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Em 1.459 dias como presidente, Bolsonaro deu 6.685 declarações falsas ou distorcidas

Esta base agrega todas as declarações de Bolsonaro feitas a partir do dia de sua posse como presidente. As checagens são feitas pela equipe do Aos Fatos semanalmente.

Atualizado em 30 de Dezembro, 2022


Número de afirmações sobre




As três afirmações mais repetidas

REPETIDA 249 VEZES

Em 2019: 15.dez, 23.dez, 24.dez, 26.dez. Em 2020: 10.jan, 06.fev, 20.fev, 03.mar, 09.mar, 16.mar, 20.mar, 22.abr, 28.abr, 05.mai, 22.mai, 28.mai, 26.jul, 30.jul, 02.ago, 13.ago, 07.out, 08.out, 11.out, 15.out, 22.out, 29.out, 09.nov, 25.nov, 29.nov, 08.dez, 10.dez, 15.dez, 19.dez, 24.dez, 31.dez. Em 2021: 07.jan, 11.jan, 12.jan, 15.jan, 18.jan, 08.fev, 11.fev, 20.fev, 04.mar, 07.abr, 27.abr, 05.mai, 08.mai, 11.mai, 13.mai, 10.jun, 15.jun, 18.jun, 21.jun, 24.jun, 25.jun, 07.jul, 12.jul, 13.jul, 18.jul, 19.jul, 21.jul, 22.jul, 26.jul, 27.jul, 29.jul, 31.jul, 02.ago, 04.ago, 05.ago, 06.ago, 17.ago, 19.ago, 23.ago, 24.ago, 25.ago, 28.ago, 30.ago, 31.ago, 09.set, 10.set, 15.set, 17.set, 21.set, 23.set, 24.set, 30.set, 09.out, 13.out, 14.out, 18.out, 20.out, 21.out, 24.out, 25.out, 27.out, 07.nov, 09.nov, 10.nov, 19.nov, 22.nov, 23.nov, 25.nov, 26.nov, 02.dez, 07.dez, 09.dez, 10.dez, 15.dez, 19.dez, 27.dez, 30.dez, 31.dez. Em 2022: 06.jan, 12.jan, 20.jan, 31.jan, 02.fev, 07.fev, 09.fev, 10.fev, 11.fev, 12.fev, 16.fev, 18.fev, 21.fev, 23.fev, 24.fev, 25.fev, 28.fev, 04.mar, 07.mar, 16.mar, 21.mar, 22.mar, 23.mar, 27.mar, 04.abr, 08.abr, 11.abr, 12.abr, 15.abr, 05.mai, 12.mai, 30.mai, 02.jun, 08.jun, 15.jun, 18.jun, 24.jun, 09.jul, 23.jul, 24.jul, 27.jul, 30.jul, 22.ago, 24.ago, 03.set, 06.set, 07.set, 11.set, 13.set, 14.set, 16.set, 17.set, 20.set, 24.set, 29.set, 04.out, 12.out, 14.out, 21.out, 23.out, 26.out, 27.out, 28.out.

“Qual a corrupção no meu governo? Não tem, tem acusações vagas, levianas.”

Integrantes e ex-integrantes do governo Bolsonaro são alvos de investigações e denúncias de corrupção e outros delitos ligados à administração pública. Em junho de 2022, a PF (Polícia Federal) prendeu preventivamente o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro por suposto envolvimento em um esquema de liberação de verbas na pasta. Ele é investigado por prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência e foi liberado por habeas corpus. Atuais e antigos integrantes do governo também são investigados pela PF ou pelo Ministério Público por suspeita de corrupção, como o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP); Ricardo Salles (PL), ex-titular do Meio Ambiente; o deputado federal Marcelo Álvaro Antônio (PL), que comandou o Turismo; e Fabio Wajngarten, que chefiou a Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social). Além disso, relatório de junho deste ano da Americas Society/Council of the Americas afirma que as tentativas do presidente de controlar órgãos de investigação e os cortes orçamentários de agências independentes seriam sinais de recuo no combate à corrupção no Brasil.

