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Em 1.459 dias como presidente, Bolsonaro deu 6.685 declarações falsas ou distorcidas

Esta base agrega todas as declarações de Bolsonaro feitas a partir do dia de sua posse como presidente. As checagens são feitas pela equipe do Aos Fatos semanalmente.

Atualizado em 30 de Dezembro, 2022


Número de afirmações sobre




As três afirmações mais repetidas

REPETIDA 249 VEZES

Em 2019: 15.dez, 23.dez, 24.dez, 26.dez. Em 2020: 10.jan, 06.fev, 20.fev, 03.mar, 09.mar, 16.mar, 20.mar, 22.abr, 28.abr, 05.mai, 22.mai, 28.mai, 26.jul, 30.jul, 02.ago, 13.ago, 07.out, 08.out, 11.out, 15.out, 22.out, 29.out, 09.nov, 25.nov, 29.nov, 08.dez, 10.dez, 15.dez, 19.dez, 24.dez, 31.dez. Em 2021: 07.jan, 11.jan, 12.jan, 15.jan, 18.jan, 08.fev, 11.fev, 20.fev, 04.mar, 07.abr, 27.abr, 05.mai, 08.mai, 11.mai, 13.mai, 10.jun, 15.jun, 18.jun, 21.jun, 24.jun, 25.jun, 07.jul, 12.jul, 13.jul, 18.jul, 19.jul, 21.jul, 22.jul, 26.jul, 27.jul, 29.jul, 31.jul, 02.ago, 04.ago, 05.ago, 06.ago, 17.ago, 19.ago, 23.ago, 24.ago, 25.ago, 28.ago, 30.ago, 31.ago, 09.set, 10.set, 15.set, 17.set, 21.set, 23.set, 24.set, 30.set, 09.out, 13.out, 14.out, 18.out, 20.out, 21.out, 24.out, 25.out, 27.out, 07.nov, 09.nov, 10.nov, 19.nov, 22.nov, 23.nov, 25.nov, 26.nov, 02.dez, 07.dez, 09.dez, 10.dez, 15.dez, 19.dez, 27.dez, 30.dez, 31.dez. Em 2022: 06.jan, 12.jan, 20.jan, 31.jan, 02.fev, 07.fev, 09.fev, 10.fev, 11.fev, 12.fev, 16.fev, 18.fev, 21.fev, 23.fev, 24.fev, 25.fev, 28.fev, 04.mar, 07.mar, 16.mar, 21.mar, 22.mar, 23.mar, 27.mar, 04.abr, 08.abr, 11.abr, 12.abr, 15.abr, 05.mai, 12.mai, 30.mai, 02.jun, 08.jun, 15.jun, 18.jun, 24.jun, 09.jul, 23.jul, 24.jul, 27.jul, 30.jul, 22.ago, 24.ago, 03.set, 06.set, 07.set, 11.set, 13.set, 14.set, 16.set, 17.set, 20.set, 24.set, 29.set, 04.out, 12.out, 14.out, 21.out, 23.out, 26.out, 27.out, 28.out.

“Qual a corrupção no meu governo? Não tem, tem acusações vagas, levianas.”

Integrantes e ex-integrantes do governo Bolsonaro são alvos de investigações e denúncias de corrupção e outros delitos ligados à administração pública. Em junho de 2022, a PF (Polícia Federal) prendeu preventivamente o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro por suposto envolvimento em um esquema de liberação de verbas na pasta. Ele é investigado por prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência e foi liberado por habeas corpus. Atuais e antigos integrantes do governo também são investigados pela PF ou pelo Ministério Público por suspeita de corrupção, como o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP); Ricardo Salles (PL), ex-titular do Meio Ambiente; o deputado federal Marcelo Álvaro Antônio (PL), que comandou o Turismo; e Fabio Wajngarten, que chefiou a Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social). Além disso, relatório de junho deste ano da Americas Society/Council of the Americas afirma que as tentativas do presidente de controlar órgãos de investigação e os cortes orçamentários de agências independentes seriam sinais de recuo no combate à corrupção no Brasil.

