Não é verdade que o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes e o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM) estiveram juntos em um restaurante em Lisboa recentemente. O vídeo que tem sido compartilhado nas redes com a falsa alegação (veja aqui) foi gravado em abril de 2019 e o homem que aparece ao lado de Mendes na mesa não era Mandetta, que, na época, estava em Campo Grande (MS).
Publicações que falseiam o contexto e data do vídeo reuniam ao menos 6.000 compartilhamentos no Facebook na tarde desta quinta-feira (9) e foram marcadas com o selo FALSO na ferramenta de verificação da rede social (entenda como funciona).
Mandetta e Gilmar Mendes no bairro do Chiado em Lisboa tomando chopinho.
Publicações nas redes sociais enganam ao indicar que o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM) e o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes foram flagrados juntos em um restaurante em Lisboa recentemente. O vídeo que circula com a falsa alegação foi gravado em abril de 2019 e o homem que aparece ao lado do magistrado não é Mandetta. Na época, ele estava em Campo Grande (MS).
O vídeo é de 20 de abril de 2019 e mostra o momento em que um homem hostiliza Mendes, que estava sentado na varanda de um restaurante da capital portuguesa com sua mulher, Guiomar Mendes. Nas imagens, o agressor grita em português e em inglês que o magistrado seria “corrupto” e é aplaudido por outras pessoas. A cena dura cerca de um minuto e foi captada por outro ângulo pelo jornalista Sandro Barboza em seu Twitter.
Na ocasião, Mendes estava em Portugal para participar do VII Fórum Jurídico de Lisboa na Faculdade de Direito da cidade.
No dia do incidente com o ministro do STF, Mandetta estava em Campo Grande (MS), segundo registros de sua agenda como titular do Ministério da Saúde. Consta na lista de compromissos oficiais que ele decolou de Brasília para a capital do Mato Grosso do Sul em 18 de abril às 7h05 e, de lá, foi para Cuiabá (MT) em 21 de abril, às 23h25.
Contatado por Aos Fatos, Mandetta disse que “não comenta fake news”.
O Boatos.org também checou esta peça de desinformação.
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