REPETIDA 139 VEZES

Em 2020: 09.abr, 11.abr, 16.abr, 18.abr, 29.abr, 30.abr, 02.mai, 07.mai, 14.mai, 19.mai, 20.mai, 21.mai, 22.mai, 26.mai, 28.mai, 02.jun, 03.jun, 04.jun, 08.jun, 09.jun, 11.jun, 15.jun, 18.jun, 19.jun, 25.jun, 07.jul, 09.jul, 16.jul, 18.jul, 06.ago, 13.ago, 24.ago, 25.ago, 03.set, 16.set, 22.set, 24.set, 09.out, 19.out, 09.nov, 10.dez, 19.dez, 24.dez, 31.dez. Em 2021: 07.jan, 14.jan, 15.jan, 21.jan, 04.fev, 02.mar, 03.mar, 04.mar, 10.mar, 21.jul, 22.jul, 28.jul, 29.jul, 02.ago, 04.ago, 05.set, 15.set, 27.set, 09.out, 14.out, 31.out, 23.nov, 25.nov, 26.nov, 02.dez, 07.dez, 08.dez, 11.dez, 19.dez. Em 2022: 12.jan, 14.jan, 31.jan, 02.fev, 08.fev, 09.fev, 11.fev, 25.fev, 17.mar, 21.mar, 12.abr, 28.abr, 13.mai, 16.mai, 19.mai, 29.jun, 05.jul, 20.jul, 24.jul, 30.jul, 08.ago, 03.set.

“Eu fui desautorizado pelo Supremo Tribunal Federal [durante a pandemia de Covid-19].”

O STF (Supremo Tribunal Federal) não retirou do Executivo o poder de conduzir ações para controlar a pandemia da Covid-19 no Brasil, como afirma Bolsonaro. A corte entendeu, na verdade, que a União não poderia invadir as competências de municípios, de estados e do Distrito Federal. O presidente não poderia, por exemplo, derrubar medidas de isolamento social colocadas em práticas por prefeitos, mas a União não foi impedida de conduzir outras medidas de combate à Covid-19. “O plenário decidiu, no início da pandemia, em 2020, que União, estados, Distrito Federal e municípios têm competência concorrente na área da saúde pública para realizar ações de mitigação dos impactos do novo coronavírus. Esse entendimento foi reafirmado pelos ministros do STF em diversas ocasiões. Ou seja, conforme as decisões, é responsabilidade de todos os entes da federação adotarem medidas em benefício da população brasileira no que se refere à pandemia”, afirmou a corte em janeiro de 2021. Em entrevista ao Aos Fatos, Cecilia Mello, especialista em direito administrativo e ex-desembargadora do TRF3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região), explicou que o STF não excluiu a responsabilidade ou a atuação da União no enfrentamento da Covid-19: “Não houve qualquer suspensão de vigência da lei quanto às competências do presidente e dos órgãos federais para o combate à crise, tampouco foram eles eximidos de seus deveres e atribuições.”

REPETIDA 115 VEZES

Em 2020: 10.set, 16.set, 22.set, 08.out, 11.out, 14.out, 19.out, 27.out, 11.nov, 16.nov, 17.nov, 27.nov, 15.dez, 24.dez. Em 2021: 14.jan, 15.jan, 27.jan, 28.jan, 03.fev, 04.fev, 05.fev, 08.fev, 11.fev, 12.fev, 19.fev, 20.fev, 22.fev, 23.fev, 26.fev, 03.mar, 04.mar, 10.mar, 18.mar, 22.mar, 23.mar, 25.mar, 31.mar, 01.abr, 05.abr, 07.abr, 15.abr, 23.abr, 26.abr, 20.mai, 23.mai, 01.jun, 02.jun, 10.jun, 12.jun, 18.jun, 25.jun, 26.jun, 28.jun, 19.jul, 20.jul, 21.jul, 29.jul, 30.jul, 31.jul, 06.ago, 12.ago, 17.ago, 23.ago, 25.ago, 26.ago, 28.ago, 30.ago, 02.set, 10.set, 21.set, 29.set, 30.set, 07.out, 14.out, 21.out, 26.out, 27.out, 07.nov, 11.nov, 25.nov, 02.dez, 07.dez, 09.dez, 17.dez, 27.dez. Em 2022: 02.fev, 28.fev, 07.mar, 12.mar, 08.abr, 11.abr, 12.abr, 16.abr, 28.abr, 05.mai, 12.mai, 13.mai, 17.mai, 01.jul, 24.jul, 02.ago, 05.ago, 03.set, 23.set.

“Eu sempre falei que você deve combater sim o vírus, mas também combater o desemprego em nosso país.”

