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Em 1.459 dias como presidente, Bolsonaro deu 6.685 declarações falsas ou distorcidas

Esta base agrega todas as declarações de Bolsonaro feitas a partir do dia de sua posse como presidente. As checagens são feitas pela equipe do Aos Fatos semanalmente.

Atualizado em 30 de Dezembro, 2022


Número de afirmações sobre




As três afirmações mais repetidas

REPETIDA 249 VEZES

Em 2019: 15.dez, 23.dez, 24.dez, 26.dez. Em 2020: 10.jan, 06.fev, 20.fev, 03.mar, 09.mar, 16.mar, 20.mar, 22.abr, 28.abr, 05.mai, 22.mai, 28.mai, 26.jul, 30.jul, 02.ago, 13.ago, 07.out, 08.out, 11.out, 15.out, 22.out, 29.out, 09.nov, 25.nov, 29.nov, 08.dez, 10.dez, 15.dez, 19.dez, 24.dez, 31.dez. Em 2021: 07.jan, 11.jan, 12.jan, 15.jan, 18.jan, 08.fev, 11.fev, 20.fev, 04.mar, 07.abr, 27.abr, 05.mai, 08.mai, 11.mai, 13.mai, 10.jun, 15.jun, 18.jun, 21.jun, 24.jun, 25.jun, 07.jul, 12.jul, 13.jul, 18.jul, 19.jul, 21.jul, 22.jul, 26.jul, 27.jul, 29.jul, 31.jul, 02.ago, 04.ago, 05.ago, 06.ago, 17.ago, 19.ago, 23.ago, 24.ago, 25.ago, 28.ago, 30.ago, 31.ago, 09.set, 10.set, 15.set, 17.set, 21.set, 23.set, 24.set, 30.set, 09.out, 13.out, 14.out, 18.out, 20.out, 21.out, 24.out, 25.out, 27.out, 07.nov, 09.nov, 10.nov, 19.nov, 22.nov, 23.nov, 25.nov, 26.nov, 02.dez, 07.dez, 09.dez, 10.dez, 15.dez, 19.dez, 27.dez, 30.dez, 31.dez. Em 2022: 06.jan, 12.jan, 20.jan, 31.jan, 02.fev, 07.fev, 09.fev, 10.fev, 11.fev, 12.fev, 16.fev, 18.fev, 21.fev, 23.fev, 24.fev, 25.fev, 28.fev, 04.mar, 07.mar, 16.mar, 21.mar, 22.mar, 23.mar, 27.mar, 04.abr, 08.abr, 11.abr, 12.abr, 15.abr, 05.mai, 12.mai, 30.mai, 02.jun, 08.jun, 15.jun, 18.jun, 24.jun, 09.jul, 23.jul, 24.jul, 27.jul, 30.jul, 22.ago, 24.ago, 03.set, 06.set, 07.set, 11.set, 13.set, 14.set, 16.set, 17.set, 20.set, 24.set, 29.set, 04.out, 12.out, 14.out, 21.out, 23.out, 26.out, 27.out, 28.out.

“Qual a corrupção no meu governo? Não tem, tem acusações vagas, levianas.”

Integrantes e ex-integrantes do governo Bolsonaro são alvos de investigações e denúncias de corrupção e outros delitos ligados à administração pública. Em junho de 2022, a PF (Polícia Federal) prendeu preventivamente o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro por suposto envolvimento em um esquema de liberação de verbas na pasta. Ele é investigado por prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência e foi liberado por habeas corpus. Atuais e antigos integrantes do governo também são investigados pela PF ou pelo Ministério Público por suspeita de corrupção, como o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP); Ricardo Salles (PL), ex-titular do Meio Ambiente; o deputado federal Marcelo Álvaro Antônio (PL), que comandou o Turismo; e Fabio Wajngarten, que chefiou a Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social). Além disso, relatório de junho deste ano da Americas Society/Council of the Americas afirma que as tentativas do presidente de controlar órgãos de investigação e os cortes orçamentários de agências independentes seriam sinais de recuo no combate à corrupção no Brasil.