REPETIDA 139 VEZES

Em 2020: 09.abr, 11.abr, 16.abr, 18.abr, 29.abr, 30.abr, 02.mai, 07.mai, 14.mai, 19.mai, 20.mai, 21.mai, 22.mai, 26.mai, 28.mai, 02.jun, 03.jun, 04.jun, 08.jun, 09.jun, 11.jun, 15.jun, 18.jun, 19.jun, 25.jun, 07.jul, 09.jul, 16.jul, 18.jul, 06.ago, 13.ago, 24.ago, 25.ago, 03.set, 16.set, 22.set, 24.set, 09.out, 19.out, 09.nov, 10.dez, 19.dez, 24.dez, 31.dez. Em 2021: 07.jan, 14.jan, 15.jan, 21.jan, 04.fev, 02.mar, 03.mar, 04.mar, 10.mar, 21.jul, 22.jul, 28.jul, 29.jul, 02.ago, 04.ago, 05.set, 15.set, 27.set, 09.out, 14.out, 31.out, 23.nov, 25.nov, 26.nov, 02.dez, 07.dez, 08.dez, 11.dez, 19.dez. Em 2022: 12.jan, 14.jan, 31.jan, 02.fev, 08.fev, 09.fev, 11.fev, 25.fev, 17.mar, 21.mar, 12.abr, 28.abr, 13.mai, 16.mai, 19.mai, 29.jun, 05.jul, 20.jul, 24.jul, 30.jul, 08.ago, 03.set.

“Eu fui desautorizado pelo Supremo Tribunal Federal [durante a pandemia de Covid-19].”

O STF (Supremo Tribunal Federal) não retirou do Executivo o poder de conduzir ações para controlar a pandemia da Covid-19 no Brasil, como afirma Bolsonaro. A corte entendeu, na verdade, que a União não poderia invadir as competências de municípios, de estados e do Distrito Federal. O presidente não poderia, por exemplo, derrubar medidas de isolamento social colocadas em práticas por prefeitos, mas a União não foi impedida de conduzir outras medidas de combate à Covid-19. “O plenário decidiu, no início da pandemia, em 2020, que União, estados, Distrito Federal e municípios têm competência concorrente na área da saúde pública para realizar ações de mitigação dos impactos do novo coronavírus. Esse entendimento foi reafirmado pelos ministros do STF em diversas ocasiões. Ou seja, conforme as decisões, é responsabilidade de todos os entes da federação adotarem medidas em benefício da população brasileira no que se refere à pandemia”, afirmou a corte em janeiro de 2021. Em entrevista ao Aos Fatos, Cecilia Mello, especialista em direito administrativo e ex-desembargadora do TRF3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região), explicou que o STF não excluiu a responsabilidade ou a atuação da União no enfrentamento da Covid-19: “Não houve qualquer suspensão de vigência da lei quanto às competências do presidente e dos órgãos federais para o combate à crise, tampouco foram eles eximidos de seus deveres e atribuições.”

REPETIDA 115 VEZES

Em 2020: 10.set, 16.set, 22.set, 08.out, 11.out, 14.out, 19.out, 27.out, 11.nov, 16.nov, 17.nov, 27.nov, 15.dez, 24.dez. Em 2021: 14.jan, 15.jan, 27.jan, 28.jan, 03.fev, 04.fev, 05.fev, 08.fev, 11.fev, 12.fev, 19.fev, 20.fev, 22.fev, 23.fev, 26.fev, 03.mar, 04.mar, 10.mar, 18.mar, 22.mar, 23.mar, 25.mar, 31.mar, 01.abr, 05.abr, 07.abr, 15.abr, 23.abr, 26.abr, 20.mai, 23.mai, 01.jun, 02.jun, 10.jun, 12.jun, 18.jun, 25.jun, 26.jun, 28.jun, 19.jul, 20.jul, 21.jul, 29.jul, 30.jul, 31.jul, 06.ago, 12.ago, 17.ago, 23.ago, 25.ago, 26.ago, 28.ago, 30.ago, 02.set, 10.set, 21.set, 29.set, 30.set, 07.out, 14.out, 21.out, 26.out, 27.out, 07.nov, 11.nov, 25.nov, 02.dez, 07.dez, 09.dez, 17.dez, 27.dez. Em 2022: 02.fev, 28.fev, 07.mar, 12.mar, 08.abr, 11.abr, 12.abr, 16.abr, 28.abr, 05.mai, 12.mai, 13.mai, 17.mai, 01.jul, 24.jul, 02.ago, 05.ago, 03.set, 23.set.

