Poster do agregador

Em 1.459 dias como presidente, Bolsonaro deu 6.685 declarações falsas ou distorcidas

Esta base agrega todas as declarações de Bolsonaro feitas a partir do dia de sua posse como presidente. As checagens são feitas pela equipe do Aos Fatos semanalmente.

Atualizado em 30 de Dezembro, 2022


Número de afirmações sobre




As três afirmações mais repetidas

REPETIDA 249 VEZES

Em 2019: 15.dez, 23.dez, 24.dez, 26.dez. Em 2020: 10.jan, 06.fev, 20.fev, 03.mar, 09.mar, 16.mar, 20.mar, 22.abr, 28.abr, 05.mai, 22.mai, 28.mai, 26.jul, 30.jul, 02.ago, 13.ago, 07.out, 08.out, 11.out, 15.out, 22.out, 29.out, 09.nov, 25.nov, 29.nov, 08.dez, 10.dez, 15.dez, 19.dez, 24.dez, 31.dez. Em 2021: 07.jan, 11.jan, 12.jan, 15.jan, 18.jan, 08.fev, 11.fev, 20.fev, 04.mar, 07.abr, 27.abr, 05.mai, 08.mai, 11.mai, 13.mai, 10.jun, 15.jun, 18.jun, 21.jun, 24.jun, 25.jun, 07.jul, 12.jul, 13.jul, 18.jul, 19.jul, 21.jul, 22.jul, 26.jul, 27.jul, 29.jul, 31.jul, 02.ago, 04.ago, 05.ago, 06.ago, 17.ago, 19.ago, 23.ago, 24.ago, 25.ago, 28.ago, 30.ago, 31.ago, 09.set, 10.set, 15.set, 17.set, 21.set, 23.set, 24.set, 30.set, 09.out, 13.out, 14.out, 18.out, 20.out, 21.out, 24.out, 25.out, 27.out, 07.nov, 09.nov, 10.nov, 19.nov, 22.nov, 23.nov, 25.nov, 26.nov, 02.dez, 07.dez, 09.dez, 10.dez, 15.dez, 19.dez, 27.dez, 30.dez, 31.dez. Em 2022: 06.jan, 12.jan, 20.jan, 31.jan, 02.fev, 07.fev, 09.fev, 10.fev, 11.fev, 12.fev, 16.fev, 18.fev, 21.fev, 23.fev, 24.fev, 25.fev, 28.fev, 04.mar, 07.mar, 16.mar, 21.mar, 22.mar, 23.mar, 27.mar, 04.abr, 08.abr, 11.abr, 12.abr, 15.abr, 05.mai, 12.mai, 30.mai, 02.jun, 08.jun, 15.jun, 18.jun, 24.jun, 09.jul, 23.jul, 24.jul, 27.jul, 30.jul, 22.ago, 24.ago, 03.set, 06.set, 07.set, 11.set, 13.set, 14.set, 16.set, 17.set, 20.set, 24.set, 29.set, 04.out, 12.out, 14.out, 21.out, 23.out, 26.out, 27.out, 28.out.

“Qual a corrupção no meu governo? Não tem, tem acusações vagas, levianas.”

Integrantes e ex-integrantes do governo Bolsonaro são alvos de investigações e denúncias de corrupção e outros delitos ligados à administração pública. Em junho de 2022, a PF (Polícia Federal) prendeu preventivamente o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro por suposto envolvimento em um esquema de liberação de verbas na pasta. Ele é investigado por prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência e foi liberado por habeas corpus. Atuais e antigos integrantes do governo também são investigados pela PF ou pelo Ministério Público por suspeita de corrupção, como o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP); Ricardo Salles (PL), ex-titular do Meio Ambiente; o deputado federal Marcelo Álvaro Antônio (PL), que comandou o Turismo; e Fabio Wajngarten, que chefiou a Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social). Além disso, relatório de junho deste ano da Americas Society/Council of the Americas afirma que as tentativas do presidente de controlar órgãos de investigação e os cortes orçamentários de agências independentes seriam sinais de recuo no combate à corrupção no Brasil.