REPETIDA 139 VEZES

Em 2020: 09.abr, 11.abr, 16.abr, 18.abr, 29.abr, 30.abr, 02.mai, 07.mai, 14.mai, 19.mai, 20.mai, 21.mai, 22.mai, 26.mai, 28.mai, 02.jun, 03.jun, 04.jun, 08.jun, 09.jun, 11.jun, 15.jun, 18.jun, 19.jun, 25.jun, 07.jul, 09.jul, 16.jul, 18.jul, 06.ago, 13.ago, 24.ago, 25.ago, 03.set, 16.set, 22.set, 24.set, 09.out, 19.out, 09.nov, 10.dez, 19.dez, 24.dez, 31.dez. Em 2021: 07.jan, 14.jan, 15.jan, 21.jan, 04.fev, 02.mar, 03.mar, 04.mar, 10.mar, 21.jul, 22.jul, 28.jul, 29.jul, 02.ago, 04.ago, 05.set, 15.set, 27.set, 09.out, 14.out, 31.out, 23.nov, 25.nov, 26.nov, 02.dez, 07.dez, 08.dez, 11.dez, 19.dez. Em 2022: 12.jan, 14.jan, 31.jan, 02.fev, 08.fev, 09.fev, 11.fev, 25.fev, 17.mar, 21.mar, 12.abr, 28.abr, 13.mai, 16.mai, 19.mai, 29.jun, 05.jul, 20.jul, 24.jul, 30.jul, 08.ago, 03.set.

“Eu fui desautorizado pelo Supremo Tribunal Federal [durante a pandemia de Covid-19].”

O STF (Supremo Tribunal Federal) não retirou do Executivo o poder de conduzir ações para controlar a pandemia da Covid-19 no Brasil, como afirma Bolsonaro. A corte entendeu, na verdade, que a União não poderia invadir as competências de municípios, de estados e do Distrito Federal. O presidente não poderia, por exemplo, derrubar medidas de isolamento social colocadas em práticas por prefeitos, mas a União não foi impedida de conduzir outras medidas de combate à Covid-19. “O plenário decidiu, no início da pandemia, em 2020, que União, estados, Distrito Federal e municípios têm competência concorrente na área da saúde pública para realizar ações de mitigação dos impactos do novo coronavírus. Esse entendimento foi reafirmado pelos ministros do STF em diversas ocasiões. Ou seja, conforme as decisões, é responsabilidade de todos os entes da federação adotarem medidas em benefício da população brasileira no que se refere à pandemia”, afirmou a corte em janeiro de 2021. Em entrevista ao Aos Fatos, Cecilia Mello, especialista em direito administrativo e ex-desembargadora do TRF3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região), explicou que o STF não excluiu a responsabilidade ou a atuação da União no enfrentamento da Covid-19: “Não houve qualquer suspensão de vigência da lei quanto às competências do presidente e dos órgãos federais para o combate à crise, tampouco foram eles eximidos de seus deveres e atribuições.”

REPETIDA 115 VEZES

Em 2020: 10.set, 16.set, 22.set, 08.out, 11.out, 14.out, 19.out, 27.out, 11.nov, 16.nov, 17.nov, 27.nov, 15.dez, 24.dez. Em 2021: 14.jan, 15.jan, 27.jan, 28.jan, 03.fev, 04.fev, 05.fev, 08.fev, 11.fev, 12.fev, 19.fev, 20.fev, 22.fev, 23.fev, 26.fev, 03.mar, 04.mar, 10.mar, 18.mar, 22.mar, 23.mar, 25.mar, 31.mar, 01.abr, 05.abr, 07.abr, 15.abr, 23.abr, 26.abr, 20.mai, 23.mai, 01.jun, 02.jun, 10.jun, 12.jun, 18.jun, 25.jun, 26.jun, 28.jun, 19.jul, 20.jul, 21.jul, 29.jul, 30.jul, 31.jul, 06.ago, 12.ago, 17.ago, 23.ago, 25.ago, 26.ago, 28.ago, 30.ago, 02.set, 10.set, 21.set, 29.set, 30.set, 07.out, 14.out, 21.out, 26.out, 27.out, 07.nov, 11.nov, 25.nov, 02.dez, 07.dez, 09.dez, 17.dez, 27.dez. Em 2022: 02.fev, 28.fev, 07.mar, 12.mar, 08.abr, 11.abr, 12.abr, 16.abr, 28.abr, 05.mai, 12.mai, 13.mai, 17.mai, 01.jul, 24.jul, 02.ago, 05.ago, 03.set, 23.set.