“Eu sempre falei que você deve combater sim o vírus, mas também combater o desemprego em nosso país.”

De fato, Bolsonaro tem destacado desde o início da pandemia, em março de 2020, que haveria dois problemas para o Brasil, um de saúde pública e um econômico, e que os dois deveriam ser tratados simultaneamente. Em levantamento feito nas redes e nas falas do presidente, o Aos Fatos identificou o início de declarações do tipo no dia 15 de março de 2020, data de uma entrevista à CNN Brasil. O presidente, porém, nunca tratou as duas questões com o mesmo peso, já que, desde o início do surto de Covid-19 no Brasil, tem minimizado os efeitos da doença e criticado suas principais formas de prevenção. Em diversas entrevistas e declarações públicas, Bolsonaro relacionou a doença a uma “gripezinha” e chegou a dizer em discurso que o isolamento social seria “conversinha mole” e que as medidas de restrição de circulação seriam para “os fracos”. O presidente também ataca reiteradamente as vacinas, que afirma serem experimentais e não terem comprovação científica. Por todos esses motivos, sua declaração é falsa.

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31.mar.2020

“(...) auxílio mensal de R$ 600 aos trabalhadores informais e vulneráveis (...)”

O presidente citou o auxílio mensal de R$ 600 entre as medidas que determinou que fossem tomadas para proteger o emprego e a renda dos brasileiros em meio à pandemia do novo coronavírus. Embora o Congresso tenha aprovado o pagamento por três meses de um auxílio de R$ 600 a trabalhadores informais de baixa renda para mitigar os impactos causados pela Covid-19, é IMPRECISO afirmar que a concessão do benefício nesse valor tenha sido iniciativa do governo federal. O Ministério da Economia havia anunciado, no dia 18 de março, que a ajuda seria de apenas R$ 200. O valor só aumentou depois de negociações com o relator do Projeto de Lei sobre o assunto, Marcelo Aro (PP-MG), e com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que defenderam publicamente o pagamento de R$ 500 por mês. O texto foi aprovado pelo Senado na segunda-feira (30) e ainda aguarda sanção do presidente Jair Bolsonaro para entrar em vigor.

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REPETIDA 6 VEZES. Em 2020: 26.mar, 31.mar, 17.abr, 19.mai, 28.mai, 22.jun.

Tema: Coronavírus, Direitos e Assistência Social. Origem: Discurso

31.mar.2020

“(...) entrada de mais 1,2 milhão no programa Bolsa Família (...)”

Segundo o presidente a entrada das famílias no Bolsa Família está entre as medidas que determinou que fossem tomadas para proteger a renda dos brasileiros em meio à pandemia do novo coronavírus. O governo federal editou em 25 de março a Medida Provisória 929, que libera mais de R$ 3,04 bilhões para a inclusão de novos beneficiários no Bolsa Família. Segundo o Ministério da Cidadania, o valor permite a inclusão de 1,2 milhão de novas famílias no programa, mas a pasta ainda não divulgou o número de beneficiários incluídos em março, o último dado disponível é de fevereiro. Como não é possível afirmar com base em dados públicos se houve aumento no número de famílias atendidas, a declaração foi considerada INSUSTENTÁVEL. Outra informação importante é que em fevereiro, segundo informações obtidas pelo jornal "O Estado de S. Paulo" por meio da Lei de Acesso à Informação, havia 1,5 milhão de famílias que aguardavam ser incluídas no Bolsa Família. Segundo dados do Ministério da Cidadania, entre janeiro e fevereiro houve uma redução no número de beneficiários.

