“Daí me acusaram de corrupção virtual. Ah, ele queria comprar 400 milhões de doses da Covaxin. Ele queria comprar.”
Ainda que o governo federal não tenha, de fato, feito qualquer transação monetária com a empresa responsável pela venda da Covaxin no Brasil, a Precisa Medicamentos, o Ministério da Saúde assinou o contrato de compra em fevereiro de 2021 e empenhou R$ 1,6 bilhão para a aquisição de 20 milhões de doses — e não 400 milhões, como afirma o presidente. Quando um valor é empenhado pelo governo federal, ele fica reservado e não pode ser usado para outras despesas. A denúncia sobre a compra da Covaxin envolveu irregularidades contratuais, como pressões para aquisição do imunizante, previsões de antecipação de pagamento a empresas que não estavam no contrato e falsificação de documentos. Diante das denúncias, o Ministério da Saúde rescindiu o contrato e a CGU (Controladoria-Geral da União), o Ministério Público e o TCU (Tribunal de Contas da União) passaram a investigar possíveis irregularidades. Em 31 de janeiro de 2022, a Polícia Federal concluiu que Bolsonaro não cometeu prevaricação (crime em que um servidor, ao tomar conhecimento de possíveis irregularidades, não comunica suas suspeitas às autoridades). Meses mais tarde, em 23 de abril, a ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) Rosa Weber arquivou o inquérito sobre a suposta prática de prevaricação envolvendo o presidente. Esse caso, no entanto, não abrangeu as supostas irregularidades no contrato.
REPETIDA 69 VEZES. Em 2021: 01.jul, 05.jul, 07.jul, 08.jul, 09.jul, 12.jul, 13.jul, 15.jul, 18.jul, 19.jul, 20.jul, 21.jul, 22.jul, 23.jul, 26.jul, 27.jul, 28.jul, 29.jul, 31.jul, 02.ago, 04.ago, 05.ago, 12.ago, 19.ago, 27.ago, 30.ago, 02.set, 10.set, 09.out, 14.out, 25.out, 27.out, 23.nov. Em 2022: 16.fev, 21.mar, 04.abr, 07.abr, 11.abr, 16.abr, 28.abr, 28.jun, 30.jun, 21.jul, 24.jul, 27.jul, 13.ago, 03.set, 13.set, 29.set, 16.out.