“Eu sempre falei que você deve combater sim o vírus, mas também combater o desemprego em nosso país.”

De fato, Bolsonaro tem destacado desde o início da pandemia, em março de 2020, que haveria dois problemas para o Brasil, um de saúde pública e um econômico, e que os dois deveriam ser tratados simultaneamente. Em levantamento feito nas redes e nas falas do presidente, o Aos Fatos identificou o início de declarações do tipo no dia 15 de março de 2020, data de uma entrevista à CNN Brasil. O presidente, porém, nunca tratou as duas questões com o mesmo peso, já que, desde o início do surto de Covid-19 no Brasil, tem minimizado os efeitos da doença e criticado suas principais formas de prevenção. Em diversas entrevistas e declarações públicas, Bolsonaro relacionou a doença a uma “gripezinha” e chegou a dizer em discurso que o isolamento social seria “conversinha mole” e que as medidas de restrição de circulação seriam para “os fracos”. O presidente também ataca reiteradamente as vacinas, que afirma serem experimentais e não terem comprovação científica. Por todos esses motivos, sua declaração é falsa.

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20.mar.2020

“Primeiro, eu não convoquei nada para o dia 15. Era um movimento espontâneo.”

Ao ser questionado sobre o possível impacto dos atos pró-governo do dia 15 de março na difusão do novo coronavírus, Bolsonaro voltou a dizer que não convocou as manifestações. No entanto, em ao menos três momentos ele convidou a população para os protestos. No fim de fevereiro, a jornalista do jornal O Estado de S. Paulo e BR Político, Vera Magalhães, noticiou que o celular pessoal do presidente foi usado para enviar a aliados mensagens de mensagens de apoio aos atos do dia 15. Em um dos vídeos, lê-se “15 de março. Gen Heleno/Cap Bolsonaro. O Brasil é nosso, não dos políticos de sempre”.Depois de negar a convocação e atacar a jornalista publicamente, Bolsonaro incentivou publicamente a participação nos atos. No dia 7 de março, em discurso em Boa Vista (RR), o presidente disse: "Dia 15 agora tem um movimento de rua espontâneo, um movimento espontâneo. (...) Então participem, não é um movimento contra o Congresso, contra o Judiciário, é um movimento pró-Brasil". No dia 10 de março, a Secom (Secretaria Especial de Comunicação da Presidência da República) também divulgou as manifestações no Twitter.

FONTE ORIGEM

REPETIDA 9 VEZES. Em 2020: 11.mar, 15.mar, 16.mar, 18.mar, 20.mar.

Tema: Coronavírus. Origem: Entrevista

20.mar.2020

“Eu não participei, não convoquei (...)”

Bolsonaro volta dizer que não fez convocações para os atos pró-governo que ocorreram no dia 15 de março mesmo com a recomendação das autoridades de saúde de evitar aglomerações diante da pandemia do novo coronavírus. No entanto, em ao menos três momentos ele convidou a população para os protestos. No fim de fevereiro, a jornalista do jornal O Estado de S. Paulo e BR Político, Vera Magalhães, noticiou que o celular pessoal do presidente foi usado para enviar a aliados mensagens de mensagens de apoio aos atos do dia 15. Em um dos vídeos, lê-se “15 de março. Gen Heleno/Cap Bolsonaro. O Brasil é nosso, não dos políticos de sempre”. Depois de negar a convocação e atacar a jornalista publicamente, Bolsonaro incentivou publicamente a participação nos atos. No dia 7 de março, em discurso em Boa Vista (RR), o presidente disse: "Dia 15 agora tem um movimento de rua espontâneo, um movimento espontâneo. (...) Então participem, não é um movimento contra o Congresso, contra o Judiciário, é um movimento pró-Brasil". No dia 10 de março, a Secom (Secretaria Especial de Comunicação da Presidência da República) também divulgou as manifestações no Twitter. No dia dos atos, o presidente apareceu à porta do Palácio do Planalto para cumprimentar apoiadores e publicou fotos e vídeos dos protestos pelo país.

