“Temos um Ministério formado de pessoas técnicas (...)”
A declaração de Bolsonaro é FALSA. Mesmo que não tenha recorrido a alianças com partidos no Congresso, a montagem da equipe de governo do presidente, em alguns casos, obedeceu critérios políticos. Bolsonaro, por exemplo, para ampliar a influência de grupos como as bancadas ruralista e evangélica e os militares, indicou lideranças partidárias. Um caso é a nomeação da ministra da Agricultura, Tereza Cristina (DEM), que se aliou ao presidente ainda durante a campanha eleitoral, quando a Frente Parlamentar para a Agricultura, da qual era líder, manifestou apoio ao Bolsonaro. A bancada também determinou a indicação de Ricardo Salles ao Ministério do Meio Ambiente. A bancada evangélica conseguiu a indicação de Damares Alves, que é pastora, no Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, e barrou a nomeação do educador Mozart Neves Ramos para o Ministério da Educação. Os parlamentares do grupo também avalizaram a escolha do professor Ricardo Veléz para o MEC. Já poder de barganha dos militares no atual governo fica evidente ao observarmos que integrantes das Forças Armadas ocupam hoje 7 dos 22 ministérios, além de cargos-chave no segundo escalão.
REPETIDA 73 VEZES.
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