REPETIDA 139 VEZES

Em 2020: 09.abr, 11.abr, 16.abr, 18.abr, 29.abr, 30.abr, 02.mai, 07.mai, 14.mai, 19.mai, 20.mai, 21.mai, 22.mai, 26.mai, 28.mai, 02.jun, 03.jun, 04.jun, 08.jun, 09.jun, 11.jun, 15.jun, 18.jun, 19.jun, 25.jun, 07.jul, 09.jul, 16.jul, 18.jul, 06.ago, 13.ago, 24.ago, 25.ago, 03.set, 16.set, 22.set, 24.set, 09.out, 19.out, 09.nov, 10.dez, 19.dez, 24.dez, 31.dez. Em 2021: 07.jan, 14.jan, 15.jan, 21.jan, 04.fev, 02.mar, 03.mar, 04.mar, 10.mar, 21.jul, 22.jul, 28.jul, 29.jul, 02.ago, 04.ago, 05.set, 15.set, 27.set, 09.out, 14.out, 31.out, 23.nov, 25.nov, 26.nov, 02.dez, 07.dez, 08.dez, 11.dez, 19.dez. Em 2022: 12.jan, 14.jan, 31.jan, 02.fev, 08.fev, 09.fev, 11.fev, 25.fev, 17.mar, 21.mar, 12.abr, 28.abr, 13.mai, 16.mai, 19.mai, 29.jun, 05.jul, 20.jul, 24.jul, 30.jul, 08.ago, 03.set.

“Eu fui desautorizado pelo Supremo Tribunal Federal [durante a pandemia de Covid-19].”

O STF (Supremo Tribunal Federal) não retirou do Executivo o poder de conduzir ações para controlar a pandemia da Covid-19 no Brasil, como afirma Bolsonaro. A corte entendeu, na verdade, que a União não poderia invadir as competências de municípios, de estados e do Distrito Federal. O presidente não poderia, por exemplo, derrubar medidas de isolamento social colocadas em práticas por prefeitos, mas a União não foi impedida de conduzir outras medidas de combate à Covid-19. “O plenário decidiu, no início da pandemia, em 2020, que União, estados, Distrito Federal e municípios têm competência concorrente na área da saúde pública para realizar ações de mitigação dos impactos do novo coronavírus. Esse entendimento foi reafirmado pelos ministros do STF em diversas ocasiões. Ou seja, conforme as decisões, é responsabilidade de todos os entes da federação adotarem medidas em benefício da população brasileira no que se refere à pandemia”, afirmou a corte em janeiro de 2021. Em entrevista ao Aos Fatos, Cecilia Mello, especialista em direito administrativo e ex-desembargadora do TRF3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região), explicou que o STF não excluiu a responsabilidade ou a atuação da União no enfrentamento da Covid-19: “Não houve qualquer suspensão de vigência da lei quanto às competências do presidente e dos órgãos federais para o combate à crise, tampouco foram eles eximidos de seus deveres e atribuições.”

REPETIDA 115 VEZES

Em 2020: 10.set, 16.set, 22.set, 08.out, 11.out, 14.out, 19.out, 27.out, 11.nov, 16.nov, 17.nov, 27.nov, 15.dez, 24.dez. Em 2021: 14.jan, 15.jan, 27.jan, 28.jan, 03.fev, 04.fev, 05.fev, 08.fev, 11.fev, 12.fev, 19.fev, 20.fev, 22.fev, 23.fev, 26.fev, 03.mar, 04.mar, 10.mar, 18.mar, 22.mar, 23.mar, 25.mar, 31.mar, 01.abr, 05.abr, 07.abr, 15.abr, 23.abr, 26.abr, 20.mai, 23.mai, 01.jun, 02.jun, 10.jun, 12.jun, 18.jun, 25.jun, 26.jun, 28.jun, 19.jul, 20.jul, 21.jul, 29.jul, 30.jul, 31.jul, 06.ago, 12.ago, 17.ago, 23.ago, 25.ago, 26.ago, 28.ago, 30.ago, 02.set, 10.set, 21.set, 29.set, 30.set, 07.out, 14.out, 21.out, 26.out, 27.out, 07.nov, 11.nov, 25.nov, 02.dez, 07.dez, 09.dez, 17.dez, 27.dez. Em 2022: 02.fev, 28.fev, 07.mar, 12.mar, 08.abr, 11.abr, 12.abr, 16.abr, 28.abr, 05.mai, 12.mai, 13.mai, 17.mai, 01.jul, 24.jul, 02.ago, 05.ago, 03.set, 23.set.