FONTE ORIGEM

REPETIDA 9 VEZES. Em 2020: 11.mar, 15.mar, 16.mar, 18.mar, 20.mar.

Tema: Coronavírus. Origem: Entrevista

20.mar.2020

“Então, eu não contaminei ninguém. Poderia até ser contaminado por alguém.”

Aqui, Bolsonaro nega que tenha posto em risco a saúde de manifestantes pró-governo ao cumprimentá-los em frente ao Palácio do Planalto no último domingo (15). Na ocasião, o presidente já havia recebido o resultado negativo de um exame para o novo coronavírus, mas ainda não havia sido submetido ao segundo teste, recomendado pela equipe de saúde para confirmar a ausência de infecção. Ou seja, havia, sim, algum risco de que estivesse infectado e, por isso, sua declaração foi considerada IMPRECISA. O presidente foi submetido a esses testes depois que voltou de uma viagem aos Estados Unidos. Até aquele domingo, quando teve contato com manifestantes, 11 pessoas que integravam sua comitiva já haviam recebido o resultado positivo para a Covid-19, inclusive o chefe da Secom (Secretaria Especial de Comunicação da Social), Fabio Wajngarten. Mesmo que não apresentasse sintomas, era possível que Bolsonaro estivesse com a infecção e pudesse transmiti-la. De acordo com o CDC (órgão de controle e prevenção de doenças dos EUA), há casos relatados de pessoas que disseminaram o vírus enquanto ainda estavam assintomáticas.

FONTE ORIGEM

REPETIDA 2 VEZES. Em 2020: 18.mar, 20.mar.

Tema: Coronavírus. Origem: Entrevista

20.mar.2020

“A Itália tá entrando praticamente na descendente.”

Não é verdade que a curva de infecções de Covid-19 na Itália esteja entrando em descendência, como afirma Bolsonaro. De acordo com dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), o país registrou apenas no dia 20 de março cerca de 6.000 novos casos e 627 mortes. Os números do dia anterior, apesar de um pouco menores, são também bastante expressivos: foram 5.300 casos. O pico da infecção, no entanto, se deu no dia 17 de março, quando foram registrados 7.700 novos casos no país e 345 mortes.

FONTE ORIGEM

Tema: Coronavírus. Origem: Entrevista

20.mar.2020

“Dois dias antes [da manifestação], tinha dado uma prova negativa do meu sintoma. ”

Apesar de Bolsonaro ter informado que seus dois testes de Covid-19 teriam dado resultados negativos, o presidente não havia apresentado, na época da declaração, nenhum resultado laboratorial para provar tal afirmação. Como a informação não poderia ser confirmada por outro meio, a declaração foi classificada como INSUSTENTÁVEL.

FONTE ORIGEM

REPETIDA 6 VEZES. Em 2020: 17.mar, 18.mar, 20.mar, 27.mar.

Tema: Coronavírus, Família Bolsonaro. Origem: Entrevista

19.mar.2020

“Mais da metade [da população] adquire o vírus e nem fica sabendo.”

