🕐 ESTA REPORTAGEM FOI PUBLICADA EM Dezembro de 2023. INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE TEXTO PODEM ESTAR DESATUALIZADAS OU TEREM MUDADO.

Vídeo que mostra festa no Vidigal é de 2021, não após indicação de Dino ao STF

Por Marco Faustino

13 de dezembro de 2023, 17h40

Um vídeo que mostra uma festa na favela do Vidigal, no Rio Janeiro, não retrata uma comemoração após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicar o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), para a vaga de ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), em novembro de 2023, como alegam publicações nas redes. O registro, na realidade, mostra uma festa clandestina no Vidigal em fevereiro de 2021, quando o presidente era Jair Bolsonaro (PL).

Publicações com o conteúdo enganoso acumulavam 40 mil visualizações no TikTok, além de centenas de curtidas e compartilhamentos no Instagram e no Facebook, respectivamente, nesta quarta-feira (13), data em que Dino foi sabatinado na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado. As peças enganosas circulam também no WhatsApp, plataforma na qual não é possível estimar o alcance dos conteúdos (fale com a Fátima).


Selo falso

Festa do Tráfico no Vidigal RJ. Sabem que a vitória de Dino [para o STF] é certa

Imagem de festa no Vidigal em 2021 circula com com legenda enganosa, como se evento fosse uma comemoração pela indicação de Flávio Dino ao STF

Posts nas redes enganam ao difundir uma filmagem que mostra uma festa na favela do Vidigal, no Rio de Janeiro, em 17 de fevereiro de 2021, como se a gravação tivesse sido feita após a indicação do ministro Flávio Dino ao STF em novembro de 2023, o que é falso. O evento aconteceu em um albergue com vista para a orla das praias do Leblon e de Ipanema e foi registrado pela Globo a partir de um helicóptero.

Já a indicação de Flávio Dino ao STF foi feita pelo presidente Lula em 27 de novembro deste ano. O Aos Fatos não localizou registros na imprensa que mostrassem festas no mesmo local e que tivessem sido feitas para celebrar a indicação de Dino ao STF.

Peças de desinformação envolvendo Dino se tornaram recorrentes assim que o ministro foi indicado por Lula a uma vaga no STF. Em checagens anteriores, Aos Fatos mostrou ser falso, por exemplo, que Dino afirmou em carta ao Senado que iria abandonar o comunismo. Outro conteúdo desinformativo é um vídeo mostrando imagens de uma discussão entre militares sobre o 8 de janeiro — que, ao contrário do que afirmam as peças enganosas, não faz parte das imagens apagadas das câmeras do Ministério da Justiça.

Referências:

1. Globoplay
2. UOL
3. G1
4. Aos Fatos (Fontes 1 e 2)

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