De fato, Bolsonaro tem destacado desde o início da pandemia, em março de 2020, que haveria dois problemas para o Brasil, um de saúde pública e um econômico, e que os dois deveriam ser tratados simultaneamente. Em levantamento feito nas redes e nas falas do presidente, o Aos Fatos identificou o início de declarações do tipo no dia 15 de março de 2020, data de uma entrevista à CNN Brasil. O presidente, porém, nunca tratou as duas questões com o mesmo peso, já que, desde o início do surto de Covid-19 no Brasil, tem minimizado os efeitos da doença e criticado suas principais formas de prevenção. Em diversas entrevistas e declarações públicas, Bolsonaro relacionou a doença a uma “gripezinha” e chegou a dizer em discurso que o isolamento social seria “conversinha mole” e que as medidas de restrição de circulação seriam para “os fracos”. O presidente também ataca reiteradamente as vacinas, que afirma serem experimentais e não terem comprovação científica. Por todos esses motivos, sua declaração é falsa.

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27.jun.2022

“E também [o TSE] cita lá de uma possibilidade de fraude, porque houve uma eleição atípica em 2018 no município de Aperibé, Rio de Janeiro.”

O presidente afirma que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) teria sugerido que um hacker manipulou os dados da eleição suplementar realizada em Aperibé (RJ) em 2018, o que é falso. Em nota ao Aos Fatos, o tribunal explicou que a pessoa que teve acesso ao sistema entre os meses de abril e novembro daquele ano obteve apenas as senhas de oficialização do sistema de candidaturas e do horário eleitoral das eleições do município, o que não permitiria alterar os votos ou fraudar os resultados do pleito. "Senhas de oficialização são necessárias para alterar o modo de operação dos sistemas, as quais possibilitam a passagem do 'modo de simulação' para o 'modo oficial', que é usado na eleição. Essas senhas, afirma ainda o tribunal, não permitem acesso efetivo ao sistema ou a realização de alterações significativas. Para efetivamente interferir na contagem de votos, o hacker teria que ter acesso a um nome de usuário e outras permissões. As informações sobre a invasão ao sistema em 2018 vêm sendo apuradas pela Polícia Federal em inquérito sigiloso.

FONTE ORIGEM

REPETIDA 6 VEZES. Em 2021: 04.ago, 05.ago, 09.ago, 12.ago. Em 2022: 15.mai, 27.jun.

Tema: Eleições. Origem: Entrevista

27.jun.2022

“Você vê, o Alexandre Moraes falando: o candidato, eu talvez seja candidato, né? Que falar o que eu falei aqui [desconfiar do processo eleitoral] vai ter o registro cassado e preso.”

Bolsonaro se refere a uma declaração dada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes durante o julgamento da cassação da chapa Bolsonaro-Mourão em outubro de 2021. Na ocasião, Moraes afirmou que a Justiça Eleitoral combateria as campanhas de desinformação digitais em 2022, agora que estava ciente de seus mecanismos de funcionamento. “Não vamos admitir que essas milícias digitais tentem novamente desestabilizar as eleições, as instituições democráticas a partir de financiamento espúrios não declarados, a partir de interesses econômicos também não declarados”, afirmou. “Se houver repetição do que foi feito em 2018, o registro será cassado, e as pessoas que assim fizerem irão para a cadeia, por atentar contra as instituições e a democracia". O ministro disse, portanto, que puniria com cassação e prisão políticos que recorrem à desinformação durante as eleições, e não os que questionassem o processo eleitoral.

FONTE ORIGEM

REPETIDA 6 VEZES. Em 2022: 16.abr, 26.jun, 27.jun, 05.jul, 07.jul, 18.jul.

Tema: Eleições, Justiça. Origem: Entrevista

26.jun.2022

“2014. Segundo turno, Aécio e Dilma. Começou a apuração, Aécio estava na casa dos 60%, Dima 40%. E foi passando o tempo, as linhas foram se aproximando e se cruzaram. Quando se cruzaram, uma hora mais ou menos depois, transformaram-se em duas paralelas. Tá? Então por si só é uma coisa que você fica preocupado com isso. Daí você vai tirar um retrato, de minuto a minuto, da chegada dos votos na sala cofre do TSE. Então nesse primeiro minuto Aécio ganhou, no segundo Dilma, terceiro Aécio, Dilma, Aécio, Dilma. Isso vai intercalando por 241 vezes. ”

