Não é o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), o homem que aparece dançando vestido com trajes indígenas em vídeo que circula nas redes. Em nota, a assessoria da pasta negou que o homem seja o ministro. Por mais que Aos Fatos não tenha encontrado a identidade real da pessoa filmada, uma comparação entre o seu rosto e o de Dino atesta que não se trata do ministro.
O vídeo acompanhado da legenda enganosa acumulava mais de 50 mil visualizações no TikTok, além de centenas de curtidas no Instagram e compartilhamentos no Facebook até a tarde desta segunda-feira (4). As peças enganosas circulam também no WhatsApp, plataforma na qual não é possível estimar o alcance dos conteúdos (fale com a Fátima).
Esse é o Flávio Dino, ministro comunista que vai entrar pro STF.
São mentirosas as publicações que afirmam que um homem que foi gravado dançando com trajes indígenas em uma festa seria Flávio Dino. Em nota enviada ao Aos Fatos, a assessoria do ministério negou que a filmagem retrate o ministro.
Uma comparação entre características faciais do político e do dançarino também atesta que os dois são pessoas diferentes (veja abaixo):
- Dino possui um queixo mais pronunciado;
- O ministro também possui sobrancelhas mais volumosas, que fazem com que sua testa seja mais inclinada;
- Por fim, o político tem o cabelo muito menos volumoso do que o outro homem.
Aos Fatos identificou que a primeira publicação foi feita pelo perfil Espírito Santo na Rede no Instagram no dia 25 de novembro. A página, que se autointitula de humor e entretenimento, postou a gravação com a legenda “1ª Festa do pescador de Baixo Guandu”. Contatado, o administrador respondeu que apenas recebeu a filmagem de um seguidor e que não sabe a origem do vídeo, que seria “apenas um meme”.
A reportagem não encontrou nenhum outro registro da festa citada pelas peças de desinformação. Uma comemoração com o mesmo nome ocorreu em Aracruz (ES) recentemente, mas também não contou com a presença de Dino: desde o final de novembro, quando o vídeo começou a circular nas redes, o ministro não esteve no Espírito Santo. Ele, na verdade, visitou o estado apenas em setembro, quando lançou o PAS (Plano de Ação na Segurança).