“Há aproximadamente três anos a Polícia Federal concluiu dois inquéritos que foram pela linha da impossibilidade de auditar as urnas eletrônicas.”
O parecer citado por Bolsonaro não diz que é impossível auditar as urnas eletrônicas, e sim que o sistema pode ter os resultados verificados pelos boletins de urna emitidos pelas zonas eleitorais e que há fragilidades ao auditar o momento em que o eleitor computa o voto na urna e a impressão dos boletins. Esse relatório foi produzido no âmbito das eleições municipais de 2016 — desde então, houve mudanças tecnológicas e os boletins de urna passaram a ser disponibilizados online. Há diversos mecanismos nas urnas para coibir fraudes e que possibilitam a auditagem, como o Registro Digital do Voto, o log da urna eletrônica, as auditorias pré e pós-eleição, a auditoria dos códigos-fonte e a lacração dos sistemas, entre outros procedimentos.