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Tema: Coronavírus, Direitos e Assistência Social. Origem: Discurso

31.mar.2020

“(...) adiamos o pagamento de dívidas dos estados e municípios (...)”

O presidente se referia a medidas que determinou que fossem tomadas para proteger o emprego e a renda dos brasileiros em meio à pandemia do novo coronavírus. Mas a declaração é FALSA, pois o adiamento do pagamento das dívidas de estados e municípios ainda não foi implementado. O governo ainda negocia a inclusão da medida no chamado Plano Mansueto (PLP 149/2019), que trata da recuperação fiscal de estados endividados. Em postagens no Twitter em 23 de março, o presidente informou que pretendia suspender o pagamento de R$ 12,6 bilhões de dívidas dos estados com a União, mas até o momento isso não ocorreu. A suspensão já foi obtida pelo estado de São Paulo por decisão do Supremo Tribunal Federal.

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Tema: Coronavírus. Origem: Discurso

31.mar.2020

“O vírus é uma realidade, ainda não existe vacina contra ele ou remédio com eficiência cientificamente comprovada, apesar da hidroxicloroquina parecer bastante eficaz.”

De fato, não existe vacina ou medicamento com eficiência comprovada contra o novo coronavírus. No entanto, a declaração foi classificada como CONTRADITÓRIA porque Bolsonaro tem afirmado que medicamentos à base cloroquina são eficazes para o tratamento da Covid-19, mesmo que ainda não haja evidências científicas sobre os benefícios da substância. No último domingo (29), por exemplo, durante uma volta que deu por Brasília e cidades-satélites, o presidente disse que a cloroquina "está dando certo em tudo que é lugar". Essa declaração motivou a remoção de um vídeo no Twitter, no Facebook e no Instagram por conter informações que vão contra as recomendações das autoridades mundiais de saúde. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) já esclareceu, entretanto, que “apesar de promissores, não existem estudos conclusivos que comprovem o uso desses medicamentos para o tratamento da Covid-19”. O Ministério da Saúde autorizou no dia 27 de março o uso do medicamento para tratamentos de até cinco dias somente para pacientes hospitalizados com quadro grave da doença decorrente do novo coronavírus.

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REPETIDA 3 VEZES. Em 2020: 31.mar, 02.abr, 27.ago.

Tema: Coronavírus. Origem: Discurso

31.mar.2020

“Desde fevereiro determinei o emprego das Forças Armadas no combate ao coronavírus. O Ministério da Defesa realizou o resgate de brasileiros na China.”

Antes de anunciar a repatriação no dia 2 daquele mês, o presidente havia se posicionado contra a operação. Em entrevista na porta do Palácio do Planalto no dia 31 de janeiro, Bolsonaro afirmou que o custo de um voo para o país asiático seria muito caro e que a operação colocaria a vida dos brasileiros em risco. “Se lá [na China] temos algumas dezenas de vidas, aqui temos 210 milhões de brasileiros”, disse na ocasião. O presidente só mudou de ideia após os brasileiros isolados gravarem um vídeo lendo uma carta endereçada ao governo Bolsonaro.

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REPETIDA 3 VEZES. Em 2020: 24.mar, 31.mar. Em 2021: 07.abr.

Tema: Coronavírus, Defesa. Origem: Discurso

31.mar.2020

“Com este mesmo espírito agradeço e reafirmo a importância da colaboração e a necessária união de todos num grande pacto pela preservação da vida e dos empregos: Parlamento, Judiciário, governadores, prefeitos e sociedade civil.”