“Eu sempre falei que você deve combater sim o vírus, mas também combater o desemprego em nosso país.”

De fato, Bolsonaro tem destacado desde o início da pandemia, em março de 2020, que haveria dois problemas para o Brasil, um de saúde pública e um econômico, e que os dois deveriam ser tratados simultaneamente. Em levantamento feito nas redes e nas falas do presidente, o Aos Fatos identificou o início de declarações do tipo no dia 15 de março de 2020, data de uma entrevista à CNN Brasil. O presidente, porém, nunca tratou as duas questões com o mesmo peso, já que, desde o início do surto de Covid-19 no Brasil, tem minimizado os efeitos da doença e criticado suas principais formas de prevenção. Em diversas entrevistas e declarações públicas, Bolsonaro relacionou a doença a uma “gripezinha” e chegou a dizer em discurso que o isolamento social seria “conversinha mole” e que as medidas de restrição de circulação seriam para “os fracos”. O presidente também ataca reiteradamente as vacinas, que afirma serem experimentais e não terem comprovação científica. Por todos esses motivos, sua declaração é falsa.

Explore as afirmações

Filtros

Por tema

Por origem

Ordenar por

16.ago.2022

“Que eu sabia, muita gente sabia também, que o vírus era mortal e ia levar gente nossa querida embora (...)”

Ao afirmar que sabia sobre a gravidade da Covid-19, o presidente contradiz diversas declarações e posicionamentos que adotou desde o início do surto da doença, em março de 2020. No dia 9 de março daquele ano, por exemplo, dias antes de a OMS (Organização Mundial da Saúde) decretar situação de pandemia, Bolsonaro afirmou em discurso nos EUA que o "poder destruidor" do coronavírus estava sendo superdimensionado, talvez "por questões econômicas". Dias depois, o presidente afirmou que "outras gripes mataram mais do que essa". Em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV no dia 24 daquele mesmo mês, ele voltou a comparar a doença a uma "gripezinha" e disse que, caso contaminado, não precisaria se preocupar, devido ao seu "histórico de atleta". Sua previsão, disse ele em entrevista ainda em março, era que a doença não deveria causar mais mortes do que o surto de H1N1, que, segundo ele, teria vitimado 800 pessoas. Ao longo dos dois anos seguintes de pandemia, a despeito do aumento no número de casos e mortes no Brasil e no mundo, o presidente continuou sustentou o discurso de minimizar a gravidade da doença e combater medidas de proteção: em novembro de 2020, por exemplo, afirmou que o Brasil deveria deixar de ser um "país de maricas". Em março do ano seguinte, chamou o isolamento social, uma das únicas formas de evitar a doença, de "frescura" e "mimimi". Além de estimular a população a desrespeitar medidas de restrição e isolamento, o presidente também defendeu remédios sem comprovação científica e atacou as vacinas.