Ainda não há dados conclusivos sobre qual a proporção de casos assintomáticos entre os infectados pelo novo coronavírus, por isso a declaração foi classificada como INSUSTENTÁVEL. Uma reportagem do jornal South China Morning Post publicada no dia 22 de março afirmou que, de acordo com informações confidenciais das autoridades chinesas, até 30% dos infectados pelo vírus no país pode não ter apresentado sintomas. Epidemiologistas do Japão chegaram a uma porcentagem parecida de casos sem sintomas (30,8%) ao analisar dados de cidadãos japoneses evacuados da China no começo da pandemia. Já um artigo de pesquisadores chineses (ainda não revisado por outros acadêmicos) estima que 59% dos casos de Wuhan, cidade onde a pandemia começou, podem não ter sido detectados. Esse número "potencialmente inclui casos assintomáticos ou com sintomas leves", escrevem. Um número maior apareceu em um trabalho de pesquisadores dos EUA, Reino Unido e China: analisando casos de 10 a 23 de janeiro na China, eles estimam que 86% dos infectados não tenham sido detectados. Isso, porém, não significa necessariamente que todos esses casos eram assintomáticos – pode indicar, por exemplo, a escassez de testes para a doença na época, como escrevem os próprios cientistas.

FONTE ORIGEM

REPETIDA 9 VEZES. Em 2020: 19.mar, 20.mar, 21.mar, 24.mar, 26.mar, 01.abr, 14.dez.

Tema: Coronavírus. Origem: Live

19.mar.2020

“Dessa outra metade que sobra, mais de 80% deve manter algum tipo de sintomas, e apenas um percentual menor de 5%, que pega os mais idosos, que vai pegar um problema mais grave.”

Segundo estudo realizado na China e publicado no dia 17 de fevereiro, 1% das pessoas apresentavam apenas sintomas leves da doença, 14% desenvolveram quadros graves e 5%, quadros críticos. Não há, no entanto, indicação de que apenas idosos apresentem quadros graves da doença. Por mais que Bolsonaro não indique se esse estudo seria a fonte dos dados apresentados, a classificação foi considerada IMPRECISA porque ele diz que apenas idosos desenvolvem quadros graves da Covid-19. Até o momento, inclusive, já foram registradas mortes de pessoas jovens por causa da Covid-19 e, segundo o CDC (Center for Disease Control, órgão do governo americano), até meados de março, 38% dos pacientes hospitalizados eram pessoas de 20 a 54 anos.

FONTE ORIGEM

Tema: Coronavírus. Origem: Live

19.mar.2020

“Os Estado Unidos liberou remédio com potencial para tratar do coronavírus.”

Bolsonaro se refere ao anúncio de Trump feito no mesmo dia sobre o uso da hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19. A fala do presidente brasileiro, no entanto, é IMPRECISA, porque não leva em consideração que o medicamento foi aprovado apenas para tratamento experimental, e não totalmente liberado para uso uso. Trump disse que pediu à FDA (Food and Drug Administration, agência de vigilância sanitária americana) que elimine barreiras para dar à população acesso a drogas que possam tratar a infecção pelo novo coronavírus, dentre elas a hidroxicloroquina. O diretor da FDA, Stephen Hahn, disse nesta sexta-feira (20) que a agência tem se empenhado em descobrir, “em meio ao mar de novos tratamentos”, o medicamento correto na dosagem correta para eliminar o vírus. Sobre a hidroxicloroquina, afirmou que "é uma droga que o presidente pediu que observássemos mais de perto para determinar se realmente pode beneficiar pacientes. E, outra vez, queremos fazer isso com o uso de testes clínicos, grandes e pragmáticos testes clínicos para realmente conseguir essa informação”. Em comunicado oficial divulgado sobre o assunto, a FDA informou que os estudos ainda estão “em andamento para determinar a eficácia do uso de cloroquina no tratamento do Covid-19”. O órgão norte-americano também ressaltou que ainda é preciso determinar se o medicamento pode ser usado para tratar pacientes com Covid-19 leve a moderado e entender como ele atua na redução da disseminação viral, o que pode ajudar a impedir a propagação da doença.

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REPETIDA 2 VEZES. Em 2020: 19.mar, 25.mar.

Tema: Coronavírus. Origem: Live

19.mar.2020

“Alguns [estados] fechando supermercados”

Aos Fatos não encontrou nenhum registro de estado brasileiro que tenha decidido fechar supermercados por causa da pandemia do novo coronavírus, como disse Bolsonaro, e portanto a declaração foi considerada FALSA. Até o momento da declaração do presidente, os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Goiás, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Pernambuco tinham decretado algum tipo de quarentena, mas nenhum deles proibiu o funcionamento de supermercados. RJ e SC, inclusive reiteram que "estabelecimentos voltados ao abastecimento alimentar da população" são considerados atividades essenciais e, portanto, não podem ser paralisados.