Bolsonaro afirma que Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) teriam se revezado mais de 240 vezes na primeira posição durante a apuração de votos das eleições de 2014. Essa troca na liderança não aconteceu, de acordo com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A apuração minuto a minuto daquele pleito mostra que Aécio estava na frente no início da totalização de votos. Depois, ao longo da contagem, a diferença entre o tucano e a petista cai progressivamente. O gráfico de porcentagem de votos dos dois candidatos se cruza em apenas uma ocasião, às 19h31, quando Dilma registra 49,98% dos votos válidos e Aécio, 50,02%. A partir desse ponto, a petista sobe, registrando ao fim da apuração, às 2h13, 51,64% dos votos válidos. O gráfico mostrado por Bolsonaro na live é o mesmo que foi mostrado em um vídeo publicado por Naomi Yamaguchi, suplente de deputada federal pelo PSL. Ela mostrou uma tabela na qual, supostamente, o índice de aceleração do crescimento dos votos dos dois candidatos ficaria se intercalando por 240 minutos, e que seria baixa a probabilidade desse fenômeno ocorrer. Conrado Gouvêa, doutor em Ciência da Computação pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e especialista em Segurança da Informação, analisou a tabela apresentada por Yamaguchi e mostrou que foi usada uma fórmula errada para fazer a análise dos votos. De acordo com Leandro Tessler, pesquisador do departamento de Física da Unicamp, o autor da tabela forjou uma fórmula para que os resultados indicassem a alternância, não importando o número de votos que cada candidato tivesse naquele minuto. Gouvêa, inclusive, inseriu dados aleatórios e o resultado foi o mesmo.

FONTE ORIGEM

REPETIDA 11 VEZES. Em 2021: 09.jul, 18.jul, 21.jul, 22.jul, 26.jul, 28.jul, 29.jul, 31.jul. Em 2022: 26.jun, 27.jun.

Tema: Eleições. Origem: Entrevista

26.jun.2022

“O próprio ministro Alexandre de Moraes também disse há pouco tempo que o candidato que duvidar do sistema eleitoral vai ter o registro cassado e preso.”

Bolsonaro se refere a uma declaração dada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes durante o julgamento da cassação da chapa Bolsonaro-Mourão em outubro de 2021. Na ocasião, Moraes afirmou que a Justiça Eleitoral combateria as campanhas de desinformação digitais em 2022, agora que estava ciente de seus mecanismos de funcionamento. “Não vamos admitir que essas milícias digitais tentem novamente desestabilizar as eleições, as instituições democráticas a partir de financiamento espúrios não declarados, a partir de interesses econômicos também não declarados”, afirmou. “Se houver repetição do que foi feito em 2018, o registro será cassado, e as pessoas que assim fizerem irão para a cadeia, por atentar contra as instituições e a democracia". O ministro disse, portanto, que puniria com cassação e prisão políticos que recorrem à desinformação durante as eleições, e não os que questionassem o processo eleitoral.

FONTE ORIGEM

REPETIDA 6 VEZES. Em 2022: 16.abr, 26.jun, 27.jun, 05.jul, 07.jul, 18.jul.

Tema: Eleições, Justiça. Origem: Entrevista

26.jun.2022

“Nunca tivemos conhecimento de presidente participar de [debates no] primeiro turno.”

Bolsonaro argumenta que, caso não participasse de nenhum debate no 1º turno, isso não seria novidade, uma vez que todos os outros presidentes haviam feito o mesmo em eleições anteriores. Isso, no entanto, é FALSO. A ex-presidente Dilma Rousseff esteve presente em cinco debates no primeiro turno de 2014: Band (26 de agosto), SBT (1 de setembro), TV Aparecida (16 de setembro), Record (28 de setembro) e Globo (2 de outubro).

FONTE ORIGEM

Tema: Eleições. Origem: Entrevista

15.jun.2022

“Em 2018, o Datafolha falou que eu perdia pra qualquer um, se fosse para o segundo turno.”

Pesquisa divulgada pelo Datafolha em 28 de setembro de 2018 de fato mostrava que o então deputado Jair Bolsonaro perderia em todos os cenários de segundo turno nas eleições presidenciais. Bolsonaro, no entanto, é impreciso ao omitir que a pesquisa eleitoral registra as intenções do eleitor em um determinado momento e que os institutos fizeram outros levantamentos nas semanas posteriores que indicavam a vitória do atual presidente nas eleições. O Datafolha, por exemplo, mostrou que as intenções de voto em Bolsonaro cresciam e que ele seria o provável primeiro colocado no primeiro turno. Em pesquisa publicada na véspera da primeira votação, o instituto apontou que Bolsonaro tinha 40% das intenções de votos válidos, contra 25% de Haddad. O resultado nas urnas foi próximo a esse: Bolsonaro teve 46% dos votos, e Haddad, 29%.