FONTE ORIGEM

Tema: Coronavírus. Origem: Discurso

13.ago.2022

“Como eu já havia também contraído o vírus, mais ou menos naquela época, eu passei a ser vacinado. ”

Não há comprovação científica de que contrair Covid-19 proporciona uma imunidade igual à promovida pela vacinação contra a Covid-19, por isso, a declaração de Bolsonaro é FALSA. Um estudo publicado pelo CDC (Centers for Disease Control and Prevention, Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos) em novembro aponta que uma pessoa vacinada pode estar protegida até cinco vezes mais contra o agravamento da doença do que quem adquiriu anticorpos por meio do adoecimento. Em junho, a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) já havia ressaltado que a resposta imunológica de uma pessoa é melhor por meio da vacinação do que pela infecção natural.

FONTE ORIGEM

REPETIDA 5 VEZES. Em 2021: 05.dez, 08.dez, 27.dez. Em 2022: 12.jan, 13.ago.

Tema: Coronavírus. Origem: Entrevista

13.ago.2022

“Comprimidinho que eu tomei, não pode falar o nome, que é pra falar pra malária.”

Bolsonaro faz referência à hidroxicloroquina, que afirma ter usado quando teve Covid-19. No entanto, o presidente nunca apresentou receituário que comprove que de fato tomou o medicamento. O Aos Fatos chegou a requisitar o documento de prescrição por meio da Lei de Acesso à Informação, mas teve o pedido negado pela Secretaria de Comunicação, que alegou que "as informações individualizadas sobre o assunto dizem respeito à intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas".

FONTE ORIGEM

REPETIDA 95 VEZES. Em 2020: 28.out, 29.out, 11.nov, 12.nov, 16.nov, 26.nov, 29.nov, 02.dez, 14.dez, 15.dez, 19.dez, 31.dez. Em 2021: 07.jan, 15.jan, 04.fev, 11.fev, 23.fev, 04.mar, 08.mar, 10.mar, 11.mar, 18.mar, 19.mar, 25.mar, 07.abr, 15.abr, 16.abr, 22.abr, 23.abr, 28.abr, 05.mai, 06.mai, 13.mai, 14.mai, 20.mai, 27.mai, 03.jun, 09.jun, 11.jun, 18.jun, 21.jun, 24.jun, 19.jul, 22.jul, 27.jul, 29.jul, 31.jul, 02.ago, 05.ago, 17.ago, 23.ago, 27.ago, 28.ago, 30.ago, 05.set, 10.set, 16.set, 21.set, 23.set, 24.set, 27.set, 30.set, 05.out, 07.out, 21.out, 26.out, 27.out, 05.nov, 08.nov, 23.nov, 25.nov, 07.dez, 09.dez, 11.dez, 19.dez. Em 2022: 06.jan, 17.jan, 25.mai, 28.jun, 30.jun, 27.jul, 13.ago.

Tema: Coronavírus. Origem: Entrevista

13.ago.2022

“Por que que na África substariana por exemplo o número de mortes não é igual da Itália? (...) Tomava outro remedinho que é pra cegueira dos rios.”

Ao defender o uso da hidroxicloroquina e de outros medicamentos, como a ivermectina, contra a Covid-19, Bolsonaro tem mencionado o suposto sucesso de países do continente africano, em especial da África Subsaariana, que, ao usar os remédios, evitariam a infecção pelo coronavírus. A declaração, no entanto, é insustentável, porque, além de haver evidências científicas que apontam que as drogas não são eficazes contra a Covid-19, há diversas teorias que explicam o baixo número de notificações no continente africano e nenhuma delas faz menção aos medicamentos. Em artigo publicado no site The Conversation, a equipe de pesquisadores sobre Covid-19 da Academia Africana de Ciências afirma que um dos fatores que podem explicar o baixo número de mortes é a idade geral da população, muito mais baixa do que a registrada em países europeus, por exemplo, onde a expectativa de vida é mais alta. Outro ponto são os baixos índices de testagem, que levam a uma subnotificação de casos e mortes. Há, ainda, a hipótese de que parte da população do continente tenha simplesmente uma resposta imune melhor do que a do restante do mundo por fatores genéticos ou pela exposição anterior a outros patógenos.