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Tema: Coronavírus. Origem: Live

18.mar.2020

“No tocante à Justiça, além de outras medidas [contra o coronavírus] por parte do Ministro Sergio Moro: fechamento de fronteiras, em especial aquela que nos traz uma grande preocupação, que é a da Venezuela.”

O anúncio de que o governo pretende fechar a fronteira com a Venezuela contradiz e corrige uma declaração do próprio presidente que, no dia 16 de março, afirmou que medidas do tipo são proibidas pela legislação brasileira –o que não é verdade. A lei nº 13.445/2017, conhecida como Lei da Migração, é regulamentada pelo decreto 9.199/2017, que prevê que restrições de movimento sejam impostas por questões sanitárias. Segundo o parágrafo 1º do artigo 164 do decreto, “ato do Ministro de Estado da Saúde disporá sobre as medidas sanitárias necessárias para entrada no País, quando couber”. Já o artigo 171 do texto determina as possíveis motivações que podem levar ao impedimento do ingresso no país. Uma delas é que a pessoa “que não atenda às recomendações temporárias ou permanentes de emergências em saúde pública de importância nacional definidas pelo Ministério da Saúde” poderá ter sua entrada no Brasil revogada. Advogado especialista em direito internacional da Peixoto & Cury, Saulo Stefanone Alle explicou ao Aos Fatos que questões de saúde pública justificam medidas restritivas de liberdade. Ele também apontou que, além da Lei de Migração e do decreto, o Brasil ainda é signatário do RSI (Regulamento Sanitário Internacional) da OMS (Organização Mundial da Saúde). O texto prevê o fechamento de fronteiras em situações de emergência. "E esse regulamento internacional [ao qual o Brasil se compromete] estabelece que em situações críticas como essa, por razões técnicas fundadas, é possível adotar medidas de restrição de liberdade e circulação de pessoas", explica o advogado.

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Tema: Coronavírus, Justiça. Origem: Entrevista

18.mar.2020

“Quando foi domingo, aqui, na rampa desse prédio, não fui à rua, eu não estava infectado.”

Apesar de Bolsonaro ter informado que seus dois testes de Covid-19 teriam dado resultados negativos, o presidente não apresentou nenhum resultado laboratorial para provar tal afirmação. Como a informação não tem como ser confirmada por outro meio, a declaração foi classificada como INSUSTENTÁVEL.

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REPETIDA 6 VEZES. Em 2020: 17.mar, 18.mar, 20.mar, 27.mar.

Tema: Coronavírus. Origem: Entrevista

18.mar.2020

“(...) eu não fui ao encontro de movimento nenhum, muito pelo contrário, me orgulho: o movimento que veio ao meu encontro.”

Diferentemente do que afirmou Bolsonaro, no dia 15 de março, ele contrariou orientações do Ministério da Saúde de evitar aglomerações em meio à pandemia do coronavírus e foi ao encontro de apoiadores que faziam uma manifestação pró-governo. Naquele dia, o presidente deixou o Palácio da Alvorada e foi de carro oficial até o local onde estavam ocorrendo as manifestações. Em seguida, os apoiadores seguiram o presidente até o Palácio do Planalto. Bolsonaro, então, subiu a rampa do Planalto, iniciou uma transmissão ao vivo e foi ao encontro dos manifestantes. Em 50 minutos de vídeo, é possível ver que Bolsonaro cumprimentou 140 pessoas, manuseou ao menos 128 celulares, trocou ao menos quatro objetos com a plateia, entre eles um boné, e segurou na mão de apoiadores, segundo o levantamento do jornal O Estado de S. Paulo. A declaração, portanto, é FALSA.

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Tema: Coronavírus. Origem: Entrevista

18.mar.2020

“Eu a partir do momento em que não estou infectado, ao ter contato com quem quer que seja, não estou colocando em risco a saúde daquela pessoa.”