FONTE ORIGEM

REPETIDA 16 VEZES. Em 2019: 02.set, 11.out, 09.dez, 10.dez. Em 2020: 16.jan. Em 2021: 30.jan, 10.jun, 25.jun, 12.jul, 17.ago, 23.set, 25.nov. Em 2022: 31.jan, 15.jun, 13.ago.

Tema: Eleições. Origem: Entrevista

13.jun.2022

“Em 2018, se você fosse olhar pesquisa, eu não passaria pro segundo turno e, se passasse, perderia pra qualquer um no segundo turno. ”

Pesquisa divulgada pelo Datafolha em 28 de setembro de 2018 de fato mostrava que o então deputado Jair Bolsonaro perderia em todos os cenários de segundo turno nas eleições presidenciais. De forma similar, o Ibope apontava em 24 de setembro para a derrota de Bolsonaro em eventual segundo turno contra Fernando Haddad (PT), Ciro Gomes (PDT) ou Geraldo Alckmin (PSDB) e o empate com Marina Silva (Rede). Bolsonaro, no entanto, é impreciso ao omitir que a pesquisa eleitoral registra as intenções do eleitor em um determinado momento e que os institutos fizeram outros levantamentos nas semanas posteriores que indicavam a vitória do atual presidente nas eleições. O Datafolha, por exemplo, mostrou que as intenções de voto em Bolsonaro cresciam e que ele seria o provável primeiro colocado no primeiro turno. Em pesquisa publicada na véspera da primeira votação, o instituto apontou que Bolsonaro tinha 40% das intenções de votos válidos, contra 25% de Haddad. O resultado nas urnas foi próximo a esse: Bolsonaro teve 46% dos votos, e Haddad, 29%. Já na véspera do segundo turno, o Ibope publicou que Bolsonaro venceria as eleições com 53,4% dos votos válidos, contra 46,6% de Haddad, o que de fato aconteceu.

FONTE ORIGEM

REPETIDA 5 VEZES. Em 2022: 12.fev, 07.mar, 16.abr, 25.mai, 13.jun.

Tema: Eleições. Origem: Entrevista

13.jun.2022

“Quando todo mundo fala que a totalização, o defeito é a sala cofre. É uma sala secreta que ninguém entra lá. São vinte e poucos servidores, ninguém entra lá.”

Bolsonaro sugere que o processo de totalização dos votos das eleições seja feito em uma sala secreta, o que é falso. A contabilização é acompanhada por partidos políticos, pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e por outras entidades fiscalizadoras, que podem apontar eventuais problemas ou inconsistências no processo. Como explica o tribunal, a totalização dos votos é feita automaticamente por um programa da Justiça Eleitoral, que checa e soma os dados criptografados enviados pelos TREs (Tribunais Regionais Eleitorais). Além disso, os interessados em fiscalizar a votação podem se inscrever para acompanhar o desenvolvimento dos sistemas, participar do teste público de segurança, acompanhar a preparação das urnas e o teste de integridade da votação. Outra maneira de auditar a totalização é verificar os boletins de urna impressos e compará-los com o resultado virtual da apuração. Em 2022, esses boletins ficarão disponíveis online em tempo real.

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REPETIDA 11 VEZES. Em 2021: 22.jul, 02.ago, 09.ago, 11.ago, 12.ago, 23.ago. Em 2022: 16.abr, 07.jun, 13.jun, 08.ago.

Tema: Eleições. Origem: Entrevista

07.jun.2022

“Esse deputado [Fernando Francischini] não espalhou fake news. Porque o que ele falou na live eu também falei para todo mundo: que estava havendo fraude nas eleições 2018. Ia se apertar o número, quando se apertava o número 1, já aparecia o 13 na tela e concluía a votação. Foram dezenas de vídeos. Dezenas de pessoas ligaram para mim, ao longo de toda noite daquela primeira votação do 1° turno, de 2018. Isso é uma verdade.”