FONTE ORIGEM

REPETIDA 30 VEZES. Em 2020: 04.set, 08.out, 19.out, 28.out, 29.out, 04.nov, 11.nov, 16.nov, 26.nov, 27.nov, 29.nov, 02.dez, 03.dez, 10.dez, 14.dez, 15.dez, 18.dez, 19.dez, 24.dez, 28.dez, 31.dez. Em 2021: 12.jan, 15.jan, 19.mar, 07.abr. Em 2022: 15.jul, 13.ago.

Tema: Coronavírus. Origem: Entrevista

13.ago.2022

“Não vou falar o nome. É um remedinho pra combater a malária. Deram uma dose cavalar de remédio pros pacientes. Morreram. Se eu te encher de um remédio qualquer, em dose excessiva tu pode morrer.”

O presidente faz referência a um estudo conduzido em Manaus por 28 pesquisadores do grupo CloroCovid-19, formado por membros da Fiocruz, da Universidade Estadual do Amazonas, da Universidade Federal do Amazonas e da Universidade de São Paulo. Na pesquisa, pacientes com quadros graves da doença foram divididos em dois grupos. O primeiro recebeu 450 mg de cloroquina duas vezes no primeiro dia e uma vez nos quatro dias seguintes, o que está dentro das indicações do Ministério da Saúde. O segundo recebeu 600 mg duas vezes por dia, por dez dias, seguindo um protocolo chinês de tratamento e com base em pesquisas in vitro que sugeriam que o remédio tinha potencial antiviral maior em doses mais altas. Após 13 dias, 16 pessoas haviam morrido no grupo que recebeu a dose mais alta (39% dos participantes) e seis no grupo das doses mais baixas (15%), o que levou à interrupção do estudo. O presidente, portanto, é incorreto ao relacionar a morte dos pacientes com as doses dos medicamentos, uma vez que a quantidade administrada estava dentro de protocolos de saúde.

FONTE ORIGEM

Tema: Coronavírus. Origem: Entrevista

13.ago.2022

“Agnaldo Timóteo morreu do quê? Covid. Tomou vacina. ”

Bolsonaro sugeria que não precisava ser vacinado contra a Covid-19 porque já teria sido infectado no começo da pandemia, o que lhe garantiria uma maior imunidade. Para reforçar seu argumento, citou a morte do cantor Agnaldo Timóteo, que supostamente teria morrido de Covid-19 mesmo vacinado. Na verdade, o artista foi internado dois dias após tomar a segunda dose da vacina da Covid-19. Isso significa que ele foi infectado antes de completar seu esquema vacinal. Além disso, vale ressaltar que a vacina diminui as chances de casos graves e óbitos pela infecção, mas não os impede.

FONTE ORIGEM

Tema: Coronavírus. Origem: Entrevista

13.ago.2022

“Eu falei: não fecharemos Agulhas Negras, Escola Naval e Academia da Força Aérea.”

Ao comentar sobre a interrupção das aulas durante a pandemia de Covid-19, Bolsonaro cita academias militares como exemplos de instituições que não interromperam suas atividades. Isso, no entanto, é falso, porque as três academias informadas suspenderam suas aulas em 2020 devido a surtos da doença entre alunos ou por decisão judicial. No dia 8 de maio de 2020, a Academia Militar das Agulhas Negras suspendeu as aulas por um mês após a confirmação de 25 casos de Covid-19 entre cadetes e militares. Caso semelhante também ocorreu na Escola Preparatória de Cadetes do Ar (chamada de Academia da Força Aérea), que instituiu férias de um mês após o registro de nove casos de infecção entre alunos. Já a Escola de Aprendizes-Marinheiros (chamada de Escola Naval) foi fechada por decisão judicial no dia 25 de maio do mesmo ano, após mandado de segurança impetrado por grupos sindicais.

FONTE ORIGEM

REPETIDA 24 VEZES. Em 2020: 20.ago, 04.set. Em 2021: 01.jul, 26.jul, 07.out. Em 2022: 16.abr, 28.abr, 03.mai, 05.mai, 11.mai, 13.mai, 15.mai, 27.mai, 30.mai, 13.jun, 19.jun, 20.jun, 05.jul, 20.jul, 02.ago, 13.ago, 13.set, 25.out.

