“Vale lembrar que o DNIT até há pouco tempo estava na mão de partido políticos. Isso acabou.”
No governo de Bolsonaro houve tanto a nomeação de apadrinhados político no DNIT como a manutenção de indicações políticas de governos anteriores, inclusive de indicados por políticos réus ou presos em caso de corrupção. O atual diretor de Planejamento e Pesquisa do órgão, Luiz Guilherme de Mello é marido de uma sobrinha do senador Marcelo Castro (MDB-PI). Nos governos de Lula e de Dilma, Castro indicou o cunhado, Sebastião Braga Ribeiro, o Tião Sorriso, para a superintência regional do DNIT. O novo diretor do DNIT, Luiz Guilherme é casado com a filha de Tião Sorriso. Desde 2016, Tião Sorriso é réu em um processo de improbidade administrativa em contrato com a Dersa Construçoes, na reforma da BR-316. Nas superintendências regionais, Bolsonaro manteve seis nomes de indicados políticos. Dois são ligados ao PR, partido que, desde 2003, tem influência na autarquia, dois superintendentes são indicação do MDB de Temer, uma é do PTB e outra do Podemos. No Amazonas, o superitendente regional José Fábio Porto Galvão foi indicado por Alfredo Nascimento (PR-AM), ex-ministro dos Transportes nos governos Lula e Dilma, e ex-deputado federal. Galvão participou da campanha derrotada de reeleição de Alfredo Nascimento. Outra nomeação do PR, o superintendente da Bahia, Amauri Sousa Lima também fez campanha para o partido, mais especificamente, para o ex-deputado federal José Carlos Araújo (PR-BA), que não foi reeleito. O superintendente do Mato Grosso, Orlando Fanaia Machado assumiu o cargo em 2015 por indicação do ex-govenador Silval Barbosa (MDB), político foi preso em março de 2018 por acusação de corrupção. Ainda entre os nomeados do MDB, o superintendente do Mato Grosso do Sul, Thiago Carim Bucker, assumiu o cargo em 2016 por indicação do ex-secretário estadual de Obras do estado e ex-deputado federal Edson Giroto (MDB), preso e réu em ações criminais por integrar organização criminosa para desviar recursos. O superintendente do Piauí, José Ribamar Bastos, foi indicado, em 2018, pelo senador do Piauí, Elmano Férrer (Podemos-PI) e o do Maranhão, Gerardo de Freitas Fernandes está no cargo desde 2016, indicado pelo primo, o deputado federal Pedro Fernandes (PTB).