Ao comentar o resultado de um julgamento realizado no dia 7 de junho pela segunda turma do STF (Supremo Tribunal Federal), que manteve a cassação do mandato do deputado estadual Fernando Francischini (União-PR) por abuso do poder político e uso indevido dos meios de comunicação social, Bolsonaro afirma que o parlamentar não "espalhou fake news". Isso, no entanto, é falso. Em live iniciada a 22 minutos do fim do primeiro turno em 2018, o político — que na época ocupava o cargo de deputado federal — citou boatos que circulavam nas redes para afirmar que eleitores não estariam conseguindo votar no então candidato à Presidência Jair Bolsonaro. As alegações, originárias de um vídeo que circulou nas redes na época, foram desmentidas pela Justiça Eleitoral, que afirmou se tratar de um erro do eleitor. O caso citado por Bolsonaro de que as urnas teriam autocompletado votos para Fernando Haddad (PT) também é falso: o vídeo, que também circulou durante o primeiro turno, apresentava indícios de manipulação, segundo o TRE-MG (Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais), e foi desmentido pela Justiça Eleitoral no mesmo dia da eleição.

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REPETIDA 3 VEZES. Em 2022: 07.jun.

Tema: Eleições. Origem: Discurso

07.jun.2022

“Oras, bolas, se as urnas são inexpugnáveis, por que temos o hacker preso há quase um ano em Minas Gerais?”

Bolsonaro se refere ao hacker Marcos Roberto da Silva, que de fato foi preso em Uberlândia (MG) em março de 2021. Apesar de alegar ter invadido os sistemas do TSE, Silva não foi detido por isso, mas por suspeita de participação no vazamento de 223 milhões de dados do sistema do Serasa. O hacker foi alvo de uma operação de busca e apreensão da PF (Polícia Federal) em novembro de 2020 para apurar a invasão do sistema do TSE que expôs os dados administrativos da corte antes do primeiro turno das eleições. Segundo análise da PF, os hackers invadiram o Portal do Servidor do tribunal e acessaram dados disponíveis entre 2001 e 2010 que não tinham relação com o processo eleitoral.

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REPETIDA 4 VEZES. Em 2021: 29.jul. Em 2022: 16.abr, 07.jun.

Tema: Eleições. Origem: Discurso

07.jun.2022

“E lá [no TSE] tem uma sala cofre que ninguém entra.”

Bolsonaro sugere que o processo de totalização dos votos das eleições seja feito em uma sala secreta, o que é falso. A contabilização é acompanhada por partidos políticos, pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e por outras entidades fiscalizadoras, que podem apontar eventuais problemas ou inconsistências no processo. Como explica o tribunal, a totalização dos votos é feita automaticamente por um programa da Justiça Eleitoral, que checa e soma os dados criptografados enviados pelos TREs (Tribunais Regionais Eleitorais). Além disso, os interessados em fiscalizar a votação podem se inscrever para acompanhar o desenvolvimento dos sistemas, participar do teste público de segurança, acompanhar a preparação das urnas e o teste de integridade da votação. Outra maneira de auditar a totalização é verificar os boletins de urna impressos e compará-los com o resultado virtual da totalização.

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REPETIDA 11 VEZES. Em 2021: 22.jul, 02.ago, 09.ago, 11.ago, 12.ago, 23.ago. Em 2022: 16.abr, 07.jun, 13.jun, 08.ago.

Tema: Eleições. Origem: Discurso

07.jun.2022

“Esse deputado [Fernando Francischini] não espalhou fake news. Porque o que ele falou na live eu também falei para todo mundo: que estava havendo fraude nas eleições 2018. Ia se apertar o número, quando se apertava o número 1, já aparecia o 13 na tela e concluía a votação. Foram dezenas de vídeos. Dezenas de pessoas ligaram para mim, ao longo de toda noite daquela primeira votação do 1° turno, de 2018. Isso é uma verdade.”

Ao comentar o resultado de um julgamento realizado no dia 7 de junho pela segunda turma do STF (Supremo Tribunal Federal), que manteve a cassação do mandato do deputado estadual Fernando Francischini (União-PR) por abuso do poder político e uso indevido dos meios de comunicação social, Bolsonaro afirma que o parlamentar não "espalhou fake news". Isso, no entanto, é falso. Em live iniciada a 22 minutos do fim do primeiro turno em 2018, o político — que na época ocupava o cargo de deputado federal — citou boatos que circulavam nas redes para afirmar que eleitores não estariam conseguindo votar no então candidato à Presidência Jair Bolsonaro. As alegações, originárias de um vídeo que circulou nas redes na época, foram desmentidas pela Justiça Eleitoral, que afirmou se tratar de um erro do eleitor. O caso citado por Bolsonaro de que as urnas teriam autocompletado votos para Fernando Haddad (PT) também é falso: o vídeo, que também circulou durante o primeiro turno, apresentava indícios de manipulação, segundo o TRE-MG (Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais), e foi desmentido pela Justiça Eleitoral no mesmo dia da eleição.

