Forças Armadas, que foram convidadas.”
Em nota divulgada em junho deste ano, o TSE afirmou que 32 de 44 sugestões entregues pelo CTE (Comissão de Transparência Eleitoral) foram acolhidas pela Justiça Eleitoral. Entre as aprovadas, dez são recomendações das Forças Armadas, incluindo a atualização do aplicativo “Boletim na Mão” e a inclusão de urnas do modelo UE 2020, que será usado pela primeira vez neste ano e está sendo produzido na fábrica da Positivo em Ilhéus (BA), nos testes públicos de segurança. Quatro recomendações de autoria das Forças Armadas também foram classificadas como “sugestão a ser analisada no próximo ciclo eleitoral”. Segundo o documento, apenas uma sugestão dos militares foi rejeitada pelo tribunal: a disponibilização do relatório de abstenções ao público, que poderia contrariar a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais). É fato, no entanto, que o TSE rejeitou sete sugestões das Forças Armadas para as eleições enviadas em março deste ano. Segundo a corte, muitas das opiniões eram resultado de erros de estatística e algumas recomendações já eram implementadas pela Justiça Eleitoral.