“Nós defendemos o meio ambiente.”
Apesar de afirmar que seu governo preza pela defesa do meio ambiente, Bolsonaro e seus ministros têm tomado atitudes que indicam intenções contrárias. Até o fim de junho, foram liberados 239 novos agrotóxicos, alguns comprovadamente causadores de problemas de saúde e danos graves ao meio ambiente. O escolhido para chefiar a pasta do Meio Ambiente, Ricardo Salles, foi condenado no fim de 2018 por fraudar o processo do Plano de Manejo de Proteção Ambiental da Várzea do Rio Tietê quando ainda era secretário estadual do Meio Ambiente de São Paulo. Em maio, Salles afirmou sem apresentar dados concretos que o Fundo Amazônia, criado em 2008 para arrecadar recursos de países desenvolvidos para a preservação da Amazônia, apresenta uma série de irregularidades e inconsistências, o que levou a questões diplomáticas que podem extinguir o fundo. O ministro também cortou cerca de 95% da verba destinada a políticas climáticas no governo e exonerou o coordenador Executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas. Suas críticas ao ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) também levaram o presidente e três diretores do órgão a se demitirem e serem substituídos por militares sem os mesmos conhecimentos técnicos. Por fim, as inúmeras críticas feitas pelo ministro e o próprio presidente à fiscalização do Ibama fizeram com que o número de multas aplicadas entre janeiro e maio tenha sido o mais baixo em 11 anos. Por fim, matéria publicada por Aos Fatos mostra que o ministro, mesmo com números recorde de desmatamento na Amazônia, tem priorizado o encontro com deputados e senadores ligados ao agronegócio. Por todos esses motivos, a declaração de Bolsonaro é considerada FALSA.