“Formamos o nosso ministério sem pressões políticas.”
A declaração é FALSA, porque a montagem da equipe ministerial seguiu indicações políticas. Ao preterir as lideranças partidárias nas indicações, o presidente ampliou a influência de outros grupos de interesse, como as bancadas que representam ruralistas e evangélicos e os militares. Um exemplo foi a nomeação de Tereza Cristina (DEM) para a pasta da Agricultura. Engenheira agrônoma, ela se cacifou junto ao presidente para o cargo ainda nas eleições, quando a Frente Parlamentar para a Agricultura, da qual era a chefe, manifestou apoio a Bolsonaro. A bancada ruralista também pressionou pela indicação de Ricardo Salles para o Ministério do Meio Ambiente, que teve apoio de entidades ligadas ao setor, além do ramo da construção civil. A bancada evangélica emplacou não só Damares Alves, que é pastora, no Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, como conseguiu barrar a indicação do educador Mozart Neves Ramos para o Ministério da Educação — Ricardo Vélez, mais simpático às bandeiras evangélicas, foi o nome escolhido.
REPETIDA 37 VEZES. Em 2020: 29.jan, 24.abr, 26.ago, 03.set, 15.out, 09.nov, 11.nov, 29.nov, 19.dez. Em 2021: 27.abr, 02.set, 03.set, 10.set, 27.set, 13.out, 14.out, 10.nov, 09.dez, 19.dez. Em 2022: 08.jan, 11.abr, 29.abr, 19.mai, 29.jun, 30.jun, 20.jul, 27.jul, 09.ago, 22.ago, 24.ago, 14.set, 18.set, 23.set, 24.set, 29.set, 23.out, 28.out.