Homem que traficava drogas em voo para Etiópia não integrava comitiva de Lula

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Não é verdade que um homem que morreu enquanto traficava drogas em um voo para a Etiópia pertencia à comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Nas redes, publicações enganosas que fazem essa alegação omitem que o criminoso era nigeriano, não brasileiro, e estava a bordo de um voo comercial da Ethiopian Airlines. Procuradas pelo Aos Fatos, tanto a PF quanto a Secom (Secretaria de Comunicação Social) negaram que ele estivesse acompanhando ministros do governo brasileiro.

Publicações com o conteúdo enganoso acumulavam centenas de compartilhamentos no Facebook nesta sexta-feira (1°) e circulam também no Kwai e no TikTok.

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Selo falso

TRAFICANTE DA COMITIVA DO PT , MORRE EM AVIÃO !!! Traficante que acompanhava a comitiva liderada por Lula do PT, veio a óbito após ingerir 96 cápsulas de cocaína, resultando em complicações fatais quando uma delas se rompeu no seu estômago. O voo estava repleto de ministros do governo Lula em direção à Etiópia

Posts enganam ao dizer que traficante morto durante voo para a Etiópia participava da comitiva de ministros de Lula

Publicações nas redes mentem ao alegar que um traficante que morreu durante um voo entre São Paulo e Adis Abeba, capital da Etiópia, no dia 14 de fevereiro, integrava a comitiva do presidente Lula. As peças de desinformação ignoram que o criminoso e os ministros do governo Lula estavam a bordo de um voo comercial da Ethiopian Airlines com diversas outras pessoas e que o homem era de origem nigeriana, e não brasileira. Em nota, a Secom negou que o traficante integrava a comitiva de ministros.

Estavam a bordo da aeronave os ministros Anielle Franco (Igualdade Racial), Silvio Almeida (Direitos Humanos e Cidadania), Vinícius de Carvalho (Controladoria-Geral da União) e Wellington Dias (Desenvolvimento Social e Combate à Fome). A comitiva seguia para um evento oficial do governo brasileiro no país africano.

Por telefone, a PF informou ao Aos Fatos que a morte ocorreu poucos minutos antes do pouso da aeronave no Aeroporto Internacional Bole de Adis Ababa e que, segundo informações da polícia etíope, o homem era nigeriano. A morte foi causada por overdose de cocaína depois do rompimento de cápsulas da droga transportadas no estômago do passageiro.

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O caso ocorreu em espaço aéreo etíope, e a investigação do caso está com a Polícia Federal do país, que não retornou o contato feito pelo Aos Fatos.

Em nota, a Ethiopian Airlines se limitou a dizer que nacionalidade do homem não era brasileira e que o passageiro recebeu os primeiros atendimentos a bordo, mas não resistiu. “A companhia afirma, ainda, que, por razões legais e éticas, não compartilha dados pessoais de passageiros a bordo de nenhum de seus voos”.

As peças de desinformação compartilham manchetes publicadas na imprensa apontando que o homem morto estava a bordo do mesmo voo que membros da comitiva presidencial. Os textos, no entanto, não afirmam em nenhum momento que o criminoso integrava o grupo dos ministros brasileiros.

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