🕐 ESTA REPORTAGEM FOI PUBLICADA EM Janeiro de 2022. INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE TEXTO PODEM ESTAR DESATUALIZADAS OU TEREM MUDADO.

Não é verdade que projeto de lei quer proibir sinuca no Brasil por considerar o jogo racista

Por Marco Faustino

25 de janeiro de 2022, 17h31

É falso que um projeto de lei pretende proibir a sinuca no Brasil por considerá-la um jogo racista, já que a bola branca é usada para encaçapar as de outras cores, como alegam posts nas redes (veja aqui). O PL 4.674/2021 não existe, e o deputado federal Zé Ricardo (PT-AM), apontado como seu autor, negou que tenha apresentado proposta semelhante.

Publicações com o conteúdo enganoso somavam ao menos 2.100 compartilhamentos no Facebook nesta terça-feira (18) e também são disseminadas no Instagram e no Kwai.


Selo falso

Projeto de lei 4.674 de 2021 de autoria do deputado José Ricardo do PT do Amazonas tem o intuito de proibir as partidas de sinuca por ser um jogo racista

Postagens nas redes sociais enganam ao dizer que o deputado federal Zé Ricardo (PT-AM) apresentou um projeto de lei para proibir a sinuca no Brasil por considerá-la racista, já que o jogo consiste em usar a bola branca para encaçapar as de outras cores, incluindo a preta. O projeto de lei citado, o 4674/2021, não existe, e o parlamentar petista negou a autoria de proposta similar, o que foi atestado por Aos Fatos em buscas no site da Câmara.

Ao pesquisar por “sinuca” e “bilhar” no site da Câmara dos Deputados, não há qualquer projeto para proibir o jogo. A proposta mais recente que inclui esses dois termos é a 2972/2019, que prevê a regulamentação da atividade do educador físico e determina que apenas esses profissionais podem treinar esportes como sinuca e bilhar.

Esta alegação falsa surgiu primeiro como uma montagem que simulava notícia publicada pelo G1, que negou a veiculação do conteúdo. De acordo com o portal do Grupo Globo, a imagem “foi obtida por meio da manipulação do código-fonte da página, o que permite manter o logotipo e o padrão visual, mas alterar o título e o subtítulo”.

A peça de desinformação também já foi checada por Boatos.org e Lupa.

Referências:

1. Câmara dos Deputados (Fontes 1, 2, 3, 4 e 5)
2. Twitter
3. G1


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Esta reportagem foi publicada de acordo com a metodologia anterior do Aos Fatos.

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