Não é verdade que o PIB (Produto Interno Bruto) caiu 1,5% após Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumir o governo, como afirmam publicações nas redes sociais. Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que PIB cresceu 1,9% na comparação do primeiro trimestre de 2023 com o quarto trimestre de 2022, último ano do governo de Jair Bolsonaro (PL). Na comparação com o mesmo trimestre de 2022, o crescimento foi de 4%.
Publicações com o conteúdo enganoso acumulavam centenas de compartilhamentos no Facebook nesta segunda-feira (26).
PIB do Brasil despenca 1,5% com sistema do governo Lula
Publicações nas redes sociais enganam ao afirmar que o PIB, a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país durante um determinado período, caiu 1,5% após Lula assumir a presidência da República. Os dados mais recentes do IBGE, instituto responsável pelo cálculo do indicador econômico, mostram que o PIB cresceu na comparação com três períodos distintos:
- 1,9% na comparação do primeiro trimestre de 2023 com o quarto trimestre de 2022;
- 4% na comparação do primeiro trimestre de 2023 com o mesmo trimestre em 2022;
- 3,3% na comparação do primeiro trimestre de 2023 com os últimos quatro trimestres.
O resultado foi impulsionado pelo setor agropecuário, que apresentou crescimento de 21,6%, sendo a maior alta desde o quarto trimestre de 1996.
Houve setores, no entanto, que apresentaram oscilações na comparação com o último trimestre de 2022. O setor industrial recuou 0,1%, e as atividades que tiveram as maiores quedas foram a Construção (-0,8%) e Indústrias de Transformação (-0,6%). Já o setor de serviços registrou alta de 0,6%, mas dentro do setor também houve quedas: informação e comunicação, por exemplo, recuou 1,4%.
A última vez que o PIB apresentou retração de 1,5% foi na comparação do primeiro trimestre de 2020, segundo ano do governo Bolsonaro, contra o quarto trimestre de 2019. Na época, o resultado negativo refletiu o impacto da pandemia na atividade econômica brasileira. Já o PIB acumulado de 2020 registrou uma queda de 4,1%, a maior desde 1990.