Tema: Coronavírus, Forças Armadas. Origem: Entrevista

13.ago.2022

“Nós gastamos um pouco mais de R$ 700 bilhões em 2020.”

O presidente inflou os valores gastos pelo governo federal em 2020, primeiro ano da pandemia de Covid-19 no Brasil. De acordo com dados do Tesouro Transparente, plataforma de monitoramento de gastos do governo federal, foi despendida até o mês de dezembro de 2020 uma soma de R$ 524 bilhões com a aquisição de insumos, o auxílio financeiro a estados e municípios, o auxílio emergencial e outros programas de transferência de renda, entre outros. O valor não chega ao citado por Bolsonaro nem se considerarmos os gastos previstos e não executados: esses totalizaram R$ 604,7 bilhões.

FONTE ORIGEM

REPETIDA 28 VEZES. Em 2021: 15.jun, 05.set, 14.out, 15.out, 08.nov, 25.nov, 11.dez. Em 2022: 14.jan, 03.fev, 08.fev, 09.fev, 11.fev, 18.fev, 25.mar, 14.abr, 16.abr, 24.mai, 23.jun, 25.jul, 27.jul, 09.ago, 13.ago, 18.ago, 05.out, 22.out, 23.out, 27.out.

Tema: Coronavírus, Economia. Origem: Entrevista

13.ago.2022

“Quando eu mandei, foi em 2021, uma equipe pra Israel ver o spray nasal eu fui massacrado. E, questão de dois meses atrás aproximadamente, no Fantástico, apareceu a matéria com o spray nasal pode ser uma solução pra covid. ”

O presidente reproduz o conteúdo de uma peça de desinformação que circula nas redes para associar uma reportagem veiculada no Fantástico, da TV Globo, no dia 6 de junho, ao spray nasal EXO-CD 24, que o governo brasileiro foi conhecer em Israel em março de 2021. Não há relação entre os dois produtos, por isso a afirmação é considerada falsa. A reportagem veiculada pelo Fantástico não cita o EXO-CD 24, nem qualquer outro produto específico: foram ouvidos, na verdade, especialistas que afirmam que as próximas gerações de vacinas precisam, além de funcionar contra todas as variantes do vírus Sars-CoV-2, ser aplicadas nas mucosas nasais e orais. O argumento dos cientistas é de que a multiplicação do novo coronavírus acontece nessas mucosas. Já o EXO-CD 24, criado originalmente para tratar o câncer de ovário, está sendo testado para combater uma reação inflamatória gerada pela Covid-19, a tempestade de citocinas. De acordo com uma ferramenta do jornal The New York Times que analisa artigos científicos e acompanha avanços no tratamento da doença, o spray ainda não teve os resultados de todos os testes clínicos divulgados, e portanto sua eficácia não é comprovada.

LEIA MAIS FONTE ORIGEM

REPETIDA 6 VEZES. Em 2022: 10.jun, 30.jun, 05.jul, 08.ago, 13.ago.

Tema: Coronavírus. Origem: Entrevista

13.ago.2022

“O Renan Calheiros falou, 'não vamos investigar desvio de recurso'. ”

O presidente distorce o conteúdo de uma fala do senador Renan Calheiros (MDB-AL) em entrevista ao UOL no dia 3 de maio de 2021. Questionado por jornalistas, Calheiros afirmou que a CPI da Pandemia não tinha como objetivo principal investigar desvios de recursos por parte dos governadores, mas que, se necessárias, apurações do tipo poderiam ocorrer. "É evidente que, se houver necessidade para fazê-lo, nós vamos fazer, mas esse não é o objetivo da CPI. É isso que difere essa comissão das outras comissões que anteriormente se instalaram". Por questões ligadas ao Regimento Interno do Senado, no entanto, a apuração se restringe especificamente à verba repassada pelo Executivo federal. Os requerimentos para convocação de governadores foram aprovados no dia 26 de maio.

