Não é verdade que o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), anunciou que proibirá manifestações no 7 de Setembro, como afirmam postagens nas redes (veja aqui). O vídeo que vem sendo usado nesta alegação é de março de 2020, quando o mandatário anunciou que não permitiria protestos pelo fim do isolamento social e pela retomada das atividades econômicas. O governo paraense informou ao Aos Fatos que atualmente não há proibição de atos públicos no estado.
Publicações com o conteúdo enganoso somavam centenas de compartilhamentos no Facebook nesta sexta-feira (3) e foram sinalizadas por Aos Fatos como FALSO na ferramenta de verificação da plataforma (saiba como funciona).
Começou a privação da liberdade de ir e vir do povo paraense, pois pasmem, no dia 07/09, o povo está proibido de se manifestar e poderá ser preso
Postagens nas redes sociais enganam tirar de contexto um vídeo divulgado em 27 de março de 2020 para alegar que o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), proibiu manifestações no próximo feriado de 7 de setembro. Na época, o veto anunciado pelo mandatário era referente a protestos contra medidas de restrição à Covid-19 no estado. Atualmente, o governo paraense não restringe a realização de atos públicos.
A peça desinformativa associa o vídeo a uma legenda que diz que o povo está proibido de se manifestar no 7 de Setembro e poderá ser preso caso contrarie a ordem do governador, que é chamado de traidor. Em nota, o governo do Pará afirmou que não há proibição para a realização de manifestações em espaços públicos, desde que ordeiras e pacíficas.
O decreto estadual 800/2020 estabelece um limite de até 300 pessoas para manifestações de caráter recreativo, sob a bandeira verde, fase em que estão liberadas atividades econômicas e sociais em caráter menos restritivo. O Pará encontra-se na bandeira verde desde 6 de agosto. O cenário atual é diferente de março de 2020, quando Barbalho ampliou medidas restritivas para evitar a circulação de pessoas e autorizou o uso de forças de segurança para coibir protestos e eventualmente prender manifestantes.
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