Não é verdade que uma projeção com a frase “the world needs Lula” (“o mundo precisa de Lula”, em português) foi exibida recentemente em um edifício de Nova York, onde fica a sede da ONU, a fim de recepcionar o presidente. Na verdade, a mensagem foi projetada em outubro de 2022, no edifício Chrysler, um dos mais famosos da cidade, na véspera do segundo turno das eleições presidenciais.
Publicações que compartilham o vídeo fora de contexto acumulavam mais de 350 mil visualizações no TikTok, centenas de compartilhamentos no Facebook e centenas de curtidas no Instagram até a tarde desta quarta-feira (20).
Vejam a Recepção do Lula em Nova York para participar da Assembleia Geral da ONU! Faz o L! O mundo precisa do Lula! 🤩👆
Publicações nas redes têm compartilhado como se fosse recente um vídeo que mostra uma projeção em um edifício com os dizeres, em inglês, “o mundo precisa de Lula”. De acordo com as peças de desinformação, a tela teria sido exibida para recepcionar o presidente, que discursou na Assembleia Geral da ONU na última terça (19). Por meio de busca reversa, no entanto, o Aos Fatos constatou que a exibição ocorreu em Nova York em outubro do ano passado, na véspera do segundo turno das eleições.
O vídeo, que mostra uma projeção feita no edifício Chrysler, foi publicado originalmente pelo Instituto ClimaInfo em 29 de outubro de 2022.
For the climate, for the Amazon, the world wants and needs Lula. On the eve of the Brazilian election, a giant projection placed on the Chrysler building in New York says that the WORLD WANTS LULA. pic.twitter.com/WLkvCQRVIz
— ClimaInfo (@ClimaInfoNews) October 30, 2022
Em novembro do ano passado, o portal afirmou ao Estadão Verifica que a projeção foi feita no dia anterior à publicação da filmagem e durou cerca de meia hora. A iniciativa foi coordenada por ativistas brasileiros, americanos e ingleses.
Na última terça (19), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abriu o debate geral da 78ª Assembleia Geral da ONU, e Aos Fatos checou suas declarações em tempo real.
A peça de desinformação também foi desmentida pelo Estadão Verifica.