A declaração de que é necessária a união das diferentes esferas do Executivo é CONTRADITÓRIA porque Bolsonaro atacou os governadores em várias oportunidades desde que a pandemia da Covid-19 começou. Em live no dia 19 de março, ele classificou como exageradas as medidas de isolamento social adotadas por alguns estados. No dia seguinte, repetiu a crítica: "Tem certos governadores que estão tomando medidas extremas. Não compete a eles fechar aeroporto, fechar rodovias. Não compete a eles fechar shopping, feiras dos nordestinos no Rio de Janeiro. O comércio para, o pessoal não tem o que comer". Em 21 de março, disse que os estados estavam "extrapolando" e que o governador de SP, João Doria (PSDB), era um "lunático". No dia 24, o presidente defendeu o fim do isolamento social e a “volta da normalidade”, indo contra parte dos governadores. Por fim, em reunião com governadores do Sudeste em 25 de março, Bolsonaro voltou a criticar Doria, dizendo que o tucano “não tem altura para criticar o governo federal, que fez completamente diferente o que outros fizeram no passado. Vossa excelência não é exemplo para ninguém. Não aceito, em hipótese alguma, essas palavras levianas como se vossa excelência fosse o responsável por tudo que acontece de bom no Brasil”.

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REPETIDA 6 VEZES. Em 2020: 22.mar, 26.mar, 31.mar, 02.abr, 30.abr.

Tema: Coronavírus. Origem: Discurso

31.mar.2020

“O presidente da OMS falou que cada país é um caso, né, diferente. E ele, na África, reconhece que é um país muito pobre, aqui no Brasil também tem muitos bolsões de pobreza. E essa quarentena horizontal aí, pra todo mundo... *faz que não com a cabeça*”

Bolsonaro faz referência a um trecho de uma declaração do diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Ghebreyesus, para sustentar que o executivo teria defendido que trabalhadores informais precisam trabalhar e, por isso, as medidas de isolamento social adotadas por uma série de países para deter o novo coronavírus deveriam ser reavaliadas. Mas essa informação é FALSA Durante entrevista no dia 30 de março, Ghebreyesus alertou que os governos devem considerar os impactos sociais e econômicos do confinamento sobre a população mais pobre. Em nenhum momento, ele defendeu o fim ou o relaxamento dessas medidas, apenas ponderou a necessidade de cada país encontrar soluções para evitar que a população mais pobre fique desassistida durante a quarentena obrigatória.

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REPETIDA 16 VEZES. Em 2020: 31.mar, 01.abr, 02.abr, 08.abr, 16.abr, 22.mai, 05.jun, 09.jun. Em 2021: 11.set, 14.out. Em 2022: 22.ago.

Tema: Coronavírus. Origem: Entrevista

31.mar.2020

“O pessoal devia prestar atenção na OMS, né, e seguir realmente as orientações.”

A declaração foi considerada CONTRADITÓRIA, porque o presidente desrespeitou em várias ocasiões as orientações de isolamento e distanciamento social da OMS (Organização Mundial da Saúde). No dia 15 de março, por exemplo, durante ato pró-governo realizado em Brasília, Bolsonaro saiu à porta do Palácio do Planalto para cumprimentar apoiadores, mesmo com a recomendação de evitar aglomerações. Na ocasião, estima-se que tenha entrado em contato com cerca de 270 pessoas. O presidente também tem se encontrado regularmente com grupos de apoiadores que se aglutinam à porta do Planalto ou do Alvorada todos os dias. Suas declarações também vão contra as orientações de autoridades de saúde: o presidente é crítico ao isolamento horizontal, considerado a forma mais eficiente para evitar a disseminação do vírus, e defende o isolamento vertical, em que apenas indivíduos pertencentes ao grupo de risco — idosos e pessoas com problemas prévios de saúde — são isolados para evitar contaminação. O presidente defende, ainda, a retomada das atividades econômicas, com a reabertura de empresas, comércio e escolas, contrariando a orientação da OMS.

