🕐 ESTA REPORTAGEM FOI PUBLICADA EM Novembro de 2023. INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE TEXTO PODEM ESTAR DESATUALIZADAS OU TEREM MUDADO.

Demissões em instituto no RS não têm relação com contingenciamento de verba do Ministério da Saúde

Por Marco Faustino

29 de novembro de 2023, 13h01

Não é verdade que o Instituto de Cardiologia de Porto Alegre demitiu funcionários recentemente pela falta de repasses de recursos públicos federais, como alegam publicações nas redes. Em nota à imprensa, a instituição afirmou que o desligamento foi uma medida adotada para atender um compromisso com o Ministério Público e com entidades gestoras de saúde e que não houve corte ou atraso no envio de verbas por parte do Ministério da Saúde. A unidade enfrenta há anos uma crise financeira.

Publicações com o conteúdo enganoso acumulavam 210 mil visualizações no TikTok até a tarde desta quarta-feira (29) e circulam também no WhatsApp, plataforma na qual não é possível estimar o alcance (fale com a Fátima).


Selo falso

Governo federal não repassa verbas da saúde e faz hospital de Porto Alegre demitir 20%

Posts enganam ao atribuir demissões de funcionários do Instituto de Cardiologia de Porto Alegre a corte de verbas e contingenciamento de recursos públicos do Ministério da Saúde

Publicações nas redes enganam ao alegar que a demissão de 20% dos funcionários do Instituto de Cardiologia de Porto Alegre tem relação com a falta de repasse de recursos por parte do governo federal. Tanto a FUC (Fundação Universitária de Cardiologia), administradora do instituto, quanto o Ministério da Saúde negaram que a redução da folha de pagamento tenha ocorrido por corte ou contingenciamento de verbas federais.

Entidade privada que presta serviços ao SUS (Sistema Único de Saúde), o Instituto de Cardiologia de Porto Alegre afirmou que o corte no quadro de funcionários é parte de um compromisso assumido com o Ministério Público e entidades gestoras da área da saúde. A unidade enfrenta uma crise financeira que se agravou nos últimos anos por fatores como a pandemia de Covid-19 e a defasagem nas tabelas do SUS.

De acordo com a Prefeitura de Porto Alegre, um acordo firmado recentemente com o Ministério Público levou as administrações municipal e estadual a repassarem R$ 5,4 milhões ao instituto em outubro. Por parte do governo federal, publicação no DOU (Diário Oficial da União) garantiu o envio de R$ 15,3 milhões até o fim do ano para a unidade.

Em julho, o governo Lula contingenciou R$ 1,5 bilhão do orçamento, sendo R$ 452 milhões do Ministério da Saúde. O bloqueio temporário foi implementado para garantir o cumprimento do teto de gastos, regra fiscal que limita a maior parte das despesas da União à variação da inflação.

Referências:

1. FUC
2. Ministério da Saúde
3. Correio do Povo
4. Prefeitura de Porto Alegre
5. Jornal do Comércio
6. DOU
7. G1

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