🕐 ESTA REPORTAGEM FOI PUBLICADA EM Agosto de 2021. INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE TEXTO PODEM ESTAR DESATUALIZADAS OU TEREM MUDADO.

Vídeo de formatura de PMs é associado em posts à convocação para protestos no 7 de Setembro

Por Marco Faustino

26 de agosto de 2021, 13h56

Um vídeo em que um grupo de policiais cantam e dançam tem sido usado em posts nas redes sociais que convocam para as manifestações bolsonaristas no 7 de Setembro, mas não tem qualquer relação com esses atos (veja aqui). A gravação foi feita durante uma formatura de novos soldados da Polícia Militar do Rio de Janeiro neste mês e não traz qualquer menção a protestos de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Postagens que associam o vídeo às manifestações somavam ao menos 250.000 compartilhamentos nesta quinta-feira (26) no Facebook e foram sinalizadas por Aos Fatos como desinformação na ferramenta de verificação (saiba como funciona).


Postagens nas redes sociais tiram informações de contexto ao associar a convocatória para os atos bolsonaristas no 7 de Setembro a um vídeo que não tem relação com os protestos. A gravação verificada mostra policiais militares dançando e entoando um cântico que diz: “Escuta a terra tremer. Vejam quem vai aparecer. Chegou a 4ª companhia, a melhor do batalhão. Chegou a 4ª companhia, nosso lema é vibrar”.

O vídeo foi gravado em 14 de agosto durante uma formatura de novos soldados da Polícia Militar do Rio de Janeiro em Sulacap, na zona oeste da capital fluminense, e publicado originalmente no Facebook e no Instagram do CFAP (Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças). Posteriormente, a PM reproduziu o mesmo trecho em sua conta verificada no Twitter. Em nota ao Aos Fatos, a corporação também desmentiu que a situação mostrada tivesse a ver com os protestos bolsonaristas.

Outro vídeo da mesma formatura da 4ª companhia, publicado pelo CFAP nas redes sociais, também não traz qualquer referência ou convocação para as manifestações de 7 de Setembro.

Referências:

1. Facebook (Fontes 1 e 2)
2. Instagram
3. Twitter


Esta reportagem foi publicada de acordo com a metodologia anterior do Aos Fatos.

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