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Tema: Coronavírus. Origem: Entrevista

31.mar.2020

“Ele [diretor geral da OMS] tem razão na fala dele. Esse pessoal mais pobre, que vive da informalidade não pode ficar isolado num canto que vai morrer de fome.”

Bolsonaro faz referência a um trecho de uma declaração do diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Ghebreyesus, para sustentar que o executivo teria defendido que trabalhadores informais precisam trabalhar e, por isso, as medidas de isolamento social adotadas por uma série de países para deter o novo coronavírus deveriam ser reavaliadas. Mas essa informação é FALSA Durante entrevista no dia 30 de março, Ghebreyesus alertou que os governos devem considerar os impactos sociais e econômicos do confinamento sobre a população mais pobre. Em nenhum momento, ele defendeu o fim ou o relaxamento dessas medidas, apenas ponderou a necessidade de cada país encontrar soluções para evitar que a população mais pobre fique desassistida durante a quarentena obrigatória.

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REPETIDA 16 VEZES. Em 2020: 31.mar, 01.abr, 02.abr, 08.abr, 16.abr, 22.mai, 05.jun, 09.jun. Em 2021: 11.set, 14.out. Em 2022: 22.ago.

Tema: Coronavírus. Origem: Entrevista

30.mar.2020

“Tem remédio [para a Covid-19]? Comprovadamente, ainda não.”

De fato, não há medicamento com eficiência comprovada contra o novo coronavírus. No entanto, a declaração foi classificada como CONTRADITÓRIA porque Bolsonaro tem afirmado que remédios à base cloroquina são eficazes para o tratamento da Covid-19, mesmo que ainda não haja evidências científicas sobre os benefícios da substância. Um dia antes (29), por exemplo, ao falar sobre o composto, disse que "a hidroxicloroquina está dando certo em tudo quanto é lugar". Essa declaração motivou a remoção de um vídeo das contas oficiais do presidente no Twitter, no Facebook e no Instagram por conter informações que vão contra as recomendações das autoridades mundiais de saúde. No dia 26 de março, Bolsonaro também disse, em dois momentos diferentes, que a hidroxicloroquina estava apresentando resultados. Até o presente momento, a OMS (Organização Mundial da Saúde) não reconhece nenhum medicamento ou tratamento para a infecção, apenas para o alívio de seus sintomas.

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Tema: Coronavírus. Origem: Entrevista

30.mar.2020

“E, até o momento, no Brasil, abaixo de 30 anos [são] zero [mortes]. E, mesmo assim, essas pessoas têm doenças pré-existentes.”

A declaração foi considerada INSUSTENTÁVEL, já que a divisão de óbitos por faixa etária adotada pelo Ministério da Saúde apresenta no mesmo grupo pessoas de 20 a 39 anos, e não é possível encontrar dados desmembrados que confirmem que nenhum dos óbitos registrados foram de pessoas abaixo da idade apontada pelo presidente. No dia 30 de março, o Brasil havia registrado 159 mortos pela doença.

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REPETIDA 2 VEZES. Em 2020: 27.mar, 30.mar.

Tema: Coronavírus. Origem: Entrevista

30.mar.2020

“Quem tem abaixo de 10, é zero.”

Por mais que, de fato, seja muito raro, houve sim registros de mortes de crianças menores de 10 anos em decorrência da Covid-19. A Universidade de Coração do Norte, no Irã, no dia 24 de março, divulgou que uma criança de 6 anos morreu por causa da infecção. No dia 1º de abril, um bebê de apenas seis semanas também foi vítima da doença em Connecticut, nos Estados Unidos. Vale ressaltar que o diretor geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, em conferência no dia 20 de março, disse que os jovens não são imunes a doença: "Tenho uma mensagem para os jovens: vocês não são invencíveis, esse vírus pode colocá-los no hospital por semanas ou até matá-los. Mesmo que vocês não fiquem doentes, as escolhas que vocês fazem sobre onde vão podem ser a diferença entre a vida e a morte para outra pessoa".

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REPETIDA 3 VEZES. Em 2020: 30.mar, 01.abr, 08.abr.

