“Dilma Rousseff, em Quito, em 2014, uma das decisões que ela tomou lá era criar no Brasil uma Real Academia de Defesa, pra que todos na América do Sul, inclusive nós do Brasil, passassem por essa academia pra poder então, depois de uma determinada doutrinação e imposições, promover quem bem entendesse ao cargo de general.”
Não há informações de nenhuma Real Academia de Defesa para todos os países da América do Sul no Brasil. O que houve foi a criação da Esude (Escola Sul-Americana de Defesa), em Quito, no Equador, em 2015. O objetivo era ter uma alternativa à antiga Escola das Américas dos Estados Unidos, criada durante a Guerra Fria, e onde os oficiais das Forças Armadas aprendiam técnicas de espionagem. A Esude é encabeçada pelo brasileiro Antonio Jorge da Rocha, professor da UnB, e foi concebida como uma espécie de núcleo de coordenação de atividades que as escolas de altos estudos dos ministérios de defesa dos 12 países queiram realizar em conjunto. Rocha, por e-mail, negou que a escola promova qualquer tipo de doutrinação.