FONTE ORIGEM

REPETIDA 25 VEZES. Em 2021: 13.mai, 20.mai, 26.mai, 01.jun, 02.jun, 14.jun, 17.jun, 26.jul, 27.jul, 02.ago, 05.ago, 05.set, 23.nov, 09.dez, 23.dez. Em 2022: 06.jan, 16.fev, 16.abr, 16.mai, 30.mai, 26.jun, 05.jul, 20.jul, 13.ago.

Tema: Congresso, Coronavírus. Origem: Entrevista

13.ago.2022

“Menos de em 24 horas [depois] já tinha oxigênio chegando em Manaus. ”

O então governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), alertou o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello que a falta de cilindros de oxigênio em Manaus era grave no dia 6 de janeiro de 2021. A distribuição efetiva de cilindros e a transferência dos doentes para outros hospitais ocorreu apenas a partir do dia 14, quando a crise ganhou projeção nacional. Dias antes, em 11 de janeiro, Pazuello esteve na cidade e promoveu o uso de medicamentos ineficazes contra a Covid-19.

LEIA MAIS FONTE ORIGEM

REPETIDA 11 VEZES. Em 2021: 15.jan, 30.jan, 19.mar, 15.jun, 29.jul, 14.out, 27.out. Em 2022: 13.ago, 22.ago.

Tema: Coronavírus. Origem: Entrevista

13.ago.2022

“Não passou a compra da Covaxin no primeiro filtro do Ministério da Saúde, com o Pazuello estando a frente.”

Ao se defender de acusações de corrupção na compra da vacina Covaxin, Bolsonaro argumenta que o governo não chegou a pagar pelo imunizante indiano e que o Ministério da Saúde teria "barrado" a compra antes dela ocorrer, o que é impreciso. Ainda que não tenha, de fato, feito qualquer transação monetária com a empresa responsável pela venda da vacina no Brasil, a Precisa Medicamentos, o Ministério da Saúde assinou o contrato de compra em fevereiro de 2021 e empenhou R$ 1,6 bilhão para a aquisição de 20 milhões de doses. Quando um valor é empenhado pelo governo federal, ele fica reservado e não pode ser usado para outras despesas. A denúncia sobre a compra da Covaxin envolveu irregularidades contratuais, como pressões para aquisição do imunizante, previsões de antecipação de pagamento a empresas que não estavam no contrato e falsificação de documentos. Diante das denúncias, o Ministério da Saúde rescindiu o contrato e a CGU (Controladoria-Geral da União), o Ministério Público e o TCU (Tribunal de Contas da União) passaram a investigar possíveis irregularidades. Em 31 de janeiro de 2022, a Polícia Federal concluiu que Bolsonaro não cometeu prevaricação (crime em que um servidor, ao tomar conhecimento de possíveis irregularidades, não comunica suas suspeitas às autoridades). Essa investigação, no entanto, não abrangeu as supostas irregularidades no contrato.

FONTE ORIGEM

REPETIDA 69 VEZES. Em 2021: 01.jul, 05.jul, 07.jul, 08.jul, 09.jul, 12.jul, 13.jul, 15.jul, 18.jul, 19.jul, 20.jul, 21.jul, 22.jul, 23.jul, 26.jul, 27.jul, 28.jul, 29.jul, 31.jul, 02.ago, 04.ago, 05.ago, 12.ago, 19.ago, 27.ago, 30.ago, 02.set, 10.set, 09.out, 14.out, 25.out, 27.out, 23.nov. Em 2022: 16.fev, 21.mar, 04.abr, 07.abr, 11.abr, 16.abr, 28.abr, 28.jun, 30.jun, 21.jul, 24.jul, 27.jul, 13.ago, 03.set, 13.set, 29.set, 16.out.

