🕐 ESTA REPORTAGEM FOI PUBLICADA EM Agosto de 2023. INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE TEXTO PODEM ESTAR DESATUALIZADAS OU TEREM MUDADO.

Como é calculado o desemprego no Brasil

Por Bruna Leite

3 de agosto de 2023, 15h33

Desinformadores tem usado dados sobre desemprego nas redes sociais. Aos Fatos explica como esse cálculo é feito nas duas maiores pesquisas sobre desemprego do país, o Caged e a Pnad Contínua (IBGE).

Confira:

Os dados do Caged mostram o cenário do trabalho formal, ou seja, o universo dos trabalhadores de carteira assinada. As empresas informam todo mês ao governo as demissões e contratações de funcionários. Ao reunir todos esses dados, o Ministério do Trabalho e Emprego informa qual foi o saldo da criação de vagas com carteira no mês.

O Caged existe desde 1992, mas por conta de mudanças metodológicas em outubro de 2019 os dados a partir dessa data não são comparáveis com os de anos anteriores.

Os dados do Caged não permitem saber o número de desempregados no país, mas ajudam a entender se há expansão ou retração do mercado formal de trabalho.

A estatística oficial de desemprego no Brasil é calculada pelo IBGE seguindo os padrões recomendados pela OIT (Organização Internacional do Trabalho). A Pnad é mais abrangente do que o Caged e permite saber informações sobre o mercado de trabalho formal (com carteira assinada) e informal.

Para calcular o desemprego, o IBGE divide a população entre os com idade para trabalhar (maiores de 14 anos) e os sem idade para trabalhar. A parcela da população em idade para trabalhar e que está empregada ou procurando emprego forma a força de trabalho. A taxa de desemprego refere-se a parcela de pessoas na força de trabalho que estão sem ocupação.

A Pnad contínua também calcula outras taxas importantes para entender a situação do mercado de trabalho, como a taxa de desalentados (quem desistiu de procurar trabalho) ou subocupados (pessoas que estão trabalhando menos horas do que gostariam).

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Em julho deste ano, viralizaram nas redes publicações que enganavam ao comparar a taxa de criação de empregos em 2022 e 2023 e concluiram que o desemprego estaria “disparando” com o governo Lula (PT), o que é falso.

Distorções sobre os dados de desemprego do Brasil também foram feitas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2019, que criticou a metodologia da taxa de desemprego do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), dizendo que a forma de cálculo “não é a mais correta” e seria uma “farsa”. Mas a declaração falsa foi rebatida pelo IBGE no mesmo dia.

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