É falso que o Twitter suspendeu o perfil da primeira-dama Michelle Bolsonaro, como afirmam postagens (veja aqui). A empresa disse que Michelle não tem perfil verificado e que uma conta que usava o nome dela foi suspensa, por violar a política de identidades enganosas. A primeira-dama publicou no Instagram, em perfil verificado, que nunca teve conta no Twitter e também não possui perfil no Facebook.
A peça de desinformação conta com ao menos 10.400 curtidas no Instagram e 1.000 compartilhamentos no Facebook nesta quarta-feira (10).
Postagens enganam ao afirmar que o Twitter suspendeu o perfil da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, por intolerância religiosa. A conta retirada do ar na terça-feira (9) era, na verdade, um perfil criado por apoiadores. Segundo a plataforma, a conta violava a política de identidades enganosas e que induzem ao erro. A primeira-dama afirmou que não possui conta no Twitter, o que foi confirmado pela empresa, nem no Facebook.
A desinformação começou a circular após Michelle Bolsonaro publicar um vídeo, no Instagram, em que criticou a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em um ritual de religiões de matriz africana. Ela escreveu: “Isso pode né! Eu falar de Deus, não!”
No domingo (7), Michelle Bolsonaro participou de um culto na Igreja Batista Lagoinha, em Belo Horizonte, em que afirmou que o Palácio do Planalto antes era “consagrado aos demônio”, em referência aos governos petistas. “Hoje, é consagrado ao senhor Jesus”, disse a primeira-dama, que foi alvo de críticas pelas declarações.
As imagens de Lula compartilhadas no Instagram pela primeira-dama foram gravadas em Salvador, em agosto do ano passado. Além de fazer um discurso, o petista recebeu um banho de pipoca, ritual que, no candomblé, serve para purificar a pessoa de energias negativas. O perfil de Michelle no Instagram não foi penalizado pela postagem.
Na terça (9), em resposta indireta à publicação de Michelle Bolsonaro, a socióloga Janja Lula da Silva, casada com o pré-candidato petista, publicou no Twitter: “Eu aprendi que Deus é sinônimo de amor, compaixão e, sobretudo, de paz e de respeito. Não importa qual a religião e qual o credo. A minha vida e a do meu marido sempre foram e sempre serão pautadas por esses princípios.”
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