Aqui, Bolsonaro nega que tenha posto em risco a saúde de manifestantes pró-governo ao cumprimentá-los em frente ao Palácio do Planalto no último domingo (15). Na ocasião, o presidente já havia recebido o resultado negativo de um exame para o novo coronavírus, mas ainda não havia sido submetido ao segundo teste, recomendado pela equipe de saúde para confirmar a ausência de infecção. Ou seja, havia, sim, algum risco de que estivesse infectado e, por isso, sua declaração foi considerada imprecisa. O presidente foi submetido a esses testes depois que voltou de uma viagem aos Estados Unidos. Até aquele domingo, quando teve contato com manifestantes, 11 pessoas que integravam sua comitiva já haviam recebido o resultado positivo para a Covid-19, inclusive o chefe da Secom (Secretaria Especial de Comunicação da Social), Fabio Wajngarten. Mesmo que não apresentasse sintomas, era possível que Bolsonaro estivesse com a infecção e pudesse transmiti-la. De acordo com o CDC (órgão de controle e prevenção de doenças dos EUA), há casos relatados de pessoas que disseminaram o vírus enquanto ainda estavam assintomáticas.

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REPETIDA 2 VEZES. Em 2020: 18.mar, 20.mar.

Tema: Coronavírus. Origem: Entrevista

18.mar.2020

“Não descumpro qualquer orientação sanitária por parte do senhor ministro da Saúde, a nossa autoridade máxima no momento sobre esse caso.”

A declaração é FALSA, porque Jair Bolsonaro descumpriu orientações sanitárias do Ministério da Saúde de evitar aglomerações em meio à pandemia do novo coronavírus. No domingo (15), ele cumprimentou manifestantes pró-governo na frente do Palácio do Planalto, o que vai contra a recomendação da pasta de que aglomerações sejam evitadas. Análise feita pelo jornal O Estado de S. Paulo aponta que ele teve contato direto com ao menos 272 pessoas em cerca de 58 minutos. O presidente também divulgou esses protestos em suas redes sociais.

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Tema: Coronavírus. Origem: Entrevista

18.mar.2020

“Hoje temos informações, por ser um clima mais tropical, estamos aí praticamente no final, ou já acabou aí, o verão, e o vírus não se propaga com essa velocidade em climas quentes como o nosso.”

Bolsonaro sugere que, por ser predominantemente tropical, o Brasil sofreria menos com a pandemia do novo coronavírus. Embora estudos preliminares de fato indiquem que o vírus pode demorar mais para se espalhar em ambientes mais quentes, ainda não há um consenso entre pesquisadores sobre essa questão. Por isso, a declaração do presidente foi considerada INSUSTENTÁVEL. Um estudo desenvolvido pela universidade chinesa Sun Yat-sen indicou que o Sars-Cov-2 é um vírus “altamente sensível à temperatura” e que tem menor probabilidade de disseminação em climas mais quentes. Isso, no entanto, não o impediria de se espalhar, apenas desaceleraria o processo. Em outro artigo, pesquisadores do MIT (Massachusetts Institute of Technology) também indicaram que comunidades localizadas em regiões com médias de temperatura mais altas tinham vantagem significativa no tempo de contaminação da população em comparação com outras que vivem em locais mais frios. Mas isso ainda não é um consenso entre especialistas. De acordo com Mike Ryan, diretor-executivo do programa de emergências em saúde da OMS, pode ser uma falsa esperança considerar que a Covid-19 desaparecerá com a mudança de temperatura, como ocorre todos os anos com a gripe sazonal. “Nós temos que assumir que o vírus continuará com a capacidade de se espalhar”. Também é importante ressaltar que os estudos se baseiam em uma quantidade limitada de dados e mostram, portanto, apenas resultados preliminares. Os artigos também não foram submetidos ao escrutínio de outros pesquisadores para a verificação das metodologias e das estratégias de análise de dados adotadas.

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REPETIDA 4 VEZES. Em 2020: 18.mar, 24.mar, 27.mar, 02.abr.

Tema: Coronavírus. Origem: Entrevista

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