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30.mar.2020

“Esse vírus ele causa malefícios? Sim. Mas outros nós tivemos há pouco tempo, como o H1N1, a questão de 10 anos atrás, que foi muito mais terrível e não trouxe esse pânico pra nós.”

A declaração de Bolsonaro é FALSA, porque a Covid-19 tem uma taxa de mortalidade mais alta do que a registrada pelo H1N1, de acordo com todos os estudos preliminares que vem sendo conduzidos. À época do surto de H1N1, em 2009, houve 300 mortos associados aos 77 mil primeiros casos, o que leva a uma taxa de mortalidade de 0,4%. Mais tarde, essa taxa se concretizou em números muito mais baixos, que variavam de 0,01% a 0,08%. No caso da Covid-19, esses números giram em torno de 1%. Usando dados da China, um grupo de pesquisadores da Universidade de Bern, na Suíça, estimou a fatalidade da nova doença em cerca de 1,6%. Também não é verdade que o surto da H1N1 foi mais terrível no Brasil que o do novo coronavírus: em 28 dias, a Covid-19 infectou 1.891 e matou 34 pessoas, enquanto, em período similar, a H1N1 havia infectado 627 pessoas e matado uma.

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Tema: Coronavírus, Saúde. Origem: Entrevista

30.mar.2020

“Eles estão muito mais protegidos na cadeia, porque nós proibimos as visitas íntimas, proibimos as visitas nos presídios.”

A declaração de Bolsonaro é FALSA, porque as péssimas condições de higiene e a superlotação dos presídios brasileiros não podem garantir a segurança dos presos diante da pandemia de Covid-19. De acordo com reportagem da Agência Pública, quatro em cada dez presídios brasileiros não possuem consultório médico, 48% não têm farmácia ou sala para estoque de medicamentos e 81% não têm sala de lavagem e descontaminação. A falta de acesso a atendimento, remédios e mesmo condições básicas de saúde faz com que sejam comuns em presídios doenças infecciosas como a tuberculose, por exemplo. Em entrevista à Agência Pública, Cátia Kim, advogada do Instituto Terra, Trabalho e Cidadania (ITTC), afirma que a proibição de visitas por si só não é eficaz no enfrentamento à doença, já que impede que os detentos tenham acesso a produtos de higiene. Em sua visão, o cumprimento do Habeas Corpus Coletivo 143.641, de 2018, que determina que presas com filhos devam ser levadas à prisão domiciliar, poderia ser mais eficaz do que a restrição, já que ajudaria a diminuir a população carcerária e o consequente problema da superlotação, o que diminuiria a chance de propagação da doença. “Além disso, o Estado deveria garantir que essas pessoas tenham acesso à água, produtos de higiene e limpeza, mesmo o álcool. Todo esse cenário acaba sendo mais propício para que a doença se alastre de forma devastadora”, afirma. Também é importante ressaltar que a proibição das visitas não elimina o risco de profissionais que atuam dentro dos presídios, como agentes carcerários, contraírem a infecção e a disseminarem entre os detentos. Isso se torna especialmente preocupante ao considerarmos que há uma proporção considerável de casos de pacientes com Covid-19 que são assintomáticos.

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Tema: Coronavírus. Origem: Entrevista

30.mar.2020

“O governador do Rio proibiu o transporte intermunicipal.”

Bolsonaro acerta ao afirmar que o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, proibiu o transporte intermunicipal durante 15 dias a partir do dia 19 de março, mas omite que a decisão vale apenas para a capital. As medidas de isolamento do Rio incluem a proibição de circulação de ônibus intermunicipais e a diminuição do funcionamento de de trens, barcas e metrô. Os ônibus intermunicipais serão redirecionados a estações de trem quando vierem de Niterói e São Gonçalo, na região metropolitana da capital. Ainda assim, nem todos devem ter acesso à cidade. Isso torna a declaração IMPRECISA.

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Tema: Coronavírus. Origem: Entrevista

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