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REPETIDA 3 VEZES. Em 2022: 07.jun.

Tema: Eleições. Origem: Discurso

07.jun.2022

“Oras, bolas, se as urnas são inexpugnáveis, por que temos o hacker preso há quase um ano em Minas Gerais?”

Bolsonaro se refere ao hacker Marcos Roberto da Silva, que de fato foi preso em Uberlândia (MG) em março de 2021. Apesar de alegar ter invadido os sistemas do TSE, Silva não foi detido por isso, mas por suspeita de participação no vazamento de 223 milhões de dados do sistema do Serasa. O hacker foi alvo de uma operação de busca e apreensão da PF (Polícia Federal) em novembro de 2020 para apurar a invasão do sistema do TSE que expôs os dados administrativos da corte antes do primeiro turno das eleições. Segundo análise da PF, os hackers invadiram o Portal do Servidor do tribunal e acessaram dados disponíveis entre 2001 e 2010 que não tinham relação com o processo eleitoral.

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REPETIDA 4 VEZES. Em 2021: 29.jul. Em 2022: 16.abr, 07.jun.

Tema: Eleições. Origem: Discurso

07.jun.2022

“Agora, o que o Francischini fez, eu faria hoje sem problema nenhum. Como algumas coisas tenho falado semelhante a ele. Ele falou o quê? Olha, tem gente que vai votar no 17 e aparece o 13. E é verdade. Alexandre de Moraes, é verdade.”

Ao comentar sobre decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Nunes Marques, que suspendeu a cassação do mandato do deputado estadual Fernando Francischini (União-PR) por abuso do poder político e uso indevido dos meios de comunicação social, Bolsonaro afirma que o parlamentar não mentiu ao afirmar que as urnas autocompletaram votos para Fernando Haddad (PT) em 2018. Isso, no entanto, é falso. O vídeo com essa alegação de fraude circulou durante o primeiro turno das eleições de 2018 e apresentava indícios de manipulação, segundo o TRE-MG (Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais).

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REPETIDA 3 VEZES. Em 2022: 07.jun.

Tema: Eleições, Justiça. Origem: Entrevista

07.jun.2022

“Ele [ministro Edson Fachin] convida, então, 70 embaixadores, e eles vão lá para dentro do TSE, e ele, de forma indireta, ataca a Presidência da República, como "o homem que não respeita a Constituição, que não respeita o processo eleitoral, que pensa em dar um golpe". E conclui de forma indireta: "acabou as eleições, imediatamente seu Chefe de Estado deve reconhecer o ganhador das eleições, para que não haja qualquer questionamento junto à Justiça".”

O presidente faz referência, de forma equivocada, à fala do presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Edson Fachin, na "Sessão Informativa para Embaixadas: o sistema eleitoral brasileiro e as Eleições 2022", em maio deste ano. O evento tinha como objetivo promover o diálogo entre especialistas da corte e diplomatas estrangeiros interessados em acompanhar as eleições presidenciais. Ainda que tenha, ao longo de sua fala, criticado o "vírus da desinformação sobre o sistema eleitoral brasileiro, que, de maneira infundada e perversa, procura incessantemente denunciar riscos inexistentes e falhas imaginárias", o ministro não pediu em nenhum momento que representantes internacionais reconhecessem imediatamente o vencedor das eleições presidenciais após a divulgação dos resultados pelo TSE. Não há no texto os termos "reconhecer", "ganhador" ou "chefe de Estado". Além de criticar os que espalham boatos sobre o sistema eleitoral, Fachin discorreu ao longo de seu discurso sobre temas como a grande adesão de jovens à massa de eleitores neste ano, as camadas de segurança das urnas eletrônicas, a possibilidade de auditoria do sistema e a participação de observadores nacionais e internacionais como forma de garantir a segurança do pleito.

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REPETIDA 2 VEZES. Em 2022: 07.jun, 06.set.

Tema: Eleições, Justiça. Origem: Discurso

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