Tema: Coronavírus, Corrupção. Origem: Entrevista

13.ago.2022

“A questão da gripezinha eu falei pra mim e quem falou primeiro foi o Drauzio Varella.”

É falso que Bolsonaro só usou o termo “gripezinha” para se referir a ele mesmo em relação ao possível contágio por Covid-19. No dia 21 de março de 2020, ao refutar a afirmação do então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, de que haveria um colapso no sistema de saúde brasileiro, voltou a usar o termo para sugerir que a doença era inofensiva: “E pode ter certeza que para 60% dos brasileiros não será nem uma gripezinha, não será nada, nem tomarão conhecimento". A primeira vez em que Bolsonaro usou a palavra foi em entrevista coletiva no dia anterior, quando afirmou: "Depois da facada, não vai ser uma gripezinha que vai me derrubar, tá ok?". Em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão no dia 24 de março de 2020, o presidente usou o termo mais uma vez: de acordo com ele, caso fosse contaminado pelo vírus, não precisaria se preocupar, e seria "quando muito, acometido de uma gripezinha ou resfriadinho". Mais adiante no mesmo discurso, voltou a repetir o termo em referência descontextualizada à fala do médico Drauzio Varella, a quem acusou de diminuir os potenciais perigos da doença. Antes que fosse decretada a pandemia, Varella de fato afirmou que o novo coronavírus causaria à maioria da população “um resfriadinho de nada”. O que Bolsonaro omite é que o médico já se corrigiu diversas vezes, alertando para o isolamento social e para a adoção de medidas de higiene.

FONTE ORIGEM

REPETIDA 17 VEZES. Em 2020: 26.nov, 27.nov, 29.nov, 02.dez, 03.dez. Em 2021: 15.jan, 04.fev, 11.mar, 27.abr, 05.mai, 03.jun, 10.jun, 18.jun, 27.set, 30.set, 07.out. Em 2022: 13.ago.

Tema: Coronavírus. Origem: Entrevista

13.ago.2022

“Você não vê, você vê jogador de futebol falecendo de covid? Você não vê.”

Para se defender de ter dito que a Covid-19 seria apenas uma "gripezinha", Bolsonaro argumenta que se referia a pessoas "com histórico de atleta" e, para exemplificar, cita que nenhum jogador de futebol teria morrido de Covid-19. Mas isso é FALSO. Há relatos de mortes de jogadores e outros atletas ativos, como o jogador Deibert Román Guzmán, que jogava no Clube Universitário de Beni, na Bolívia, e que morreu em decorrência da infecção em maio de 2020. Outro exemplo é Marco Tampwo, do Atlético Fiuggi, da Itália, que faleceu em agosto de 2021 aos 19 anos. Também há relatos de mortes entre atletas do futebol americano, jiu-jitsu, ginástica, decatlo entre outros esportes.

FONTE ORIGEM

Tema: Coronavírus. Origem: Entrevista

13.ago.2022

“Eu acho que foi de Nova York a conclusão de que o maior percentual de contaminados foram dentro de casa, não foi na rua. ”

Bolsonaro distorce informações de uma apresentação feita em 6 de maio de 2020 pelo então governador de Nova York, Andrew Cuomo. Na ocasião, Cuomo afirmou que 84% de um grupo de 1.289 recém-internados em hospitais do estado declararam que, antes de contraírem a Covid-19, evitavam sair de casa cotidianamente. O dado, contudo, não indica onde essas infecções aconteceram. Além disso, o governador não usou os números da apresentação para negar a eficácia do distanciamento social no estado, mas para reforçar a orientação de que mesmo quem estava em isolamento deveria se precaver.

FONTE ORIGEM

REPETIDA 11 VEZES. Em 2020: 19.mai, 22.mai, 02.jun, 16.jul, 13.ago, 26.nov. Em 2021: 22.mar. Em 2022: 08.ago, 13.ago, 22.ago.

Tema: Coronavírus. Origem: Entrevista

Topo

Usamos cookies e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade. Ao continuar navegando, você concordará com estas condições.